Confesso que fiquei apreensivo ao ler o título de uma notícia, que já não é nova, terá três ou quatro dias o que, para notícia, constitui uma idade bastante respeitável e a caminhar para balzaquiana, que dava conta da prisão de um tal “Patolas”.
O simpático canito que responde por esse nome não parece capaz de cometer atrocidades que justifiquem a sua detenção, salvo uma ou outra travessura própria da idade. Não vive em apartamentos, corre livremente pelos campos, não caga nos passeios, rói todos os ossos que apanha e persegue como se não houvesse amanhã cada gato que se lhe atravessa no caminho. É, portanto, um cão à séria e não como esses lulus mariquinhas que donos não menos mariquinhas por aí passeiam.
Constatei depois, na sequência da leitura, que não havia motivo para me preocupar. Afinal o “Patolas” era outro. Trata-se de um perigoso meliante – embora o nome, de tão ridículo que é, não o faça crer – líder de um gang que exercia a sua actividade na linha de Sintra e que há muito estava na mira das autoridades policiais. No entanto, depois de ler a reportagem acerca deste e de outros bandidos, dei comigo a pensar porque motivo não haverá em Estremoz delinquentes com nomes tão porreiros…
Nomes á parte, quem ficaria com o nome "Tio Patinhas".
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