Quando
ouvi a notícia conclui rapidamente que estava a ouvir mal. Coisas da idade,
pensei. Ou da falta de pilhas no aparelho auditivo. Lembrei-me depois que não
uso aparelho para ouvir melhor e que a última audiometria que realizei demonstrou que tenho
ouvido de tísico. Portanto aceitei, prestes a cair do espanto abaixo, que tinha
escutado bem o que o noticiava o jornalista de serviço.
O culpado
da hesitação quanto às minhas capacidades auditivas foi o Provedor de Justiça.
Diz que o homem mandou para o Tribunal Constitucional algumas normas do
Orçamento de Estado. Coisa muito na moda, diga-se. Terá o senhor Provedor
dúvidas quanto à constitucionalidade do corte do subsídio de férias…dos
pensionistas!!!!! Já quanto aos trabalhadores da função pública, curiosamente,
a mesma dúvida não lhe assiste. Apesar de serem, também, vitimas de idêntica
suspensão. E da entidade pagadora ser a mesma. Critérios assaz estranhos e
muito pouco justos, convenhamos. E que a mim, que não sou de intrigas e nem tão
surdo quanto pensava, me deixa com a pulga atrás da orelha. O que, mais uma
vez, prova que isto anda tudo ligado.
O que é que a foto tem a
ver com o texto? Nada, nada…
Caro Kruzes Kanhoto
ResponderEliminarJá há algum tempo encontrei estas três frases que merecem meditação:
- Se lutares, podes perder; se não lutares, estás perdido!
- O que me preocupa não é o grito dos maus! É o silêncio dos bons
- Para o triunfo do mal basta que os bons não façam nada.
Mas parece estar a acontecer que ninguém está a pensar seriamente na
quilo que vai dizer. Uns decidem coisas que não lembram ao diabo e, por vezes, ao menos, recuam. Outros disparam ao caso sem fazerem uma pontaria cuidadosa e sem terem a hombridade de apontar, mesmo que toscamente, uma hipótese de caminho correcto para as soluções dos problemas que lhes parecem mal resolvidos.
Temos que concluir que a sociedade está doente e é dela que saem os governantes, nem sempre da parte menos afectada.
Abraço
João