segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Excesso populacional ao nível da passarada

À semelhança do que acontece em muitas outras cidades, também Estremoz está infestada de pombos. Danificam monumentos, sujam edifícios, transmitem doenças e são, reconhecidamente, uma verdadeira praga urbana. Nada disso impede que muita gente, nomeadamente as dezenas de velhotes que passam os seus dias à volta do Rossio, os alimente e contribua com essa atitude inconsciente para a sua proliferação.
Não espero – não sou tão ingénuo quanto isso – que uma campanha de sensibilização junto das pessoas que dão comida aos pássaros produza algum efeito. Duvido até que haja quem a queira fazer. Isso só contribuiria para aborrecer as pessoinhas. Coisa que, obviamente, não queremos. Mas lá que convinha tomar uma medida qualquer parece-me por demais evidente. Assim, sei lá, tipo dar a pílula às pombas e distribuir preservativos aos pombos, ou isso.

domingo, 29 de dezembro de 2013

O defensor de reformados ricos que se está nas tintas para trabalhadores pobres

Cavaco pertence aquela espécie de criaturas desagradáveis que, segundo o próprio, nunca se enganam e raramente têm dúvidas. Alia a essa característica, já de si irritante, uma outra ainda pior. Aparenta ser um daqueles decisores, como muitos que abundam nos lugares de decisão, que está “ali” essencialmente preocupado com o “seu”. Apenas isso pode explicar a sua incessante e imensa preocupação com os cortes nas pensões e, simultaneamente, o desprezo com que olha para tesouradas muito maiores nos rendimentos e apoios sociais de quem trabalha.
Tal como se esperava o homem não teve dúvidas quanto à constitucionalidade do corte nos vencimentos na função pública. Nem, diga-se, esta medida tem merecido destaque significativo junto da comunicação social, analistas políticos, politólogos em geral, sindicatos ou até mesmo da oposição ao governo. Contrariamente, por exemplo, do que aconteceu com as TSU's. A dos pensionistas e a outra. Mas, bem vistas as coisas, o roubo agora é muito maior, já que a redução prevista no OE vai até aos doze por cento, enquanto antes se ficava pelos sete. Só que como é aos funcionários públicos não faz mal. Desta vez ninguém se importa que o dinheiro vá para as empresas, os bancos e para os municípios que alguns malucos trataram de arruinar. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

A couve (que podia ser) da crise



O futuro desta couve não deverá ser longo. O mais provável é nem chegar à panela. Dificilmente contribuirá para um caldo verde ou um cozido. Também ninguém a mandou nascer num dos lugares mais improváveis para o efeito. Mas, já que ali está, vai ter o mesmo tratamento das suas congéneres – as couves da crise - que crescem no sitio certo. É que no meu quintal todas as couves são iguais. Não há cá discriminações.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Consequências de um belo dia de inverno


Ao contrário do que aconteceu por outras paragens, por cá o temporal não causou estragos de maior. Uns ramos de árvores no chão e uma barraquita de venda de flores deitada abaixo eram os estragos mais visíveis ontem no centro da cidade.
Os telejornais exibiram por estes dias diversas reportagens dando conta das consequências do mau tempo que se fez sentir na quadra natalícia um pouco por toda a Europa. Numa delas, a dada altura, via-se um avião de pequeno porte que, alegadamente – digo eu, que isto nestas coisas convém não nos precipitarmos a atribuir culpas - teria sido virado pela forte ventania. Estava, proclamava o jornalista de serviço, de pernas para o ar. Ou, garantia-se noutro canal, de cabeça para baixo.
Esta retórica trouxe-me à memória o excerto de uma acta – documento público, portanto – de uma determinada reunião de certa Câmara, onde se escreveu, a propósito de uma situação que não vem ao caso, que as carrinhas do município em questão dormiam no respectivo parque de máquinas. Apesar de sobre esta tirada terem já passado, seguramente, perto de vinte anos ainda hoje está por esclarecer se entre elas existiria alguma que ressonasse, sofresse de insónias, sonambulismo ou qualquer outra perturbação do sono.  

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Uma crise muito peculiar


Um estrangeiro que chegue pela primeira vez a Portugal terá alguma dificuldade em acreditar que o país esteja a atravessar uma crise como aquela que a comunicação social internacional vai pintando. Centros comerciais à pinha, gente a comprar como se não houvesse amanhã e as últimas novidades em material informático e electrónico no topo das aquisições natalícias, farão qualquer um duvidar que os portugueses estejam a ser vítimas de algum tipo de austeridade. Se calhar o outro é que tinha razão. Parece que, se for necessário, o pagode ainda aguenta mais um aperto. Ou dois. Ai aguenta, aguenta.  

domingo, 22 de dezembro de 2013

O apoio social é que está a dar...


A maioria das autarquias está a aprovar por estes dias o orçamento municipal para 2014. Quase todas, salvo uma ou outra excepção, colocam um travão naquilo que tem sido o desvario orçamental dos últimos trinta anos e, muito por força da legislação que a troika tem obrigado a aprovar, vamos finalmente ver os autarcas a gastar de acordo com as receitas que conseguem amealhar. Este novo paradigma não significa, como é óbvio, que passem a gastar bem. Mas, valha-nos isso, vão passar a esbanjar menos.
Ao que se vai escrevendo acerca do assunto, na moda já não estão as grandes obras. Agora é mais apoio social a desempregados e velhinhos. O que até faz sentido. Nomeadamente depois de terem andado anos consecutivos a contribuir para a falência de empresas e de nunca se terem lembrado de fomentar a criação de lares de idosos. Se fosse bera, mas mesmo bera, diria que fizeram de propósito. Que criaram o mercado. Mas se calhar a culpa nem será deles. Afinal eles só fizeram o que nós queríamos que fizessem.

sábado, 21 de dezembro de 2013

Por mim desconfio disso do principio da confiança ou lá o que é...

