Estou-me nas tintas para as eleições presidenciais e positivamente cagando – que é para não me chamarem negativista - para os respectivos candidatos. Pouco me interessa, por isso, a quanto o Cavaco comprou ou vendeu a porra das acções da SLN ou quanto pagaram ao Alegre por escrever meia dúzia de baboseiras a propósito de uma banco onde, alegadamente, se praticariam umas certas manigâncias. Também me comove muito pouco que o Nobre candidato tenha assistido, nas suas altruísticas missões, verdadeiras pelejas onde galináceos e gaiatos se degladiavam por migalhas de pão. Igualmente acho pouco relevante os combates que o Lopes do PCP alega ter travado desde jovem pelas coisas em que acredita. Até porque cada um acredita no que quer, compra e vende ao preço que pode, ajuda quem lhe dá na realíssima gana e ganha a vida como lhe parece melhor. Não necessariamente por esta ordem, claro.
À excepção dos intervenientes neste circo e seus apaniguados, o restante país está-se a borrifar para as campanhas que os aparelhos tentam criar. Sujas, negras, baixas ou simplesmente promocionais por mais nomes com que as baptizem. Era deste contexto que o Defensor e o Coelho podiam tirar partido e, graças a ele, ter alguma visibilidade e granjear apoios entre os portugueses. Mas não. O primeiro insiste em falar a sério. O que, vindo de quem foi presidente de Câmara, constitui um manifesto contra-senso. O segundo – o Coelho da Madeira – ou está a ser boicotado pela comunicação social ou então perdeu a imaginação, até há pouco prodigiosa, para inventar novas formas de divertir o pagode.
É perante as candidaturas destes seis canastrões sem graça, cinzentões e aborrecidos, notoriamente incapazes de motivar o interesse do eleitorado, que damos valor a personalidades como Manuel João Vieira, Pinto da Costa, José Castelo-Branco e outros que tais. Imagine-se a diversão que não constituiria um debate entre estes três personagens!
Irei votar Nobre, conforme já disse...ah era secreto? pois volto a repetir que já disse que para além do homem que é, Cavaco e Alegre irão ganhar, mas pelo menos não com a percentagem que possam festejar. Quanto às últimas personagens, sinceramente não perco tempo a ouvi-los e ou a ler algo sobre eles.
ResponderEliminarSubscrevo totalmente o que dizes, e não tenho ouvido mais nenhum debate, nem discursos desde que no primeiro, com tantos problemas que o país tem vão falar da "aldrabice e corrupção que houve e há nesses dois bancos" e que todos nós iremos pagar. É só jantaradas, aprolice e carnaval e mais uns milhões que vão por água abaixo.