Apesar do preço dos combustíveis estar a atingir novos máximos históricos, os portugueses não dão sinal de prescindir do uso do automóvel ou de, pelo menos, fazer um uso mais racional da viatura particular. Significará isso que o nosso bolso resistirá a mais uns quantos aumentos desse e de outros bens de que não damos mostra de aceitar colocar de parte.
Confesso que a mim, apesar de não ter um poço de petróleo no quintal nem possuir acções de nenhuma gasolineira, considero que há coisas bem piores do que esta escalada de preços. Acho até alguma piada aos pretensos protestos e às patéticas tentativas de boicote, em relação a algumas marcas dominantes no mercado, que vão circulando pela internet e enchendo as caixas de e-mail com mensagens de caracter marcadamente infantil.
Mesmo suscitando menos atenção por parte da comunicação social, o preço do gás de garrafa tem aumentado a um ritmo que nada fica a dever aos seus parentes líquidos. Refira-se que o preço de uma botija de onze quilos de propano rondaria, ainda há relativamente pouco tempo, os dezassete euros. Hoje custou-me vinte cinco euros. Ora, se percorrer de automóvel os mil metros que me separam do emprego pode – e bem – ser considerado um luxo, já tomar banho ou confeccionar as refeições não se me afigura como tal. Mas, estranhamente, não vejo nem ouço preocupações quanto a isso. Será que o pessoal só come sandes e toma banho de água fria?!
"Apesar do preço dos combustíveis estar a atingir novos máximos históricos", numa ROUBALHEIRA DESCARADA, porque estes máximos foram atingidos quando em 2008 o barril do brente chegou aos 158 dólares e hoje é de facto "histórico, hesterico, hipócrita, e outros adjectivos começados por h" porque o mesmo barril não chega aos 50 dólares.
ResponderEliminarAlém de não se deixar de andar tanto de carro, sobretudo em percursos pequenos, ainda o "povão aparvalhado/comodutista" continua a abastecer na Galp & Filhas, cujos preços variam conforme as bombas.
Quanto às bilhas, como há dez anos que não uso, há dias tive que receber as da casa da filha e fiquei parva porque de facto o preço é o que dizes 25€ e ninguém diz nada, ninguém, mas ninguém neste país mostra um cartão vermelho aos "vendilhões do templo".
Não sei se o povo está anestesiado e subscrevo interiamente o que dizes e olha rapaz, pelo menos já somos dois que nos revoltamos com este tipo de situações e sem pápas na língua dizemos da nossa justiça!
Um abraço