Só os mais ingénuos - ou completamente desatentos a estas coisas da politica - podiam imaginar uma posição diferente do Tribunal Constitucional acerca da tal “convergência” das pensões. Da redução das ditas, no fundo. Isto porque estamos a viver uma paranóia colectiva, derivada de muitos reformados ocuparem lugares chave na sociedade, que impossibilita a chamada a um vastíssimo leque de reformados ricos – a começar pelo Aníbal - ao clube dos sacrificados em nome da crise. É inconstitucional, diz. Trai, garantem, o principio da confiança. Seja lá isso o que for.
Dentro dos limites da Constituição estão, ao invés, os sacrifícios a que são sujeitos os trabalhadores pobres. O fim do abono de família resultou, por exemplo, uma perda superior a sessenta euros mensais em ordenados quinze vezes mais pequenos do que a reforma do Presidente da República. Ou três vezes inferiores à pensão da esmagadora maioria dos professores aposentados. Mas disso ninguém questionou a constitucionalidade. Já devíamos desconfiar que isso de educar os filhos é muito menos importante que os cruzeiros...
Curioso será saber o que dirão os homens de negro quanto à redução salarial que se prevê para o próximo ano. Desconfio que vai passar sem grandes sobressaltos. Afinal o dinheiro tem de aparecer de algum lado. É nisso que a malta confia. Tal como eu confiava em muita coisa quando, já lá vão trinta e três anos, assinei um termo de posse ao qual o principio da confiança se não tem aplicado. Deve ser para garantir as pensões daqueles que, na mesma altura e apenas ligeiramente mais velhos, estavam a assinar idêntico papel na tropa, na GNR, no Ministério da Educação ou noutro sitio igualmente lixado onde o pessoal se reforma aos cinquenta e poucos. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Gente fina é outra merda



Pouco haverá a dissertar perante um cenário que se repete com inusitada frequência em todas as zonas verdes. Isto de ter um cão no apartamento é coisa fina, o bicho tem de cagar e os donos, na sua imensa maioria, são uns verdadeiros javardos. Daí que não surpreenda a imundície em que os nossos relvados – e, de uma maneira geral, todos os espaços públicos - se transformaram. Mas também não faz grande diferença. É que se originalmente terão sido pensados para ser desfrutados, principalmente, por crianças e jovens estão hoje entregues aos animais e a quem os passeia. Ou brinca. Que isto, a par dos tablets, os cães são os brinquedos preferidos da malta.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Estacionamento tuga



Mais um. Apenas isso. Mas, ainda assim, a maneira desleixada como esta malta abandona a viatura faz-me questionar se - por acaso e só por um remoto e improvável acaso - nenhuma destas criaturas terá equacionado a hipótese de, com este comportamento, estar a prejudicar os outros. Nomeadamente os que chegam depois e não encontram lugar, um que seja, para estacionar. Ou então, o mais provável, não se importam nada com isso e preocupam-se apenas com o seu umbigo. Ao melhor espírito tuga, portanto. 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Preto no branco.



A bem dizer não simpatizo com isso de andar a escrever nas paredes. Acho parvo. Neste caso ainda mais parvo. Se atentarmos no muro podemos constatar o seu evidente mau estado. Mas, olhando mais em pormenor, pode ver-se que alguém – o dono, a Câmara, a Junta de Freguesia ou seja quem for – o começou a pintar. Pintou só um bocadinho, é verdade, mas que iniciou o processo de pintura é inegável. E não é que foi exactamente no reduzido espaço em que a pintura apresentava alguma dignidade – e não noutro qualquer ponto – que o contestatário ao governo teve de escarrapachar a sua mensagem?! Se fosse um bocadinho mais ao lado faria, de certeza absoluta, toda a diferença... Assim, como foi ali, precisamente ali, é que o governo vai mesmo para a rua!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Olha que obra tão catita!


Desconheço se esta passadeira, de notória utilidade, terá sido “avivada” antes das últimas eleições. Se não foi, podia ter sido. E está bonita, sim senhor. Assim como a restante obra também está bastante jeitosa...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Quecas, almoços e IMI

Municípios falidos, completamente inviáveis e afogados em dividas, são coisa que não falta cá pelo rectângulo. Nada disso intimida os briosos autarcas que os governam. Vejam-se as almoçaradas de Natal que, nestes dias por todo o lado, são oferecidas aos eleitores mais idosos e que, no seu conjunto, seguramente nos custarão a todos uns quantos milhões de euros. Isto depois de, durante todo o ano, os terem andado a passear pelo país. E, não raras vezes, pelo estrangeiro. Para além, claro, das clássicas idas ao “Preço Certo”.
Pode – e presumo que haja – quem considere que isso dirá apenas respeito aos munícipes dos concelhos rebentados financeiramente pelas gestões popularuchas que por lá têm passado. Nada mais errado. O descalabro instalado nas contas dessas autarquias vai ser pago por todos. Até por nós. Mesmo pelos que nunca foram a Fátima num autocarro da Câmara nem cumprimentaram o Fernando Mendes.
Está na forja legislação que, no limite, permitirá transferir parte do IMI, a resultante da reavaliação que as nossas casas tiveram no ano passado, para as Câmaras endividadas por autarcas tresloucados. Que é como quem diz: Quem pagava, por exemplo, noventa euros e paga agora duzentos, contribuirá com cento e dez euros para o bolo que ajudará a salvar as Câmaras falidas. Se, reitero, a redacção original for aprovada. É que isto não há almoços grátis. Nem quecas oficiais à borla. Num e noutro caso uns comem e todos pagam.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Que é feito da tradicional chapada?!

Perigos vários apoquentarão, de certeza, os habitantes de Cabeceiras de Basto. Deve ser por isso que a autarquia lá do sitio decidiu promover um curso de defesa pessoal. Artes marciais ao estilo israelita. Krav Maga, ou lá o que é. Tudo grátis. Como é próprio de qualquer autarca que se preze, sempre pronto a colocar gratuitamente à disposição dos seus munícipes aquilo que não lhe pertence.
Desconheço os argumentos que terão servido de justificação para a realização desta despesa pública. Sim, porque o que se anuncia como gratuito para uns, acaba por custar dinheiro a todos. A ideia será, provavelmente, dotar a população de conhecimentos no âmbito da pancadaria que permita desmotivar eventuais ataques de meliantes. Ensinar aos velhinhos como reagir perante os patifes que lhes queiram roubar as reformas, por exemplo. Ou, talvez, promover junto das vitimas de violência doméstica uma actividade que lhes proporcionará uma forte capacidade de se defenderem dos seus agressores. Tudo boas causas, portanto. E para as quais as autarquias estão particularmente vocacionadas. 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Tragam a calculadora!

