São
já mais do que muitas as demonstrações da pouca capacidade do
governo – no seu todo ou de cada um dos seus membros – em
comunicar, em passar uma mensagem de forma clara e objectiva. Um dos
últimos exemplos foi um secretário de estado, secundado hoje por
afirmações semelhantes do ministro que o tutela, que se lembrou de
pedir aos portugueses para não adoecer. O que até podia parecer ser
um pedido louvável, foi de imediato estragado pelo resto da frase.
Para poupar dinheiro ao SNS, acrescentou desastradamente. Claro que
nenhum dos governantes estaria a sugerir que falecêssemos, para
poupar dinheiro ao Estado. Mas, pela maneira como a ideia foi
transmitida, não faltou quem assim o entendesse e sentisse que os
governantes estariam a lamentar a relutância da população em bater
a bota.
Podiam
ter optado por apelar ao pessoal para que desatasse a apostar no
euromilhões e jogos que tais. Para além dos outros impostos
associados à jogatina, cada prémio acima de cinco mil euros vai
passar a pagar, desde ontem, vinte por cento de imposto de selo. Com
os resultados da última extracção os primeiros 34.301,48 euros,
dos 55 milhões previstos no orçamento, já estão garantidos. Pedir
bons palpites aos portugueses teria sido, portanto muito mais
simpático e, estou em crer, merecedor de uma resposta positiva por
parte dos portugueses com uma ainda maior corrida às casas de
apostas. Inclusivamente podia – e devia – ter sido lançado o
desafio para ultrapassar o valor orçamentado. Mas não. Esta gente
insiste em nos aborrecer.
"Chato" é o meu vizinho que insiste em me acordar a uma sábado às 7h da manhã para me trazer uma alface para o almoço. E quando digo "chato", é uma forma algo carinhosa de dizer que já não se fazem pessoas assim. E neste caso não é de forma alguma pejorativo.
ResponderEliminarAgora, apetecia-me chamar uma coisa mais "condimentada" a esses do governo. E abusar no condimento. Só não o faço por respeito ao "kruzes" e porque não quero ser banida do blog.
Chato é um adjectivo quase como redondo, sem arestas sem picos. Mas eles são acerados, bicudos com picos como o ouriço. Ferem e criam alergias, dor doença, irritação.
ResponderEliminarSem insensibilidade, não pensam nas pessoas que devem defender e a quem devem dar mais bem-estar. Apenas se preocupam com os números que garantam a manutenção das suas mordomias e os interesses dos seus partrões, os tais do feudalismo dos grupos económicos.
Abraço
João
Está mais que provado que esta gente não governa mal por incompetência mas sim por má fé! Sendo assim, esta gente, que não precisa do SNS para nada, pode muito bem ter a secreta intenção de acabar com a assistência médica para aliviar os encargos com as reformas!
ResponderEliminarTeoria da conspiração? Não, os factos estão aí!
Um abraço desconfiado
Estes chatos nem dão para coçar.
ResponderEliminarQuando muito para sacudir. Lá iremos.