O actual Partido Socialista parece estar, finalmente, inclinado para admitir a hipótese de proceder à reforma administrativa do país. Que é como quem diz extinguir uns quantos municípios e freguesias. Esta ideia está a entusiasmar uma legião de comentadores, na internet e fora dela, que têm debitado as mais variadas alarvidades acerca do que deve ser extinto, das inúmeras vantagens que isso comporta e da imensa poupança que isso vai representar para as contas nacionais. Mais do que reorganizar seja o que for é de reduzir custos que se trata, portanto. Pelo menos é por aí que a discussão está a começar.
Os pequenos municípios do interior são o principal alvo dos que manifestam opinião acerca deste assunto. Argumentos não lhes faltam. Curiosamente ou talvez não, ninguém, mas mesmo ninguém, questiona a existência de dezasseis municípios no distrito de Lisboa, dezoito no distrito do Porto e, pasme-se, nove (!!) naquilo a que vulgarmente se chama "margem sul". Alguns de dimensões minúsculas e quase ridículas mas com um aparelho "administrativo-politico-empresarial" de proporções gigantescas e cuja extinção representaria, de facto, uma poupança de recursos assinável. Coisa para valer, cada um deles, por duzentos ou trezentos Barrancos. Por ano.
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