Se fosse munícipe do Porto a noticia do regresso de Pedro Burmester à Casa da Música - o mamarracho onde, recorde-se, foram esturrados mais de cento e onze milhões de euros - deixava-me preocupado. Assim, enquanto contribuinte, os motivos que estão subjacentes ao seu regresso deixam-me só ligeiramente apreensivo.
Diz que o homem prometeu – e, pelos vistos terá cumprido - não actuar na cidade do Porto, sua terra-natal, enquanto Rui Rio fosse presidente da câmara. Isto como forma de protesto contra a politica do ex-autarca em relação à cultura. Contra a maneira rigorosa como o anterior edil geria o dinheiro dos contribuintes, portanto. Agora, parece, tudo mudou e o pianista volta, feliz e contente, a dar largas ao seu talento na cidade onde nasceu.
Acreditar que o pessoal das artes, da cultura ou a intelectualidade de esquerda em geral, venha a perceber um dia o conceito de rigor na gestão do dinheiro público ou entenda que entre pão e circo a escolha terá de ser, inequivocamente, pelo primeiro, é ter as expectativas demasiado elevadas em relação aquela malta. Por isso, os poucos que se preocupam em gerir de forma rigorosa o dinheiro dos contribuintes são enxovalhados. Pior do que isso. Quase ninguém tem coragem de fazer frente a essa tropa fandanga. É o politicamente correcto. Essa nova ditadura que se instalou entre nós.   

domingo, 8 de dezembro de 2013

Brincar com a água

A noticia hoje, divulgada pelo Diário de Noticias, segundo a qual o preço da água poderá em breve aumentar de forma significativa não constitui surpresa. O actual modelo é desadequado e, principalmente, injusto. Desadequado porque, salvo raras excepções, os custos reais do sistema são desconhecidos. Pior do que isso. São, muitas vezes, liminarmente ignorados. É, também, injusto dado que o preço varia de um concelho para outro ao sabor de politicas populistas, eleitoralistas, demagógicas e, principalmente, incompetentes.
Já dizia a minha avó, na sua imensa sabedoria, que a água não se nega a ninguém. Nem, acrescento eu, devia ser um negócio. Mas agora, chegados a este ponto, parece quase inevitável que o seja. E a culpa é nossa que nos pusemos a jeito. Quando cada metro cúbico nos custar dois ou três euros, vamos rabujar e chamar nomes a uns certos malandros. Pena que ninguém tivesse pensado nisso quando andámos a brincar com a água.

PS- Quando escrevo nós é isso mesmo que quero escrever. Quem é que sucessivamente elegeu os políticos muita porreiros que negociam o precioso liquido como se fosse uma qualquer mercadoria, o vendem ao desbarato ou, em muitas circunstâncias, até o dão?!

sábado, 7 de dezembro de 2013

As agressões verbais também contam?!

A lei recentemente aprovada pelo parlamento que criminaliza os maus tratos a animais domésticos tem merecido – justamente, talvez – uma quase unanimidade de comentários favoráveis. Acredito, no entanto, que será mais uma, entre tantas outras, a não ter aplicação prática. Será até, como acontece amiúde, o próprio Estado que não a vai cumprir quando licenciar canideos que não dispõem de condições de acomodação adequada. Como os que vivem fechados em apartamentos, por exemplo. Que isto não é só o tão criticado “bidon”, a servir de casota, que é inapropriado para os canitos.
O teor da legislação definirá, presumo, o tipo de animal que se pode considerar como doméstico. É que se todos os animais são iguais, neste caso, convém que alguns sejam mais iguais que outros. Uma cobra, um jacaré ou uma aranha venenosa dificilmente podem ser enquadradas nessa categoria. Mais. De ora em diante que os tiver em casa está a incorrer num crime. Manter qualquer um destes animais prisioneiros é dos piores maus-tratos quem se lhe pode infligir. E não falta quem o faça. Impunemente.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Podemos sempre aumentar o IMI...


Na sequência da divulgação a nível nacional destes dados, um jornal local – na edição em papel e na versão online – fez uma breve análise ao número de trabalhadores que algumas autarquias da região empregam tendo em conta a população residente. Não vou comentar os números. Não me apetece. Nem, sequer, são eles que importam para o caso. Perante este artigo o que verdadeiramente me surpreende é a frase entre parêntesis. Aquela que tem uma espécie de sublinhado a vermelho. Há ali qualquer coisa que me escapa. Nomeadamente quando, ao que consta, o dinheiro escasseia. E de, também, ser quase unânime que ao Estado não compete o papel de criador de emprego mas sim o de potenciar a sua criação pelas empresas. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A difícil arte de comer filhoses meladas

Não sou grande apreciador de filhoses. Nem nunca fui. Muito menos agora que começo a ter preocupações com isso do colesterol. E depois há aquela parte de ficar com os dedos besuntados. Sim, porque aquilo não é coisa que se coma de faca e garfo. Como mostra o vídeo. Realizado por mim, diga-se, na última Cozinha dos Ganhões.


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Estes macacos ainda não aprenderam...


No principio, quando a reciclagem era uma novidade, os publicitários inventaram um macaco – o Gervásio, ou lá como se chamava o bicho – mas nos incentivar a reciclar. A tarefa era tão fácil, garantiam, que até o símio a aprendeu a executar em menos de nada. Passados todos estes anos – e são muitos – ainda há uns estafermos que desconhecem o conceito. Ou então – hipótese a não descurar – estão num estádio de desenvolvimento mais atrasado que o Gervásio.
Presumo que a generalidade das pessoas não sabem – o que não surpreende, porque ninguém lhes explica – que o facto de não reciclarem os resíduos que produzem nos custa dinheiro. Muito e a todos. Mas isso parece importar pouco. Afinal nós semos ricos,  samos?!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Mas os cortes são só nas pensões? É que até parece que são apenas os pensionistas as vitimas destes malucos

