terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Gabarolas

Há quem garanta insistentemente que três anos depois da posse do governo de José Sócrates Portugal é um país melhor. Será. Para alguns, não para a generalidade dos portugueses. Todos os indicadores pelos quais habitualmente se mede a qualidade de vida da população estão hoje piores que antes e até mesmo o malfadado deficit em nome do qual se encerrou meio país e devastou as expectativas de quase todos, até esse, provavelmente ficará no final da legislatura em níveis muito próximos daquilo que estava antes.

O pior de tudo e que demonstra cabalmente a estatura moral das elites dirigentes é que são incapazes de reconhecer os seus fracassos, para os quais encontram facilmente culpados, mas não poupam encómios aos seus feitos, por mais anémicos e insignificantes que estes se revelem. Se, quando as coisas correm bem é graças à acção dos governos e a conjuntura não é chamada ao caso, seria bom que quando correm mal não culpassem a crise e assumissem as suas responsabilidades. Mas isso, provavelmente, seria pedir demais. Normalmente apenas os homens honestos o fazem.

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