Ainda
que, enquanto contribuinte, me insurja com frequência contra a relação
desabrida que muitos autarcas mantêm com o dinheiro de todos nós, não comungo
de alguma satisfação mal disfarçada que a notícia da perda de mandato do
Presidente da Câmara de Faro tem provocado. Principalmente porque do homem tem
sido transmitida a imagem – ignoro se verdadeira, mas quero acreditar que sim
por tantas vezes repetida – de alguém rigoroso e exigente na forma de gerir os
recursos financeiros e os humanos. O que, como se sabe, não traz por norma
muitos amigos.
Os
pecados do autarca terão, como tem sido amplamente noticiado, ocorrido no exercício
de idênticas funções noutro município algarvio. Terá, ao que se conhece,
violado algumas normas legais por permitir umas quantas construções em zonas de
reserva agrícola e ecológica. Grande coisa! Nomeadamente num país em que se
paga a agricultores para não produzirem e onde o fundamentalismo dos
ecologistas conseguiu impor à sociedade legislação com restrições para lá de ridículas.
Serão,
portanto, questões de mera lana-caprina
que levaram – recursos à parte – à destituição do edil. Parece, assim visto de
longe, que a justiça terá caçado um pilha-galinhas. São desconhecidas consequências
desastrosas resultantes das decisões que levaram à perda de mandato. Estarão também
por esclarecer, pelo menos em termos públicos, quantas couves ou alfaces é que
deixaram de ser produzidas e é igualmente desconhecido se as minhocas ou osgas da
região sofreram alguma espécie de trauma.
Gosto de o ler.
ResponderEliminarNão conheço o caso, apenas li algumas coisas.
Mas a ser verdade, aquela parte de "alguém rigoroso e exigente na forma de gerir os recursos financeiros e os humanos. O que, como se sabe, não traz por norma muitos amigos." essa parte, sei que é verdade, seja em que área for e com quem for.
e precaveu-se antes pedindo a reforma que lhe foi concedida em 2/3 meses e apenas 2.780 minhocas.
ResponderEliminarSubscrevo!!!!