Deve ser, assumo, problema meu. Mas, de verdade, não estou a ver razão para a histeria colectiva que tem assaltado a comunicação social a propósito da intenção do governo de reduzir as pensões de aposentação. Tudo o resto parece que não interessa. O desemprego, a diminuição de apoios sociais, a falta de perspectiva de futuro para os jovens ou, até porque o barco é o mesmo, os cortes nos vencimentos dos funcionários públicos, não motivam idêntico nível de preocupação nem constituem tema que mereça, da parte dos média, o mesmo tratamento.
Tal ficará a dever-se, não vislumbro outro motivo, ao facto de Portugal ser um país de reformados. São muitos, logo qualquer assunto que os envolva garante audiência. Destes, não são poucos os que ocupam lugares de destaque na governação do país – logo a começar pelo Aníbal, que nunca escondeu as suas preocupações com a sua reforma – e ainda serão mais os que se dedicam a fazer opinião em tudo o que é jornal, rádio e televisão. Nomeadamente a opinar em defesa da sua dama. A sua rica reforma. Que, ao contrário da maioria dos aposentados e dos que trabalham, é mesmo rica.
Não está, obviamente, em causa a reprovação que merece esta medida do governo. Tenho as pontas dos dedos gastas de tanto me indignar contra ela e outras do mesmo genero. O que me repugna é a maneira como a coisa é apresentada. A parcialidade escandalosa com que o assunto é tratado. O descaramento com que me querem fazer acreditar nas dificuldades por que estarão a passar. Que diabo. Eu também tenho cortes no vencimento – o que me deixa visivelmente aborrecido – e ganho várias vezes menos do que aquela malta que me enche o ecrã da televisão de lamentações. Façam menos cruzeiros e vão ver que nem notam a austeridade!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Sim, estou de acordo. E simultaneamente de opinião contrária.

Numa coisa concordo com todos aqueles – e têm sido muitos – que manifestaram a opinião, seja qual for o meio utilizado, que o aumento do salário mínimo constituiria um crime contra os mais pobres porque, garantem, isso contribuiria para aumentar o desemprego e dificultaria, ainda mais, o acesso ao mercado de trabalho aos jovens e aos menos qualificados. Contrariado mas não vejo, nas actuais circunstâncias, como não concordar.
Há mesmo quem defenda, não só de agora mas desde tempos imemoriais, que nem sequer devia existir um mínimo estabelecido por lei para a remuneração do trabalho. Por acaso também acho. São, afinal, dois os itens em que estou de acordo com essa corrente de pensamento. É que, vendo bem, se o mundo fosse tão perfeito como estes opinadores defendem, o desemprego seria praticamente erradicado. Arrisco, até, que o problema passaria a ser a falta de mão de obra.
Nunca tinha equacionado a coisa desta forma mas, visto o tema por este prisma, é, de facto, verdade. Contorço-me de raiva por nunca ter pensado nisso antes, enquanto me vergo perante tanta sapiência. Mais, torno-me desde já um defensor dos salários baixos. Baixíssimos, mesmo. Miseráveis, até. E garanto que, caso esta idílica perspectiva se concretize e os ordenados passarem a ser, sei lá, tipo 50 euros por mês, crio de imediato meia dúzia - ou mais - de postos de trabalho lá na herdade. Se houver quem não se importe de ser escravo, claro.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Um autarca em primeiro-ministro?! A esquerda não tem mesmo amor à carteira...

António Costa, o autarca da capital, parece ser o preferido das esquerdas para chefiar o governo a sair de umas próximas – ou apenas relativamente próximas – eleições legislativas. Ao homem são apontadas umas quantas virtudes que, dizem, têm andado afastadas dos antigos e, também, do actual líder do partido socialista. Para além, garantem, de seguramente ser muito mais capaz de governar o país do que o Parvus Coelho.
O meu habitual cepticismo em relação aos políticos - e em particular aos autarcas – não me permite concordar com o quase consenso em redor do senhor Costa. Por muitas razões. A primeira, porque tenho uma vaga ideia de este destacado militante socialista ter sido o número dois do governo socrático. O tal que rebentou com as nossas finanças e que cavou um buraco de dimensões apocalípticas nas contas do país. Como não se afigura provável que o actual edil tenha aprendido grande coisa desde então, está-se mesmo a ver o rumo que isto levará com ele ao leme...
Depois, porque as suas prioridades, mesmo em momento de crise, são de continuar a gastar os recursos que não têm em futilidades, principalmente em tempo de crise, em lugar de pagar as dividas. Ainda ontem o cavalheiro, na inauguração da iluminação de natal da capital, manifestou opiniões curiosas quanto à maneira de gerir o dinheiro dos contribuintes. Para ele poupar, em anos anteriores, nas iluminações de natal foi um erro que não voltará a repetir. Pois. Gaste, gaste. Que no gastar é que está o ganho. Eleitoral, apenas.  

sábado, 30 de novembro de 2013

Os saqueadores são uma espécie que me aborrece


Portugal está – desde há muitos anos – a saque. E, por mais que a ministra da justiça proclame que a impunidade acabou, aquilo que continuamos a constatar é que vivemos num país de saqueadores. Verdade que uns sacam mais que outros. Há quem saque milhões e quem saque tostões. Cada um saca o que pode, portanto. Desde o gajo que, alegadamente, se afiambrou a toneladas de euros do BPN até ao espertalhão que, não menos alegadamente, se vai escapulindo ao pagamento da renda, da água ou da luz que consome. Num e noutro caso cá estão os dos costume para pagar. Mas estes sem essa coisa do alegadamente. Até um dia que se aborreçam de tanto ser sacados. Nessa altura, ao contrário do que gostariam uns quantos velhotes, nem vai ser preciso andar à porrada. Quando o dia do aborrecimento chegar isto cai de vez. Nas calmas. Mas, se calhar, com estrondo.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Em busca da pesquisa perdida


Por algum motivo que me escapa, as pesquisas efectuadas no Google já não aparecem nos contadores de visitas. Deve ter algo a ver com a melhoria do serviço ou assim. Perde-se, por causa disso, informação relevante da qual os administradores de bloggers e outros sites extraíam importantes conclusões quanto à melhor forma de manter e cativar a audiência.
Os restantes motores de busca, por enquanto, não adoptaram esta politica. No entanto, dado o número residual de utilizadores que a eles recorrem, não é a mesma coisa. De certeza que entre as pesquisas a que agora já não tenho acesso estarão expressões mais interessantes e curiosas do que a “grande puta tuga” - da qual, espero, o autor tenha encontrado o rasto – ou do leitor gago que pesquisou “n n nuas”.
Depois de me terem saneado do adsense, agora isto. Palhaços. Acho que vou mudar de motor de busca. Não é que eles se importem. Mas eu também não. 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

De hipocondríacos a amantes das novas tecnologias.


