quarta-feira, 16 de maio de 2012

O paraíso dos gatos


Este felino - o gato capado da vizinha do lado - de ar aparvalhado passa a vida no meu quintal. Cá por casa é conhecido como o “Chalupo”. Escuso de explicar porquê. Os que há trinta ou quarenta anos viam desenhos animados vão perceber e os outros, se quiserem, façam como os gajos que andam a avaliar imóveis. Vão ao Google.
Mas, escrevia, o bichano ocupa parte significativa do seu dia a dormitar no meu quintal. O que nada tem de mal, esclareça-se desde já. Podia no entanto, entre uma e outra soneca, dar caça aos melros que roubam as cerejas e aos pardais que depenicam a hortaliça. Mas não. Isso seria pedir demais a sua excelência. Desconfio que terá desenvolvido uma improvável relação de amizade com os delinquentes alados que me atacam a horta. Ou então é porque já não se fazem gatos como antigamente. Quando, como dizia a minha avó, “o céu dos pardais era a barriga dos gatos”.

3 comentários:

  1. Fizeste-me rir à gargalhada:):):):) e pelo aspecto o Chalupo já deve ser velhote e não se está para cansar pois tem a comidinha sempre pronta:)

    A maioria dos gatos, até os de rua habituados a serem alimentados...não caçam, daí a praga sobretudo de ratos.

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  2. Realmente, ao que a crise chegou, já nem gatos há como antigamente...

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  3. Manuel Costa10:41 da tarde

    Pois o amigo KK tem muita sorte. É que no meu quintal, para além da soneca, fazem também a real cagáda, o que diga-se, não é lá muito agradavel sabendo que o cheiro da merdo dos gatos é reconhecido ao longe...

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