segunda-feira, 20 de junho de 2011

E o estado de graça, pá?!


Logo após serem conhecidas a composição e a estrutura do governo, politólogos, comentadores habituais, conceituados analistas e gente em geral, ultrapassando o costumeiro estado de graça de que os governos desfrutam, desataram à procura de qualquer coisa que servisse para dizer mal do executivo acabado de anunciar.
Falta de experiência politica foi a primeira critica – generalizada, quase - que se ouviu. Apesar de mais de metade dos membros do futuro governo fazerem parte das máquinas partidárias há largos anos, nem dessa coisa da experiência politica nunca ter faltado em governos anteriores com os resultados que se conhecem. Logo, a menos que eu esteja a ver mal, ainda podemos ter uma pequena réstia de esperança nos quatro ou cinco “maçaricos” que se aprestam para iniciar funções governativas.
A inexistência do Ministério da Cultura constitui, também, objecto de critica. Até uma cidadã espanhola a quem as televisões, inexplicavelmente e sem razão que o justifique, vão dando palco, se achou no direito de criticar as opções seguidas nesta matéria por um governo estrangeiro. Estrangeiro, para ela bem entendido. Por mais que desagrade aos que estão habituados a mamar na teta cultural esta é, igualmente, uma boa opção e que merecerá o aplauso de todos os que sabem que tarantantam não enche barriga.
Já o inevitável Jerónimo lamentou que, pela primeira vez desde tempos imemoriais, não exista o Ministério do Trabalho. Desilude-me cada vez mais este camarada. Esperava eu - mas se calhar é culpa minha e das elevadas expectativas que às vezes deposito nas pessoas – ouvi-lo protestar veementemente por, mais uma vez, o governo, cedendo aos interesses do grande capital, não instituir o Ministério do Descanso e ele sai-se com esta. Tá mal, camarada!

1 comentário:

  1. Com o remate final...soltei uma sonora gargalhada, e tens toda a razão...mas olha que gostei das caras novas e fui ver um a um e todos têm uma carreira profissional bem invejável!

    Aguardemos para ver o que fazem, pelo menos eu, que nem sequer votei nos 3 maiores partidos, ainda tenho esperança que a Nau não se afunde!

    ResponderEliminar