Vai por aí uma grande animação com aquilo a que chamam o “regresso aos
mercados”. Que é o nome que se dá agora a pedir emprestado. Aparentemente a notícia
não é má. Tendo em conta que há ano e meio ou dois anos não havia quem nos
quisesse emprestar dinheiro parece, até, uma coisa boa. O pior é o resto.
Nomeadamente aquela parte em que temos de reembolsar quem nos empresta. Ou a
outra da utilização que damos ao graveto que nos emprestaram e que, diz, vai
ser para pagar anteriores idas ao mercado. Não esquecendo também que o nosso
fiador, um tal de Banco Central Europeu, é capaz de estar de olho em nós.
Mal comparado estamos, enquanto país, como aquele gajo que tem dez empréstimos
bancários e trinta cartões de crédito com o planfond estourado que, prometendo
deixar de almoçar, conseguiu convencer alguém a emprestar-lhe dinheiro. Esperemos
é que o indivíduo do exemplo não fique desempregado.
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