A imagem que acompanha este texto, retirada do blogue "A nossa terrinha", representa a evolução da população residente no concelho de Estremoz. Enquadra-se numa exaustiva análise, que pode ser lida no espaço mencionado, acerca da rede portuguesa de auto-estradas onde se questiona a bondade do investimento que o país fez nestas infraestruturas rodoviárias.
Não se pode depreender - nem é isso que a autora conclui - que a construção da A6, esteja a contribuir para a quebra populacional que se verifica no concelho desde o ano de dois mil e cinco. As causas são outras, muitas têm de se procurar noutro lado, mas não devemos excluir desta responsabilidade quem continua a insistir em morar por cá. Principalmente quando se assiste a um egoísmo nunca visto, em que as pessoas optam por não ter filhos apenas para não ter chatices. Um descendente custa muito dinheiro, que pode, por exemplo, ser gasto em viagens ou num carro novo. E, se afinal um cachorro sai muito mais barato e pode ser posto no olho da rua quando aborrece, para quê complicar?!
Também as politicas de investimento público no concelho e na região têm contribuído de maneira fundamental para o êxodo da população. Dos muitos milhões de euros, provenientes da União Europeia e do bolso dos contribuintes, que já foram enterrados no concelho, terão sido poucos os que contribuíram para a criação de postos de trabalho. E, pelos vistos, assim vai continuar a ser. Por mais que custe a muita gente, na apreciação de qualquer projecto, para além da legalidade, devia igualmente ser tido em conta o principio da utilidade ou rentabilidade do mesmo. Podendo ser chumbado caso determinados critérios não fossem preenchidos. Se calhar, digo eu assim de repente, talvez não tivéssemos - pelo menos a este nível - alguns problemas como aqueles que hoje nos afectam. Como défices, corrupção, desemprego e outras coisas aborrecidas.
Quanto à auto-estrada, apesar de estar ali ao virar da curva, continuo a preferir a velhinha nacional quatro para as minhas deslocações. Como diz o outro, não estou para engordar gulosos.
Obrigado pela visita e pelo comentário. Prometo voltar aqui com mais tempo para fazer uma leitura mais aprofundada dos posts. No entanto, gostei bastante deste blogue.
ResponderEliminarNa década de 90 beneficioamos em ter quem investisse em auto-estradas e outras infra-estruturas que eram precisas...mas muito coisa ficou por fazer e aí começou a purga de encher os bolsos de corruptos, mafiosos e num compadrio absurdo que envolvia e ainda envolve algo que hoje me soa a muito estranho: ESTADO!
ResponderEliminarNuma viagem longa (que é muito raro) prefiro a auto-estrada, porque a nacional tem zonas de quilómetros e quilómetros em completo abandono e o que pouparia nas portagens iria em dobro para o mecânico.
Estranho,muito estranho, é Elvas ter uma curva semelhante, com Badajoz aqui ao lado.
ResponderEliminarElvas devia ter crescido como crescem pelo menos os dormitórios das grandes cidades, e tal não acontece...