Quando um dia for feito o
ranking dos piores políticos pós 25A Luís Filipe Menezes terá nele um lugar de
destaque. Na categoria de pior líder do PSD arrebatará o primeiro lugar, sem
dificuldade a grande distância da concorrência e na de pior autarca não andará,
também, muito longe dos primeiros lugares. É precisamente este conjunto de
atributos que o tem feito vencer sucessivas eleições autárquicas e que,
provavelmente, o tornará o próximo Presidente da Câmara do Porto.
Surpreendentemente, para
a campanha que se avizinha, o homem apresentou uma ideia que, de tão boa e
sensata que é, o poderá levar a perder as eleições. Unir, numa só cidade, Porto
e Gaia. Coisa que faz todo o sentido, que fará poupar larguíssimos milhões de
euros, mas que a julgar pelo folclore que se tem visto em torno das freguesias
não reunirá consensos. O debate está centrado na junção de pequenas autarquias
dispersas e a união de municípios populosos com sedes quase contíguas não está
nos horizontes de praticamente ninguém. Luís Filipe Menezes constitui uma
excepção e tem, do meu ponto de vista, toda a razão no que propõe.
Apesar dos condicionalismos
legais em vigor – recorde-se que os titulares de cargos políticos já podem ser
responsabilizados civil, financeira e criminalmente pelas suas decisões – as próximas
autárquicas deverão ter um número recorde de candidatos a presidente de câmara.
Não sei o que move esta gente para, assim, colocar em risco o seu património,
bom nome e, em último caso, até a sua liberdade. Para além de um grande amor às
suas terras e uma enorme ânsia de contribuir para o bem-estar das populações e
desenvolvimento dos seus concelhos, claro está. Talvez, mas isso eu a
especular, um enorme sentimento de impunidade…
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