Logo
após serem conhecidas a composição e a estrutura do governo,
politólogos, comentadores habituais, conceituados analistas e gente
em geral, ultrapassando o costumeiro estado de graça de que os
governos desfrutam, desataram à procura de qualquer coisa que
servisse para dizer mal do executivo acabado de anunciar.
Falta
de experiência politica foi a primeira critica – generalizada,
quase - que se ouviu. Apesar de mais de metade dos membros do futuro
governo fazerem parte das máquinas partidárias há largos anos, nem
dessa coisa da experiência politica nunca ter faltado em governos
anteriores com os resultados que se conhecem. Logo, a menos que eu
esteja a ver mal, ainda podemos ter uma pequena réstia de esperança
nos quatro ou cinco “maçaricos” que se aprestam para iniciar
funções governativas.
A
inexistência do Ministério da Cultura constitui, também, objecto
de critica. Até uma cidadã espanhola a quem as televisões,
inexplicavelmente e sem razão que o justifique, vão dando palco, se
achou no direito de criticar as opções seguidas nesta matéria por
um governo estrangeiro. Estrangeiro, para ela bem entendido. Por mais
que desagrade aos que estão habituados a mamar na teta cultural esta
é, igualmente, uma boa opção e que merecerá o aplauso de todos os
que sabem que tarantantam não enche barriga.
Já
o inevitável Jerónimo lamentou que, pela primeira vez desde tempos
imemoriais, não exista o Ministério do Trabalho. Desilude-me cada
vez mais este camarada. Esperava eu - mas se calhar é culpa minha e
das elevadas expectativas que às vezes deposito nas pessoas –
ouvi-lo protestar veementemente por, mais uma vez, o governo, cedendo
aos interesses do grande capital, não instituir o Ministério do
Descanso e ele sai-se com esta. Tá mal, camarada!
Com o remate final...soltei uma sonora gargalhada, e tens toda a razão...mas olha que gostei das caras novas e fui ver um a um e todos têm uma carreira profissional bem invejável!
ResponderEliminarAguardemos para ver o que fazem, pelo menos eu, que nem sequer votei nos 3 maiores partidos, ainda tenho esperança que a Nau não se afunde!