À semelhança do governo, relativamente a toda a função pública, também muitos autarcas elegeram os funcionários do municípios que transitoriamente dirigem – todo o poder é efémero, convém ter sempre presente – como alvo de discursos populistas. Depois das pausas para o café, que apelidou de excessivamente e contra as quais tomou medidas restritivas, Macário Correia voltou a atirar-se como gato a bofe aos funcionários da autarquia que dirige. Nomeadamente àqueles que, alegadamente, estarão de baixa médica graças a favores obtidos, também alegadamente, junto de médicos amigos. Saliento que os alegadamente anteriores são meus porque, tanto quanto sei, o edil não terá achado necessidade de os introduzir no seu discurso.
Mesmo desconhecendo em absoluto a realidade farense, acredito piamente que o homem tenha toda a razão. Perde-a, no entanto, quando opta por trazer para a praça pública, com o aparente intuito de ganhar a simpatia da opinião pública, um problema que podia – mais do que isso, tinha obrigação de o fazer – resolver dentro do seu gabinete. Se há, e de certeza que haverá, quem não queira trabalhar, o que o senhor Presidente da Câmara tem a fazer é indicar-lhes o caminho da saída. Para isso dispõe de múltiplas opções. Pior é que depois, quando as coisas não correrem tão bem como o desejado, fica sem bodes expiatórios...
Pois eu concordo que o presidente denuncie e traga estas questões para a praça pública pois toda a gente tem o direito de saber o que se passa dentro das autarquias.
ResponderEliminarA sorte do Macário é que em Faro não são os votos dos trabalhadores que decidem quem fica no poder, como acontece em terras pequenas.
Não concordo porque daí não resulta nada. A não ser espectáculo. Com os resultados que se conhecem.
ResponderEliminarSubscrevo o que dizes, acho que esse assunto deverria ser tratado "entre portas", mas o que deveria e não sei se dá era "prestar contas ao público" dos gastos extraordinários e excessivos que ocorrem dentro das autarquias, como prendinhas, jantarinhos, homenagens bestas, a que os de topo têm direito como água, cartões de crédito e por aí adiante!
ResponderEliminarSinceramente mete-me nojo o compadrio político, porque dá-se valor à cor política e não ao desempenho de qualquer funcionário público.
Este e outros há muito que deveriam ter saído "para o raio que os parta" e dar lugar aos mais novos que querem e tudo fazem para levantar este país!!!!