segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Azedume diz ele...

Estou entre aqueles que evidenciam todo o seu azedume face aos números do défice. Não pelos resultados propriamente ditos, como pensa um certo e determinado pateta cujo nome não será aqui mencionado, mas antes por, para a substancial melhoria que se verificou, ter contribuído decisivamente a minha algibeira. A minha e a de muitas outras vitimas. 
É, convenhamos, preciso ser muito parvo para manifestar regozijo pelos valores apurados na execução orçamental de Janeiro. Face à subida brutal de impostos, aos cortes cegos naquilo que são obrigações básicas do Estado e aos artifícios contabilísticos de que se ouve falar, só mesmo um burro admitiria como possível que, mais milhão menos milhão, não se chegasse a valores parecidos com os anunciados. Manifestar satisfação por ver os seus concidadãos esbulhados de parte significativa dos seus rendimentos para pagar as asneiras que cometeu é, para ser simpático, próprio de um mentecapto. 
Não é para me gabar mas conseguia fazer ainda melhor. Eu ou outro idiota qualquer quase tão idiota quanto o idiota que não gosta de azedumes. Reduzia os vencimentos dos funcionários públicos para metade, cobrava-lhes cinquenta por cento de irs sobre a totalidade, aumentava o iva para noventa por cento e proibia as pessoas com mais de cinquenta anos de ir ao médico. Era um tratamento de choque? Sim mas obtinha exactamente os mesmos resultados que aquela gentinha pretende. Só que uns anos antes e poupava muita gente a uma morte lenta e dolorosa.

1 comentário:

  1. Subscrevo totalmente e digo-te sinceramente que não acredito nem em percentagens e respectivos números apresentada por esta cambada de políticos (há excepções) que falseiam tudo, depenam quem trabalha para manterem o seu status.

    Sinceramente...metem nojo!

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