“Dar o
braço a torcer” não me custa absolutamente nada. Faço-o com toda a naturalidade
quando reconheço que os argumentos que contrapõem aos meus são melhores, mais
lógicos e capazes de inequivocamente me convencerem da razão que lhes assiste. Ao
contrário poucas coisas me irritam mais do que o argumentário baseado em
convicções duvidosas, escorado quase sempre em preconceitos e deformado por
invejas, que acaba frequentemente com alegações do tipo porque sim, porque não
ou em disparates ao nível de crianças da pré-primária.
É por
isso que estou com pouca paciência para continuar a aturar opiniões parvas,
principalmente vindas de gente que não sabe do que fala ou escreve, acerca do
eventual fim da ADSE. Não vou continuar a dar trela a todos os que defendem o
fim deste regime de assistência à saúde dos funcionários públicos. Deixo apenas
o desafio para que façam o seguinte exercício: O governo quer deixar de gastar
os 800 milhões que o funcionamento da ADSE consome ao Orçamento do Estado.
Estará, no entanto, disposto a prescindir dos 200 milhões das quotizações dos
beneficiários? Irá, assim sem mais nem menos, aumentar a dotação orçamental do
SNS de forma a acomodar a entrada de mais um milhão de beneficiários? Não vos
parece que ao governo pode ocorrer a ideia de alargar a toda a gente a
obrigação de contribuir com um impostozinho -1,5%, por exemplo, como já descontam
os FP’s - para financiar o Serviço Nacional de Saúde? É que se não for assim vai
ser de uma maneira parecida…
O fim da ADSE é das maiores atrocidades que esta cambada poderá fazer para quem serve e serviu o Estado.
ResponderEliminarApesar de não ser beneficiária...Apetecia-me dizer uma asneira
A discussão política e económica em Portugal anda nisto, areia para os olhos...
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