Que
um médico vivo passe receitas a um paciente morto – poucos mortos
revelarão sinais de impaciência, diga-se – não constituirá
surpresa de monta. Estou mesmo em crer que a Ordem dos Médicos, o
Sindicato ou qualquer outra estrutura representativa da classe, terá
uma explicação mais ou menos lógica para o acontecido.
Embora
mais difícil de justificar, também o curioso fenómeno de médicos
falecidos continuarem a emitir receitas a doentes vivos, merecerá
uma justificação mais ou menos convincente. Por mim nem acho mal
que tal aconteça. Face à falta de médicos com que o país se
debate não nos podemos dar ao luxo de prescindir deles. Nem pelo
facto insignificante de já terem batido a bota.
Menos
normal me parece – acho até que é mais coisa para o paranormal,
as ciências ocultas ou actividades afins – que médicos mortos
prescrevam medicamentos a doentes que também já adquiriram o
estatuto de defunto. Principalmente quando em causa estão fármacos
que custam os olhos da cara. Mesmo daqueles que a terra há muito já
comeu.
Acredito,
ainda assim, que entre médicos, farmacêuticos, doentes,
investigadores, políticos e juízes – se fôr caso para tal – se
concluirá que tudo se regeu pelos mais elementares princípios
deontológicos e que, bem vistas as coisas, o Estado ainda poupou
muitos milhões de euros. Ou então que a culpa foi do morto.
Não metas aí os "investigadores" que esses dão tudo por tudo e cumprem a sua missão porque só o é quem gosta e queima as pestanas no duro, mas quando li a notícia que ainda vai mais longe...o número de prescrições falsas em que o mesmo doente vivo se tomasse não era uma overdose, seria mais uma bomba atómica, só mostra como o executivos anteriores -todos eles - impunham leis e não seguiam o cumprimento da mesma e a rebaldaria chegou ao ponto que chegou!
ResponderEliminarBem escrito e parabéns!
Olhaaaaaaaaaaa e já ri que me fartei, depois de escrever sabes o que saiu "na verificação de palavras"? és bruxo pá ou fizeste macumba? loll
Olha a palavra: sacca! Eu hem? sacar a quem? heheheheheheh