Muitos municípios estão a optar por agravar a taxa de IMI – Imposto Municipal sobre Imóveis – para os prédios devolutos e/ou degradados dos centros urbanos. O que em teoria parece uma medida sensata, pois supostamente visará penalizar os proprietários que não colocam os prédios no mercado de arrendamento nem promovem a sua recuperação, pode não passar apenas de um descarado aumento da carga fiscal sobre o património. Provavelmente a melhor solução para muitos desses edifícios – os degradados, evidentemente - seria a sua demolição e a requalificação do espaço por eles ocupado.
Estremoz não é uma cidade, pelo menos por comparação com outras, onde esta questão seja demasiado preocupante. Embora existam situações pontuais, merecedores de alguma atenção, nomeadamente a Rua Magalhães de Lima. A demolição dos prédios em ruína junto ao largo do Espírito Santo e o aproveitamento do terreno entretanto liberto poderia constituir uma mais-valia para a zona, aproveitando o espaço para outro tipo de infra-estrutura. Até porque, face à acentuada diminuição de população, a construção de novas habitações não se afigura como prioritária.
Outro exemplo apontado com frequência é o da antiga casa da Câmara junto ao Arco de Santarém. Embora muitos idealizem a reconstrução do edifício, para ali instalar qualquer coisa relacionada com actividades culturais manhosas, daquelas que nos dias bons atraem o interesse de quatro gatos-pingados, a melhor solução passaria, também, pela sua demolição. Poupar-se-iam ao erário público alguns milhões de euros em estudos, pareceres, projectos, construção, manutenção e custos de funcionamento enquanto a cidade ganharia um amplo espaço, no centro histórico, onde podia, por exemplo, ser construído um jardim. Ou na falta de ideias melhores, um parque de estacionamento.
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