A propósito do desporto que por cá se vai praticando, tive um pequeno texto preparado e que acabou por não ser publicado aqui no blogue para não ser associado a polémicas, que entretanto surgiram na blogosfera estremocense, envolvendo assuntos desportivos locais.
Tinha a minha pequena divagação a ver com o abandono da prática desportiva por parte dos jovens que concluem o ensino secundário, como se a entrada na faculdade ou no mercado de trabalho constituísse uma barreira ou algo absolutamente impeditivo dessa prática. No caso da natação, que acompanho mais de perto, apenas uma pequena percentagem de atletas e mesmo assim apenas nas cidades do litoral, tem mais de dezassete ou dezoito anos, o que constitui um factor determinante na competitividade das equipas, na integração de novos atletas e na continuidade do trabalho dos treinadores.
Decorreu recentemente em Badajoz um torneio de natação, no qual o CFE esteve presente, que envolveu mais uma dúzia de clubes de Elvas, da Estremadura espanhola e da Andaluzia. Em todas eles, excepto nos portugueses, havia muitos atletas dessas idades e mesmo, em algumas equipas, vários nadadores com mais de vinte anos. O facto é tanto mais significativo, embora valorize os resultados alcançados pelos nossos atletas, se atendermos que o Estremoz apresentou uma equipa feminina com uma média de idades inferior a catorze anos e pouco superior no sector masculino.
As realidades do outro da fronteira são, em quase todos os aspectos, muito diferentes das que vivemos por cá. No entanto parece-me que existe da nossa parte pouca apetência para fazer sacrifícios e essa será a principal causa para o nosso atraso. Também em matéria desportiva.
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