quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Travessuras

Se para alguma coisa serviram as últimas eleições foi para nos tentarem convencer que um dos candidatos, até agora agora tido como sério e honesto, não passaria de um maroto. Um mariola da pior espécie, mesmo. Um gabirú conforme o caracterizou, num momento de rara sagacidade, um analista politico da nossa praça, entre um bagaço no quiosque decrépito e um jogo da malha ali no Rossio. 
Foi graças ao pretérito acto eleitoral que ficámos a saber que não podemos confiar num homem que compra e vende acções, que troca uma propriedade por outra e, desconfia-se, ainda é gajo para ter trocado algum electrodoméstico mais problemático com recurso ao cartão de fidelização de uma loja estrangeira. 
O que não se sabia, nem desconfiava, é que o senhor em causa terá igualmente trocado um beco mal-afamado por uma travessa. E não foi por uma daquelas, apanhadas no lixo ou roubadas a um qualquer espólio doméstico, que os ciganos vendem a preços exorbitantes aos tios e tias de Lisboa no mercado das velharias aos Sábados de manhã. Nada disso. É daquelas à séria onde já não mora ninguém e as casas estão todas à venda.

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