Ao que parece o novo código do trabalho, recentemente aprovado pelo melhor governo que alguma vez governou Portugal, prevê que parte da remuneração seja paga em espécie. Ora aí está uma coisa que realmente me faz espécie.
Que a um farmacêutico paguem parte do ordenado em comprimidos, a uma empregada de supermercado sejam fornecidos géneros alimentares como contrapartida do seu trabalho ou a um funcionário de um posto de abastecimento forneçam combustível em troco de uma parte do seu salário, ainda se compreende. Já as remunerações auferidas noutros sectores de actividade é que, por mais voltas que dê, não estou a ver como podem ser substituídas. Um coveiro, por exemplo. Quando muito pode ter funeral à borla, mas isso afigura-se mais com um PPR… E um nadador-salvador?! E um politico?! E a um taxista?! E um varredor?! Como se vê tudo questões inquietantes e simultaneamente perturbadoras.
Já se idêntica medida fosse aplicada às prestações sociais seria, isso sim, uma grande ideia. Substitua-se o abono de família por fraldas, livros e game-boys. O Rendimento Social de Inserção por arroz, leite ou feijão carrapato. Bom, neste último caso se calhar seria melhor substituir os géneros alimentares por plasmas ou balas para a metralhadora da família. Os destinatários ficariam seguramente mais satisfeitos.
Quanto a mim, se a medida um dia se me aplicar, estarei preparado para receber o que me queiram dar em troca de uma parcela do meu vencimento e, também, para pagar uma parte significativa dos meus impostos em espécie. Em merda de cão. Que é coisa que não falta nas redondezas.
ahahah
ResponderEliminartu tens fétiche com a merda de cão das redondezas, amigo ;)