Não vai longe o tempo em que clínicas e outros espaços onde se realizam exames complementares de diagnósticos ou, até mesmo, centros de saúde estavam cheios de gente. Velhos e novos, doentes ou a vender saúde, não havia cão nem gato que não fizesse toda a espécie de exames médicos.
Hoje estes locais estão praticamente vazios. Inclusivamente os serviços de urgência estão, a maior parte do tempo, quase às moscas. Deve ser, presumo, mais uma nefasta consequência da crise. Ou, então, trata-se de uma espécie de milagre em que a nossa saúde melhorou ao mesmo ritmo que a carteira se foi esvaziando.
O que, estranhamente, continua cheio são os centros comerciais. O que pode questionar isso da carteira estar mais vazia. No último fim-de-semana os tablets, telemóveis daqueles todos catitas e LCD's de dimensões XXL saiam a uma velocidade estonteante da Worten cá sitio. Tudo coisas sem as quais, obviamente, já não podemos viver. Por mais que a crise nos afecte. A crise ou as nossas prioridades.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Não há almoços grátis. Nem reparações à borla.


Sucedem-se noticias de autarquias que disponibilizam serviços de pequenas reparações ao domicilio. Tudo o que diz respeito a carpintaria, electricidade ou canalizações pode ser consertado por pessoal habilitado, para o efeito disponibilizado pela respectiva autarquia local. De forma gratuita e discriminatória. Bom, talvez não seja bem assim. Nomeadamente na parte do gratuito. Porque a menos que o presidente da câmara pague do bolso dele alguém está a pagar. E desconfio que são os discriminados a quem isso da gratuitidade não se aplica. Inconstitucionalidadezinha da boa, parece-me.
Não sei se a dificuldade cada vez maior em encontrar um carpinteiro, canalizador ou electricista para fazer uma pequena reparação estará, ainda que vagamente, relacionada com tão inteligente medida de apoio social. Talvez não esteja. O pessoal é que está cada vez mais preguiçoso e não se quer dedicar a actividades que envolvam esforço físico. Deve ser isso.

domingo, 24 de novembro de 2013

Ainda isso das quarenta horas


Estremoz será, alegadamente, a única câmara do distrito e uma das poucas no país a aplicar a lei que estabelece o horário de trabalho da função pública em quarenta horas semanais. Nada de mais. Lei é lei e, tanto quanto se sabe, é para cumprir. Daí que tal atitude não constitua, na minha modesta opinião, motivo para elogios ou reparos. É assim e pronto.
O mesmo não digo de certas vozes que, cá pelo burgo e também no resto do país, não contêm o seu regozijo de cada vez que os funcionários públicos vêem piorar a sua situação profissional e financeira. Deviam, digo eu, ter percebido – até porque muitos já o sentem na pele – que qualquer patifaria feita pelo governo à função pública se reflecte, inevitavelmente, no resto da comunidade. Mais ainda numa terra pequena onde a dependência do Estado é esmagadora.
Se a perda de rendimentos conduziu à quebra do consumo e consequente diminuição das vendas, o aumento do numero de horas de trabalho está a piorar ainda mais o cenário. É, pelo menos, do que se queixam alguns comerciantes da cidade. Coisa que devia preocupar – no lugar deles preocupava-me – os que olham com satisfação as atitudes persecutórias do governo. Até porque elas podem significar mais encerramentos de lojas, despedimentos e o resto a que já vamos estando habituados. Mas se o povo gosta...
Perante esta evidência reconheço que me equivoquei quando,  aqui há atrasado, me pronunciei contra a extinção de uns quantos feriados. Afinal o governo tinha mesmo razão. Mais dias de trabalho corresponderão, necessariamente, a um aumento do produto interno bruto. Assim como, inversamente, na sequência da mesma lógica, menos horas de descanso – ou sem trabalhar – diminuirão o consumo. O pequeno comércio local atesta a eficácia da teoria.

sábado, 23 de novembro de 2013

As varandas da crise


Por causa da crise ou de outra coisa qualquer é cada vez mais frequente encontrar alfaces, couves ou outros vegetais comestíveis em locais onde antes apenas existiam ervas ou flores. É o caso desta varanda no centro da cidade. Com a vantagem, relativamente ao meu quintal, da plantação estar a salvo de lesmas e outra fauna como a que arruína a minha “horta”.
É por causa dessa bicheza que, também eu, aderi à “agricultura de vaso e garrafão”. Primeiro foram os morangos e, agora, um criadouro de alfaces. Que, a seu tempo, serão também plantadas no vasilhame estrategicamente espalhado pelo quintal. A salvo, espero, de toda a espécie de rastejantes, criaturas aladas e gatos incontinentes.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O cliente tem sempre razão...excepto nisso da cultura!


Sou um inculto. Revelação que, diga-se, não constitui novidade para ninguém. Muito menos para mim. Mas, fiquei a saber desde esta semana, não sou o único por estas paragens. A julgar por aquilo que tenho lido na Internet os habitantes de Estremoz, todos sem excepção, padecem de uma profunda falta de cultura. Isto porque, pasme-se, nem um só residente desta terra foi assistir a um espectáculo espectacularmente espectacular que estava agendado para o fim-de-semana passado.
Sim, é verdade. Nem um estremocense se dignou a fazer companhia ao único actor que ia subir ao palco do teatro cá do sítio. E isso, compreensivelmente, indignou o pessoal envolvido na peça – que se propôs vir apresenta-la por sua conta e risco – e, incompreensivelmente, uns quantos fulanos que, nas redes sociais, desataram a encontrar culpados pela total ausência de público. Tudo tem servido para justificar o fracasso. Nomeadamente a ofensa reles a funcionários do Município, a atribuição da culpa pela situação ao presidente da câmara e um argumentário de nível abaixo de idiota quanto à pretensa falta de divulgação do evento. Nada que surpreenda muito. Porque, como se sabe, para o pessoal da cultura – esses seres iluminados e de inteligência superior – a culpa é sempre dos outros e nunca deles.
Em momento algum aquela malta equaciona a hipótese de o espectáculo não ser assim tão bom ou admita que nesta terra não exista público para aquele tipo de trabalho. Nem - pelo menos isso - reconheça que temos o direito de, enquanto consumidores seja de cultura ou de outra coisa qualquer, comprar apenas o que nos apetece. Por melhor que seja o produto que nos estão a tentar vender. O que, se calhar, nem era o caso.


quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Ainda o horário de trabalho da função pública


De entre as coisas que me aborrecem a xico-espertice é uma das que ocupa os lugares cimeiros da lista. O xico-esperto é um daqueles seres – em abundância neste país - que não me merece nenhum tipo de respeito e que desprezo profundamente.
O que se está a passar relativamente à questão do horário de trabalho da função pública é, apenas, mais um exemplo do xico-espertismo nacional. O que penso acerca do assunto está mais que explanado em vários posts que dediquei ao tema e, por isso, não faço hoje considerações sobre a bondade, ou falta dela, da decisão de pôr a função pública a trabalhar oito horas.
Aquilo que deixa os meus poucos cabelos em pé é atitude deplorável dos sindicatos e de outros agentes políticos perante a matéria. Primeiro, porque não estou a ver a razão objectiva – subjectivas até vejo muitas – para recursos e providências cautelares. A lei é clara, não deixa margens a interpretações manhosas e não constitui qualquer tipo de discriminação entre trabalhadores do privado e do público. O governo legislou – foi, de resto, para isso que os portugueses o elegeram – e não devem ser outras instâncias, por mais legítimas que sejam, a decidir sobre assuntos da esfera politica. Até porque não me lembro – mas admito que a minha memória me esteja a atraiçoar – de ter ido votar para a eleição de qualquer tribunal. Constitucional ou não.
Depois, porque a luta política em redor do assunto é apenas baseada no oportunismo e protagonizada essencialmente por xicos-espertos. Veja-se o recente caso da greve protagonizada pelos trabalhadores dos transportes colectivos do Barreiro contra a aplicação das oito horas de trabalho por parte daquela autarquia. Liderada, recorde-se, pelo partido comunista. Neste caso, a luta contra a imposição do novo horário não terá merecido grande simpatia, muito menos solidariedade, dos sindicatos e pessoal afecto ao poder camarário. Está-se mesmo a ver que a cor política da autarquia não tem nada a ver com isso… os gajos dos autocarros é que devem ser uns beras do caraças de quem ninguém gosta.

Continua. (Amanhã ou noutro dia qualquer…)

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Mais estacionamento tuga!


Se isto da blogosfera ainda desse dinheiro como dava antigamente, o “estacionamento tuga” era coisa para, só por si, constituir motivo mais do suficiente para criar um blogue dedicado ao tema. Assunto para o alimentar não faltava.
Ao tuga de hoje pareceu bem estacionar assim. De esguelha. A ocupar todo o passeio. Que, ao que sabe, ainda é o espaço reservado para circulação de peões. Pessoas a pé, portanto. A menos que, numa interpretação mais moderna da legislação que regulamenta esta matéria, se defenda que o código da estrada não se aplica aos passeios e, sendo assim, nele o automobilista pode fazer o que muito bem lhe apetecer.

domingo, 17 de novembro de 2013

As laranjas da crise


Fruta. Muita fruta. Coisa suficiente para, se no quintal adequado, ganhar dois ou três campeonatos. Como é no meu não vai além de uns quantos sumos. 

sábado, 16 de novembro de 2013

Estacionamento tuga



No que ao acto de estacionar diz respeito, o tuga é um verdadeiro mestre. Estaciona com mestria inigualável a carripana nos locais mais improváveis e mesmo que isso prejudique os outros, ao tuga pouco importa. Eles que façam o mesmo. Desenrasquem-se.  

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

E que tal cortá-los a eles?


O discurso oficial começa a ser perigoso. Diria, até, a dar sinais preocupantes de discriminação relativamente aos funcionários públicos que já vai muito para além da demagogia oficial e do ódio latente que grassa em muitos sectores da sociedade. Dizia ainda agora um deputado da maioria, a propósito do orçamento de Estado para 2014, que a “opção do governo foi cortar no Estado em vez de cortar nas empresas e nas pessoas”. Assim. Sem tirar nem pôr. O que significa, face aos cortes previstos no diploma em discussão, que aos funcionários públicos e aposentados, segundo o ponto de vista de PSD e CDS, não é atribuída a condição de pessoas.
É este tipo de gente – nem sei se lhe atribua este estatuto - que nos governa. Uns porcos. Que não respeitam o povo que governam. Só me apetece mandá-los levar no cú. Mas é melhor não. Às tantas ainda gostam. 

Boas noticias para alguns eleitores...para outros nem por isso.


Pelas notícias que têm sido divulgadas nos últimos dias verifica-se que são muitos os municípios a reduzir as taxas e preços por si praticados. Nomeadamente, por ser a que mais pesa nos bolsos dos contribuintes, os valores que até agora vinham cobrando pelo IMI. É, sem dúvida, uma excelente medida para os contribuintes residentes nos concelhos que estão a optar por estas reduções. Pode também significar que os autarcas estarão, finalmente, a ganhar juízo e a perceber que isso do rigor nas contas públicas toca a todos. É que a diminuição de receitas que está associada a estas deliberações, acrescida aos cortes nas transferências do Estado e à diminuição natural de outras receitas provocada pelo ajustamento no comportamento de empresas e cidadãos, vai provocar um rombo colossal nos orçamentos municipais. Para o qual, espera-se, todos terão de estar preparados. Porque isto, não sei se toda a gente sabe, a menos receita terá forçosamente de corresponder menos despesa. E isso, se desejável e indispensável, é capaz de não estar a ser assimilado pelos eleitores. Nem, se calhar, pelos eleitos que assim decidem. Para além de, quando o exercício de 2014 estiver a decorrer, a coisa ser susceptível de provocar reacções com um nível de entusiasmo significativamente mais comedido…

