Estamos em maré de encolhas. De cortar. Vai daí parece que algum decisor com poder para o efeito se lembrou de cortar na despesa com telemóveis. O que nem se afigura como algo despropositado ou merecedor de criticas. Mesmo que o utilizador seja um conhecido e atarefado juiz. Acho até que o exemplo devia ser seguido por outras - senão mesmo por todas - instituições onde seja o dinheiro dos portugueses a financiar as conversas. Ainda que importantes.
O que já não me convence da bondade da opção em causa - que terá levado o magistrado em questão a entregar o aparelho que lhe estava atribuído - é o valor do planfond que, alegadamente, foi estabelecido para o senhor comunicar. Que, segundo o noticiado, será inferior ao dos seguranças que estão encarregados de lhe guardar as costas e, segundo rezam as crónicas, não ultrapassará a dezena de euros mensais. É manifestamente pouco, convenhamos.
Nem desconfio quanto se gasta, no conjunto de todos os organismos oficiais, em comunicações. Imagino que muito. Plafonar o seu uso será, portanto, uma medida do mais elementar bom-senso mas que deve ser posta em prática com regras que respeitem, pelo menos, o mais comum dos sensos. Ou então, um dia destes, ainda um alto dirigente de um qualquer instituto, terá de pedir o telemóvel à senhora da limpeza para telefonar à esposa a inquirir acerca da ementa para o jantar. Ou de outra coisa igualmente importante.
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