Nos últimos dias têm-se sucedido noticias na comunicação social que me fazem ter vontade de esmurrar o rádio do carro, rasgar o jornal ou atirar qualquer coisa ao televisor. Não, propriamente, pelo conteúdo informativo mas antes pela forma como as noticias nos são transmitidas. Claro que eventuais actos de violência sobre os meios que trazem até mim a informação revelar-se-iam inúteis, despropositados e apenas capazes de me causarem avultados prejuízos financeiros. Daí que opte apenas por chamar parvos aos jornalistas que as redigiram. Se é que ainda são estes profissionais que tratam destas coisas.
A manipulação jornalística em torno das noticias que envolvem os ciganos são absolutamente revoltantes e revelam algo que, para ser simpático, vou apenas considerar como mau profissionalismo. Quando pessoas daquela etnia são, alegadamente, vitimas de qualquer injustiça – porque, naturalmente, também o são tal como qualquer outro cidadão – não há profissional da informação que não repita até à exaustão a palavra “ciganos” para identificar as presumíveis vitimas. Veja-se o caso francês ou qualquer escola portuguesa onde os pequenos ciganitos não sejam tratados como príncipes.
Já na situação inversa, que ocorre na maior parte das ocasiões, em que são os estes os causadores dos mais variados desacatos, não há jornal nem jornalista que ouse pronunciar a palavra “ciganos”. Na melhor das hipóteses, muito timidamente, um ou outro atrever-se-á a mencionar que se trata de cidadãos de etnia cigana. Podia citar inúmeros casos, mas fico-me apenas pelos dois mais recentes. Os “pais de um aluno” - palavras do jornalista – entraram numa escola pública e malharam barbaramente uma professora que devia estar mesmo a pedi-las e, hoje, uma rixa envolvendo duas “familias” provocou dois mortos.
Todos os cidadãos envolvidos nestes actos cívicos representativos de uma certa cultura só serão “ciganos”, segundo os modernos critérios jornalísticos, se alguns racistas e xenófobos lhes arrearem uma valente carga de porrada. Ou então algum Sarkosy os meter na linha. Nem que seja do TGV.
Quando pessoas daquela etnia são, alegadamente, vitimas de qualquer injustiça – porque, naturalmente, também o são tal como qualquer outro cidadão –
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também é algo que me espanta no jornalismo actual e o tiroteio que houve ontem ou anteontem numa feira onde houve mortos e feridos, eram de facto ajuste de contas "entre ciganos" e quem o disse? um dos vários entrevistados e só lamento quem tenha levado com uma bala sem ter nada a haver com o assunto.
Quando há qualquer tipo de criminalidade porque não dizer, ciganos, pretos, mulatos, BRANCOS ou amarelo às riscas? Ou dizem ou deixam de dizer...e subscrevo o que dizes!
Bom domingo
Não posso estar mais de acordo!
ResponderEliminarSem qualquer dúvida. É isso mesmo. Se os srs. jornalistas acham que os ciganos são uns santinhos, que os coloquem junto à sua mesa de cabeceira. Para não ir tão longe que os acolham na periferia do seu quintal. Coitadinhos ...
ResponderEliminarTremoceiro-tremoceiro
Para mim, um branco é um branco, um negro é um negro e um cigano é um cigano... não há que enganar...
ResponderEliminare quem não concordar que vá viver com gente desta ao lado...
Compadre Alentejano
Já ninguém se atreve a dizer o que pensa ou a chamar os bois pelos seus nomes, caro Kanhoto, ou alinha pela bitola do politicamente correcto ou leva com o epíteto de racista.
ResponderEliminarÉ só ir até ao Arrastão e ver como as coisas se tratam por lá.
abraço