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Retoma ao raiar do dia


Teremos, alegadamente, saído da recessão. Uma boa noticia, concordemos. Em boa parte, ao que parece, também devido à melhoria verificada na procura interna. Perante isto o que faz o governo? Prepara-se para voltar a diminuir salários, obviamente. Como faria qualquer parvo. Que essa coisa da recessão não é para ser abandonada assim sem mais nem menos. Até porque ninguém manda a malta ser alarve e andar por aí às compras.
Por falar em compras, procura interna e trapalhadas correlativas. O LIDL abriu hoje em Estremoz a sua nova loja. Para além dos visitantes já esperados, provavelmente atraídos pela oferta do pequeno-almoço ou das castanhas, os clientes terão sido mais que muitos. O primeiro, parece, terá chegado quase de madrugada. Para, logo que a loja fosse inaugurada, ter a honra de ser o primeiro a fazer compras na nova superfície comercial. Um consumidor motivado a contribuir para a retoma e a quem os cortes na pensão não tiraram a vontade de adquirir coisas, pelos vistos.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Desiludidos?! Ninguém os manda ser parvos.


As primaveras árabes, tão queridas da esquerda e da intelectualidade lusitana que não se cansou de as comparar ao nosso 25 de Abril, contribuíram para degradar ainda mais os direitos das mulheres. Na altura não partilhei do entusiasmo generalizado que corria pela blogosfera. Não era difícil prever que seria mais ou menos isso que acabaria por suceder. Por mais que custe a aceitar a internautas ingénuos ou catraios que mal largaram os cueiros armados em comentadores de meia-tigela. Podiam, digo eu que nem gosto de dar conselhos, era ser um bocadinho menos parvos e admitir que outros possam ter uma visão diferente acerca do mesmo acontecimento. Menos académica, mas mais fundamentada na experiência de vida. E próxima da realidade, no caso.

Prioridades leva-as o fumo


Claro que nisto dos bairros sociais, como se calhar em todos os outros lugares, há gente de todas as condições. Ricos, remediados e pobres. Desde aqueles que, provavelmente num gesto ímpar de altruísmo, pagam onze mil euros de quotas em atraso aos seus camaradas de partido, até aos que não têm dinheiro para, sequer, pagar coisas básicas como o fornecimento de energia e água. Ainda que, mesmo estes últimos e em muitas circunstâncias, tudo se resuma a uma questão de prioridades. Como muito bem dizia uma senhora já velhota, igualmente residente num bairro portuense que tem sido noticia ultimamente por razões relacionadas com calotes a empresas prestadoras de serviços. O que se confirma pelas declarações do vizinho que, garante, não paga a luz nem a água desde tempos imemoriais. Não tem dinheiro para isso, lamenta-se. Enquanto acende um cigarro e manda umas baforadas.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Só posso ter ouvido mal. A "responsabilidade pelas instalações é do sindicato" ?! Mas o que é que andam a fumar em Évora?!





Diz que, por causa da greve da função pública, algumas autarquias do Alentejo estiveram de portas fechadas na última sexta-feira. Num dos casos onde isso ocorreu ficámos a saber, através de reportagem exibida pela SIC, que a iniciativa do encerramento das portas terá partido do sindicato. Por, dizia uma sindicalista, o sindicato ter entendido que não estavam reunidas condições de segurança para o edifício estar aberto. Embora, salientou, tivesse sido autorizada a entrada aos trabalhadores que não aderiram à paralisação. Era, digo eu, também o que mais faltava. Ainda que, encerrar lá dentro quem decidiu exercer o direito a ir trabalhar, constitua uma evidente forma de pressão sobre os que optaram por não fazer greve.
Não sei se é só a mim, mas, assim de repente, parece-me que o facto de uma estrutura sindical a determinar o fecho de um edifício público não será uma coisa muito legal. Mais espantoso é o chamado poder local democrático lá do sitio pactuar com actividades deste género. Por mais simpatias partidárias que existam entre uns e outros. É verdade que isto só acontece em municípios liderados pelo partido comunista. Onde, como todos sabemos, existe democracia e essa coisa das perseguições e da falta de liberdade ficam à porta.  

domingo, 10 de novembro de 2013

A sério?


O Aeroporto de Beja assume-se como um importante motor para o desenvolvimento económico e social da Região do Alentejo, contribuindo, de forma inequívoca, para o combate ao isolamento e à exclusão, constituindo um instrumento de grande eficácia na promoção de maior coesão social e territorial, tal como se assume, também, como uma infra-estrutura aeroportuária de relevância nacional.
Não. Não encontrei esta pérola em nenhum site de anedotas. Nem mesmo desses com anedotas parvas e sem graça sobre alentejanos. Mas podia. Esta prosa brilhante e inspirada está publicada num site institucional.Podiam ter esturrado o nosso dinheiro à vontade mas não precisavam de nos chamar parvos. Não havia necessidade. Podiam era ser sérios.Só um bocadinho, pelo menos.


Não podiam ter um animal doméstico que não aborreça? Uma tartaruga, por exemplo. Um hamster, talvez.



Hoje foi dia de semear as ervilhas da crise. O que envolveu aquela tarefa chata e desagradável de cavar a terra onde os ditos legumes iam ser semeados. Cavar – já devo por aqui ter escrito isto – é de todas as coisas que já fiz a que mais me aborrece. E, atrevo-me mesmo a dizer, também das que ainda não fiz.
O cenário piorou perante a quantidade de merda de gato com que me deparei durante a preparação do terreno. Desconfio que todos os felinos do bairro vêm cagar ao meu quintal. Era cada cavadela cada bosta. Ou quase. Eram muitas, pronto. E, chamem-me o que quiserem, foram todas direitinhas para o meio da rua. Literalmente. Porque se eu não tenho gatos, nem vou cagar ao quintal dos outros, por que raio hei-de apanhar a merda que não é minha? Assim pode ser que algum dos donos a pise. Ou, pelo menos, se sinta incomodado com a javardice que ficou à vista de todos.
Já agora, alguém conhece uma maneira eficaz de manter os bichanos afastados? Soluções demasiados drásticas serão liminarmente ignoradas, obviamente. 

