quarta-feira, 7 de abril de 2010

Porque será que lá fora não há quem os queira?!

Anda por aí uma legião de indignados com o ordenado, prémios e rendimentos diversos que constituem o simpático pecúlio arrecadado, no espaço de apenas doze meses, pelo manda chuva da EDP. Uns invejosos digo-vos eu, é o que é. Então o homem trabalha que nem um mouro - talvez este não seja o melhor exemplo porque a mourama não consta que seja muito dada ao labor, mas diz que o senhor trabalha quem nem uma besta – e depois vem para aí uns quantos badamecos, que não sabem fazer mais nada do que praticar o bota-abaixismo, pôr em causa os honorários do distinto gestor?! Tá mal pá. Bem esteve o nosso primeiro, que se desfez em elogios à gestão levada a cabo na empresa em causa. Pena não se ter referido ao aumento do preço da energia nem à manifesta falta de concorrência no sector que, digo eu feito alarve, é capaz de ter dado uma ajudinha aos resultados obtidos.

Ainda sou do tempo em que este tipo de indignação era quase exclusivamente dirigido aos jogadores de futebol. Hoje, se repararem, já ninguém questiona os ordenados que os profissionais da bola auferem. Os que por cá jogam, mesmo nos principais clubes, seriam as segundas linhas de qualquer clube europeu e se algum revela uma maior aptidão para a arte do pontapé no esférico é de imediato “requisitado” por clubes estrangeiros que, esses sim, pagam a peso de ouro.

Ora é precisamente esse mesmo princípio não se aplicar aos profissionais da gestão que me faz uma confusão do catano. Se esta gente é assim tão boa a gerir empresas, porque raio não vem cá nenhuma grande empresa estrangeira recrutar um destes gurus da gestão, à semelhança do que fazem os clubes de futebol?! Apenas vejo dois motivos. Ou não pagam tanto ou, afinal, os tais gestores de ordenados chorudos não são assim tão bons.

Para que se perceba melhor o meu ponto de vista. Até o Fernando Santos – que treinou o Sporting e o Benfica com os resultados conhecidos e conseguiu não ser campeão no Porto ainda com o Jardel – treina um dos maiores clubes gregos. Já quanto aos nossos mais bem pagos gestores, pese toda a sua genialidade, não consta que haja nenhuma empresa europeia interessada nos seus serviços. Nem mesmo na Grécia. Vá lá saber-se porquê.

5 comentários:

  1. Só tenho uma palavra: os estrangeiros não percebem o que cá temos de bom. Veja-se Sócrates, provavelmente um dos melhores primeiro-ministros do mundo e a quem ninguém reconhece o devido valor. Nem cá nem lá fora. Shame on us!

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  2. Estou confusa: não sei se chore, se ria!



    (palavra de verificação: ashring.
    Santinho)

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  3. Está bem visto! Ninguém quer estes gestores nem querem o Konstantio... o tal que ganha mais que o presidente da Reserva Federal norte americana e de quem a outra sra disse que era o mesmo que dar dinamite a um pirómano. Remember?

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  4. Concordo plenamente e digo mais, noutras áreas bem distintas tenho imensa pena que fujam de Portugal por não serem reconhecidos pelo péssimos gestores governativos.

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  5. Os nosso gestores só são bons porque são de familias com nomes sonantes mas na realidade nada sabem fazer e as vezes nem falar sabem...
    Vejamos a Mota Engil, que pelo nome "Mota" deduso que foi fundada por um tal denominado de "MOTA" e quem é o presidente?, Quem é?
    Jorge Coelho. C-O-E-L-H-O, nada de M-O-T-A...
    Porquê?
    Porque na altura era ministro e deixou passar muita (não encontro a palavra) merd* falcatrua etc
    Daí o cargo de PRESIDENTE.
    Nas grandes empresas onde o Estado tem gold share é lógico que estão lá como directores e gestores os filhos dos amigalhaços, que tal como já referi não sabem o que fazer porque não têm formação e capacidade para tal, mas tem uma coisa importante: PODER!
    MFCC

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