É com insistência que nos recordam não competir ao Estado criar
emprego, assegurar a assistência na doença ou no desemprego, garantir uma
adequada formação académica ou a protecção na velhice. As prioridades de quem
governa parecem, cada vez mais, estar viradas noutra direcção. A ideia
dominante é, agora, regular. Tudo, até os aspectos mais insignificantes das
nossas vidas, está sob a fúria reguladora dos governantes. Desde a quantidade
de sal no pão até às promoções das mercearias. Como se no país não houvesse
nada de importante com que aqueles que foram eleitos para governar se devessem
preocupar.
O pior é que parece existir um certo consenso, mesmo entre o
cidadão comum, quanto à necessidade deste desenfreado espírito regulador. Não
me surpreende que um destes dias, a prosseguirmos neste caminho, saiam para aí
umas normas que estabeleçam quantas quecas se podem dar por semana. Ou, alegando
algum imperativo de higiene, seja publicado um decreto a impor o número de
vezes que se deve sacudir a pila depois de uma mijadela. O que, se calhar, nem
ia merecer grande contestação. Afinal nós gostamos mesmo é que o Estado trate
da nossa vidinha. Seja para nos proteger de promoções manhosas, de normas
contratuais que aceitámos debaixo de muita chico-espertice ou para nos perdoar
as dívidas que fizemos quando, com ordenados de pobre, insistíamos em levar
vida de rico.
gostei bastante ;)
ResponderEliminarbeijinhos
Votaram neles e até sairem a bem ou a mal...continuam a vomitar leis e ordens que me fazem lembrar os tempos da outra senhora.
ResponderEliminarA maioria que está no governo estão a encher-se bem e as respectivas famílias e o povo é que paga!
Subscrevo...excepto que nunca fiz vida de rico porque sempre vivi em crise!