domingo, 5 de setembro de 2010

Fidel e os maricas

Embora não constitua grande surpresa – não haverá, provavelmente, muita gente que não o soubesse - Fidel Castro terá confidenciado recentemente numa entrevista que concedeu, ser ele o responsável pela perseguição movida aos paneleiros Cubanos. A noticia, calculo, terá horrorizado a malta de uma certa esquerda que vê no ditador, agora aposentado, um dos seus últimos heróis e nas politicas que implementou na ilha das caraíbas um dos seus derradeiros mitos. 
Não sei se esta revelação constituirá ou não mais um revés nas crenças daqueles que acreditam ser Cuba o exemplo da sociedade ideal. Talvez não. Vão ver são gajos para argumentar que a paneleiragem lá do sitio é toda contra-revolucionária. Ou, pior ainda, são maricas exportados para o território pelos imperialistas americanos. Seja como for esta confissão demonstra que até mesmo um ditador maluco pode ter, ainda que esporadicamente, um ou outro momento de lucidez.

3 comentários:

  1. Já os paneleiros é que têm pouca dessa lucidez ao defenderem o mundo de influência islâmica no antagonismo que os opõe aos sionistas. Ignorando que nesse universo, que reúne os mais radicais islamitas, o tratamento dispensado aos paneleiros é a dança na ponta da corda, pendurados pelo pescoço. Ironicamente, o estado de Israel possui legislação que protege a homossexualidade. Vá-se lá perceber estas guerras de paneleiragem, política, mental e religiosa ?!

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  2. É engraçado o senhor queixar-se de uma coisa, digamos, banal, vulgar, e acima de tudo enraizada nas tradições das várias festas e romarias não só em estremoz, como em todo o lado.
    Querem ver que os foguetes em estremoz são diferentes daqueles que lançam por exemplo á meia noite do dia 25 de abril? Tambem são barulhentos, e tambem são a uma hora algo indesejável para quem já está a dormir. Ou estou enganado? É que desses por exemplo, nunca o vi aqui queixar-se na blogosfera. Talvez seja um tipo de foguetes novos e silenciosos. E tambem me causa alguma estranheza e admiração, ver aqui pela primeira vez neste blog uma queixa sobre os foguetes em Estremoz.
    Não vi aqui mais ninguem a queixar-se. Será que o meu amigo não terá uns ouvidos algo sensiveis? É tudo uma questão de decibéis.
    É que pelos vistos, muita gente se incomóda por tudo e por nada. Agora, até dos foguetes se queixam. Incrivel.......
    Ah, já agora, disse que se iria logo levantar e dirigir-se ao recinto á alvorada dos foguetes? É que por acaso eu estava lá nessa altura, e não o vi lá chegar. Talvez fosse o transito que estava complicado.
    Deixava-lhe um conselho. Se não gosta de festas populares, ninguem o obriga a isso. Mas respeite quem ainda gosta delas, e quem gosta de tradições. E um foguete, nada mais é que uma peça tradicional das festas, destas e de todas as outras.
    Como dizem "os outros": não há festa como esta. É especial porque é a nossa.
    Aguente-se quem não gosta.

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  3. Ora, ora... então o meu estimado leitor JPS – um dos poucos que, pelos vistos, lê blogues - fica aborrecido por causa de uma opinião critica em relação a um (apenas um!) aspecto da festa da paróquia?! Como diria o outro “não havia necessidade..”
    De facto não gosto de foguetes. Principalmente daquela parte em que o foguete rebenta e acorda as pessoas que num Domingo às nove da manhã ainda estão dormir. (Mandriões! Por isso que este país não avança). São barulhentos. E caros, também. Dizem, porque eu nunca comprei nenhum. Prefiro gastar o pouco dinheiro que ganho em coisas mais úteis.
    Quanto ao foguetório do 25 do A, é capaz de ter razão. Que me lembre nunca por aqui os critiquei. O que até nem admira. Um gajo anda sempre metido nessas coisas dos partidos, não convém andar a dizer mal não é?
    Quanto à sensibilidade dos meus ouvidos nem me diga nada. Veja lá que não ouvi foguetes nas madrugadas de Domingo e Segunda-feira. Ou então tinham algum dispositivo silenciador, sei lá.

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