O país poderá estar a horas de assistir a mais um bloqueio levado a efeito por uma dúzia de broncos que, por terem um veiculo de grandes dimensões e capaz de sozinho bloquear uma estrada, se arrogam no direito de achar que os restantes portugueses têm o dever de suportar parte dos custos de exploração da sua actividade empresarial.
Apesar das suas pretensões não fazerem qualquer sentido, serem altamente lesivas para todos e poderem constituir um gravíssimo precedente que pode - deve, aliás - ser seguido por outros sectores igualmente afectados pela subida de preço das matérias primas, acredito que o governo acabará por lhes fazer a vontade e ceder às suas reivindicações. Tal como aconteceu da última vez que bloquearam o país e tornaram os portugueses reféns da sua causa. Recorde-se que então, durante os dias em que durou o acto criminoso que praticaram, o executivo do alegado engenheiro não deu sinais de vida. Esteve calado, escondido e com medo. O que não admira. Ser arrogante com os fracos e submisso com quem ostenta alguma espécie de poder é próprio dos cobardes.
Não se pode confundir este tipo de acções com outras "lutas" agora - de novo - tão em voga. Nem, perante elas, reagir da mesma maneira. Impedir a circulação de pessoas e bens é ilegal, ilegítimo e merece ser punido severamente. Aquilo que espero é que o governo aja em conformidade e que mobilize a guarda, a policia e o exercito para desimpedir estradas enquanto, simultaneamente, ordene às Finanças fiscalizações aos escritórios das "empresas" que participem nos bloqueios. Se assim não fizer, então que se vá embora.
Meu amigo isto tem de rebentar por algum lado ou alguém tem que pôr travão a um governo que só cobra impostos sempre aos mesmos e deixa que os seus "queridos amigos façam o que querem e subam sem qualquer controlo" no que toca à REN, GALP, SMAS, CP e imensos SERVIÇOS PÚBLICOS pagos a peso de ouro!
ResponderEliminar"se arrogam no direito de achar que os restantes portugueses têm o dever de suportar parte dos custos de exploração da sua actividade empresarial"????
claro que se os bens alimentares e não só vêm e vão por terra, através do que apelidas de "broncos", mas temos e exportamos o que necessitamos ou não? e se deixarem subir ainda mais os combustíveis e as portagens, aí sim pagaremos todos nós esses custos, porque nenhum parvo abre um empresa para ter prejuízo e muitas que dão...hum aqui será outro assunto!
Quem mandou o governo fazer contratos absurdos com...por exemplo Líbia? Havia e há outros né? pois é!
Da última vez resultou, muitos ficaram reféns é certo...mas os combustíveis baixaram e se baixaram...vai lá rever os escritos da época!!!
ou então é preferível ficarmos sufocados de vez com a vinda do TGV e mais auto-estradas ou diabo a sete?!
Quanto à manifestação de ontem, sinceramente do pouco que vi...mais parecia um desfile de carnaval e tudo muito bem disposto!!!
É a minha opinião...
O meu ponto de vista é este: Para as empresas de camionagem o custo do combustível é um custo de produção que eles incorporam no preço dos serviços. Se os factores de produção aumentam o preço final do produto ou serviço prestado aumenta igualmente e isso é repercutido ao consumidor/cliente. É a mais elementar lógica de mercado. Quando sucede o inverso não consta que eles andem por aí a fazer donativos ao Estado...
ResponderEliminarNo entanto se quiserem fazer greve, fechar as empresas ou protestar de forma civilizada - como aconteceu ontem - então muito bem. Não lhes reconheço é o direito de impor que outros que queiram trabalhar não o possam fazer e ainda menos admito que limitem a minha liberdade de circulação.
Concordo plenamente. Mas os valores estão pervertidos e não há quem ponha cobro a tanta insanidade junta.
ResponderEliminarkk
ResponderEliminarSim, agora percebi bem o "funcionamento da coisa" e concordo inteiramente sobretudo com com o teu segundo parágrafo, porque noutro contexto sou totalmente contra as greves na CP que além de fazerem greve após a cobrança dos passes, os vencimentos estão garantidos e só prejudicam o povo.
No caso de há 3 anos, vi imensos automobilistas que como eu passei sem qualquer problema numa ida à filha que é 1 h de auto-estrada e as filas de camiões perdiam-se de vista e todos encostados.
O incómodo que tive, como muitos, foi não ter como abastecer o carro, porque nas bombas as reservas foram a zero, embora encontrasse uma ou outra.
Agora se esta é para todos pararem, ou provocarem a paragem de todos...aí acho uma falta de democracia, porque a minha liberdade termina quando começa a do outro e sou livre de optar por aderir ou não, até mesmo que tivesse um camião nas mãos!
O meu obrigadão e um beijo de boa noite
O meio rodoviário é mais caro e mais poluente. Num país com uma importante industria de Turismo e estradas à medida, é uma tolice ver tantos camiões na estrada, estragando-a e empatando o trânsito. Os transportes (de pessoas e mercadorias) deveria fazer-se, prioritariamente, através do meio ferroviário. Os políticos corruptos, ao serviço do lobby do betão e do alcatrão, vão desfazendo a ferrovia e vão alimentando os galifões referidos e estes trastes dos transportes rodoviários. Isto tá tudo ligado. Quanto à greve, é uma greve de patrões. Não se reivindicava ali nada parta os motoristas assalariados, apenas o lucro dos patrões. E, obviamente, não têm direito a impedir quem quer trabalhar. Num país a sério, o apelo feito Às autoridades, frente às câmaras da TV, levaria à prisão por incitamento à desordem pública, do caramelo que defendia que a polícia devia desencorajar a circulação de quaisquer veículos pesados de transporte sob risco de sofrerem represálias. Vai lindo, isto.
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