Quem tem filhos a frequentar o ensino básico, ou que passaram por este nível de escolaridade nos últimos anos, sabe para que servem disciplinas como "Estudo acompanhado" ou "Área Projecto". O governo, esse, descobriu agora. Deve ter sido por isso que, num saudável momento de rara sagacidade, resolveu extinguir a segunda e reservar a primeira para aqueles alunos que realmente necessitam de apoio.
Ora pensava eu, pai de alunos que já passaram por essa aberração educativa de inutilidade comprovada, que a medida seria não só consensual, como merecedora do aplauso da generalidade das forças parlamentares e, principalmente, dos pais e encarregados de educação. Mas não. Parece que outros valores mais altos se levantam. Também ninguém me manda ser parvo e ter a ousadia de pensar que a escola deve servir para ensinar português, história, inglês ou matemática. Ou, já agora, para aprender a ler e a escrever. Que é coisa que, por vezes, no nono ano alguns ainda não sabem. Vão ver é anti-pedagógico e não estimula as capacidades criativas do aluno.
Exceptuando aos professores - por motivos óbvios - não estou a ver a quem interessa manter esta situação. Aos pais não será, até porque a esmagadora maioria se está positivamente cagando para o assunto, e aos estudantes ainda menos. Embora, relativamente aos últimos, isso não releve para o caso. Toda a gente sabe que o sistema público de ensino não foi feito a pensar nos alunos.
Subscrevo inteiramente!
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