Os portugueses não têm a actividade política nem os seus intervenientes em grande conta. O pior é que os políticos não se cansam de lhes dar razão. Uns quantos, inquiridos um destes dias num programa televisivo, não souberam dizer onde ficam as prisões de Guantanamo e de Abu Graib, nem qual é a capital do Paquistão. Coisa que abona muito pouco a seu favor, revela uma fraca cultura geral e mostra que, provavelmente, em muitas outras matérias em que são chamados a intervir não farão a mais parva ideia do que estão a tratar.
Igualmente desconheciam o valor do salário mínimo nacional. Mas esse desconhecimento nem é de estranhar. Trata-se, para eles, de uma realidade longínqua, que só por acaso ocorre no mesmo país e que apenas lhes interessaria se, contrariamente ao que acontece, o vencimento da classe política estivesse indexado ao valor da remuneração mínima nacional.
Pois claro que não sabem onde ficam essas prisões. Elas são supostamente secretas (ou não?). Salário minimo? Claro que não sabem, e aqueles que o sabem, dirão que é o suficiente, pois terão de uma maneira ou de outra, gente a trabalhar para eles. E como são eles que pagam os salários... Mas nós e apenas nós, povo em geral, é que somos os culpados.
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