terça-feira, 8 de janeiro de 2013

As estranhas dúvidas do Provedor


Quando ouvi a notícia conclui rapidamente que estava a ouvir mal. Coisas da idade, pensei. Ou da falta de pilhas no aparelho auditivo. Lembrei-me depois que não uso aparelho para ouvir melhor e que a última audiometria que realizei demonstrou que tenho ouvido de tísico. Portanto aceitei, prestes a cair do espanto abaixo, que tinha escutado bem o que o noticiava o jornalista de serviço.
O culpado da hesitação quanto às minhas capacidades auditivas foi o Provedor de Justiça. Diz que o homem mandou para o Tribunal Constitucional algumas normas do Orçamento de Estado. Coisa muito na moda, diga-se. Terá o senhor Provedor dúvidas quanto à constitucionalidade do corte do subsídio de férias…dos pensionistas!!!!! Já quanto aos trabalhadores da função pública, curiosamente, a mesma dúvida não lhe assiste. Apesar de serem, também, vitimas de idêntica suspensão. E da entidade pagadora ser a mesma. Critérios assaz estranhos e muito pouco justos, convenhamos. E que a mim, que não sou de intrigas e nem tão surdo quanto pensava, me deixa com a pulga atrás da orelha. O que, mais uma vez, prova que isto anda tudo ligado.
O que é que a foto tem a ver com o texto? Nada, nada…

1 comentário:

  1. Caro Kruzes Kanhoto

    Já há algum tempo encontrei estas três frases que merecem meditação:

    - Se lutares, podes perder; se não lutares, estás perdido!
    - O que me preocupa não é o grito dos maus! É o silêncio dos bons
    - Para o triunfo do mal basta que os bons não façam nada.

    Mas parece estar a acontecer que ninguém está a pensar seriamente na
    quilo que vai dizer. Uns decidem coisas que não lembram ao diabo e, por vezes, ao menos, recuam. Outros disparam ao caso sem fazerem uma pontaria cuidadosa e sem terem a hombridade de apontar, mesmo que toscamente, uma hipótese de caminho correcto para as soluções dos problemas que lhes parecem mal resolvidos.

    Temos que concluir que a sociedade está doente e é dela que saem os governantes, nem sempre da parte menos afectada.

    Abraço
    João

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