Quando, por tudo e por nada, se levantam questões relacionadas com a privacidade e com a divulgação dos dados pessoais de cada um, não deixa de ser espantosa a facilidade com que se expõem fotografias e disponibilizam informações pessoais na Internet colocando-as à disposição e ao alcance de qualquer um. Bem intencionado ou não.
Por outro lado, quando é o Estado que pretende ter acesso a coisas tão banais como, por exemplo, saber que rendimentos aufere cada cidadão para aferir se deve ou não ter acesso a benefícios sociais ou quanto deve pagar de impostos, levanta-se toda uma panóplia de questões acerca da protecção da privacidade no sentido de evitar aquilo a que alguns chamam devassa da vida privada. Como se o Estado, todos nós portanto, apenas tivesse obrigação de distribuir o que uns quantos pagam sem se preocupar se aqueles que recebem necessitam ou não.
Infelizmente o controlo peca, ainda, por escasso. Desde o inicio do ano que para ter acesso às prestações sociais é necessário, para além de estar abaixo de determinados montantes a nível remuneratório, permitir que a Segurança Social tenha conhecimento dos valores das contas bancárias dos beneficiários. O que é manifestamente insuficiente. Quando um, ou mesmo os dois, membros do casal trabalha por conta própria não há qualquer espécie de controlo sobre os seu rendimentos, o que permite a essa gente continuar a receber as prestações sociais como vinha acontecendo.
Estes burlões, que todos conhecemos, vão continuar a rir-se de nós. Os parvos que não conseguimos esconder um cêntimo do que ganhamos. E vão também continuar a bradar pela privacidade. A tal que vai permitindo que saquem os recursos para os quais não contribuem. Confesso que me apetece escrever por aqui uma dúzia de nomes. Mas, descansem vigaristas, não o vou fazer. Isso seria violar a vossa privacidadezinha.
Totalmente de acordo e subscrevo!
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