Já o escrevi várias vezes e disse-o muitas mais. A “lei da rolha”, ou as condicionantes à liberdade de expressão que actualmente caracterizam a sociedade portuguesa, têm pouco a ver o poder político, qualquer que ele seja. Foi a própria sociedade que criou regras, aquilo que vulgarmente se designa como politicamente correcto, que marginalizam e transformam quase em criminosos quem ousa discordar de certos conceitos que foram ao longo do tempo sendo instituídos.
São muitas as localidades onde acontecem diariamente, cometidos por gente que se auto-exclui da vivência em sociedade, crimes de vária ordem, humilhações diversas e comportamentos dificilmente toleráveis se praticados por um português médio que, inclusivamente, estão a por em risco não só a segurança de pessoas e bens como a própria sobrevivência de algumas empresas. Porque os envolvidos pertencem a minorias, poucos são os que deles dão conta ou a eles se referem. A própria comunicação social só muito timidamente os notícia e, mesmo assim, tratando-os com um cuidado extremo para não ferir susceptibilidades e ser processada por alguma organização de gente esquisita. De tal forma assim é que muitas vezes se fica sem saber o que realmente aconteceu.
Se, em Portugal, existe lei da rolha a culpa é exclusivamente nossa. Calamos o que não devíamos calar e, muito mais por medo do que por imperativos de consciência social, permitimos que uns quantos parasitas nos tratem abaixo de cão. Ou de sapo, que nisto de animais também não deve haver discriminação.
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