Apesar de poder vir a enfrentar as mais terríveis ameaças e a condenação geral, vou mesmo fazê-lo. E de hoje não passa. Ainda que a indignação de muitos figurões que ninguém conhece e de outra gente que todos conhecem mas preferiam não conhecer se abata sobre o autor deste blogue, vou mesmo queimar uma quantidade de livros religiosos. Sagrados, talvez.
Descansem todos os que por estes dias tem manifestado o seu temor por causa das intenções pirómanas de um norte americano maluco. Não vou desrespeitar nenhuma religião importante. Daquelas que nem podemos contar anedotas. Vou apenas incendiar uns quantos catecismos em segunda mão, que ninguém quer em lado nenhum e que estão a contribuir para que a prateleira da estante apresente um preocupante estado de cansaço que ameaça ceder a qualquer momento.
Garanto que me irei inteirar cuidadosamente que apenas arderão os manuais que, em vão diga-se, tiveram por missão instruir-me – e aos meus descendentes - nas coisas do catolicismo. Juro pelas alminhas dos que já lá estão e de todos os que para lá irão que não queimarei nada que, mesmo ao de leve, contenha referências a outras religiões. Muito menos daquela que prega a paz e os seus seguidores, quando não estão a fazer bombas, passam parte significativa do seu tempo de rabo para o ar. Esses vou reservá-los para quando grelhar umas febras. Ou assar um leitão.
Aproveita para queimar também o jornal "A Bola" que fala nas derrotas do benfas...
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