sábado, 9 de novembro de 2013

Não me apetece pagar as prioridades dos outros


A EDP resolveu suspender os cortes de energia que vinha fazendo na região do Porto aos supostos clientes que não pagam a conta ou, melhor ainda, puxam a energia do poste mais próximo. São boas noticias. Nomeadamente para aqueles que não têm o pagamento das despesas básicas de uma casa no topo das suas prioridades.
Para muita gente há, primeiro, que tratar do bólide topo de gama, da roupa de marca e de outras coisas igualmente essenciais à manutenção do estilo de vida. Nem todos, como é óbvio, adoptarão este padrão de comportamento. Muitos estarão desempregados ou terão reformas pouco mais de miseráveis. Tal como acontece em qualquer outro ponto do país. Gente essa que cumpre, sabe-se lá com que sacrifícios, as obrigações que assumiu para poder viver com alguma dignidade. Sacrifícios que alguns não querem fazer porque acham que alguém os deve fazer por eles. O que revela bem a falta de dignidade dessa malta.
De estranhar é que as entidades oficiais pactuem com situações deste género e pressionem uma empresa privada – se fosse pública era reprovável na mesma - para discriminar clientes. Sim, porque quando uns pagam e outros não estamos perante um acto discriminatório. O que, presumo eu, deve ser inconstitucional. Pelo menos em circunstâncias idênticas o tribunal especializado nisso da Constituição já decidiu nesse sentido.
Seja como for, por mim está decidido. Mal acabe a tarifa bi-horária vou mudar de fornecedor de energia eléctrica. Não estou para continuar a pagar a luz que não consumo.  

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

De repente, a norte, começaram a preocupar-se com o despesismo...


O clube de futebol do Porto está indignado. O que é perfeitamente normal dado que aquela rapaziada quando não ganha fica nesse estado. Mas a indignação deles, desta vez, é assaz original. Tem a ver com a decisão da Câmara de Lisboa de apoiar financeiramente a construção de uma estátua em homenagem a um antigo dirigente do maior clube português. O que, na opinião da agremiação nortenha, se trata de um luxo desnecessário e de um despropositado acto despesista da autarquia da capital. Pode, admito facilmente, até ser. Mas, recorde-se, estarão em causa cerca de cinquenta mil euros. Muitas, mas mesmo muitas vezes menos do que a Câmara de Gaia gastou no centro de treinos que construiu para usufruto do tal clube do norte. Ou do que custaram as muitas recepções aos “Dragões” patrocinada pelo Menezes, o ex-autarca esbanjador da margem sul do Douro. Convinha, perante a desproporção dos valores em causa, ter um certo sentido do ridículo. Mas isso deve ser pedir demais ao velhote gagá. Ou xexé, sei lá.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

E é a isto que chegou o nível da discussão acerca das funções do Estado…


Quase todos acham bem que o Estado reduza as suas despesas. Desde que isso, claro está, não os afecte. A polémica dos últimos dias em torno do financiamento do ensino particular vem, mais uma vez, evidenciar este nosso estado de espírito. A defesa desta opção do governo tem vindo a ser feita de forma acérrima pelos mesmos que, ainda não há muito tempo, defendiam o fim da Adse com o argumento que os impostos de todos não devem financiar privilégios de alguns. Menos ainda quando quem deles beneficia pode utilizar, como todos os restantes, as infraestruturas públicas de saúde.
É notável o nível de incoerência dos defensores do chamado cheque-ensino ou desta espécie de PPP para a educação que a TVI recentemente denunciou. No caso da Adse o sistema é em grande parte sustentado pelos descontos de quem dele usufrui e, como está amplamente demonstrado, fica mais barato ao Estado do que o SNS. No entanto, talvez por um ódio cego aos funcionários públicos, defendem a sua extinção. Já no que diz respeito ao ensino, sem que ninguém faça um desconto específico para isso, acham que o Estado deve suportar a opção de quem entenda colocar os filhos numa escola privada, ainda que ao lado exista uma pública. Trata-se de liberdade de escolha, segundo eles. Mesmo que mais cara e que todos a paguemos. A mesma liberdade – eles chamam-lhe privilégio – que não querem reconhecer a quem paga para ter essa escolha. Coerente esta gentinha.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ora aí está um puto capaz de desenvolver as competências adquiridas no âmbito do desacato.


Há coisas que me são extremamente difíceis de entender. Deve ser, presumo, da idade. A historieta do catraio que tem acessos de fúria em plena sala de aula é uma delas. Ou melhor, até percebo que o puto espatife o mobiliário, faça um berreiro danado capaz de se ouvir em Espanha ou morda quem lhe aparecer pela frente. O que já não entendo é como é possível que reincida no comportamento no dia – ou dias – seguintes. Só a ausência de castigo adequado e proporcional ao desacato que provocou é que podem justificar a reincidência. Se não o teve, então é óbvio que tem de ser mantido afastado das pessoas normais, que estas não têm obrigação de aturar as bestas dos outros.
Os pais, provavelmente, serão do mesmo calibre e, por isso, incapazes de educar o gaiato. Mas disso não têm culpa os alunos, funcionários e professores obrigados a partilhar o mesmo espaço com a fera. Muito menos a ser vitimas passivas da sua má educação. Mas, graças à ditadura do politicamente correcto em que vivemos, ninguém pode tocar no fedelho. Quem o fizer está metido em sarilhos. E o pior é que esta maneira de encarar as coisas, apenas defendido por uma ínfima minoria de anormais auto convencidos da sua genialidade, está apenas a servir para criar delinquentes. Os mesmos que, espero, mais cedo do que tarde tratarão de lhes ir às trombas.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

E o louco sou eu?!


O país está, hoje, certamente mais rico. Graças, entre outras coisas, ao facto de trabalharmos mais horas, mais dias por ano e, principalmente por termos ordenados mais baixos. A riqueza, aliás, vê-se em cada esquina, em cada rua e em cada largo. Diria, até, que se vê cada vez mais ao longe e mais largo.
Tudo isto sem ter sido necessário criar um Ministério da Felicidade Suprema como fez o outro maluco - tão maluco que até faz parecer o Chavez um tipo sensato - lá da Venezuela. De resto, nós nem temos por cá malucos daquele quilate. Jamais teremos no governo um louco que nos garanta estarmos a viver um milagre económico, jure que existem linhas vermelhas para os sacrifícios que jamais serão ultrapassadas e que veja tantos sinais de retoma que até chateiam de tantos que são.
Não é que me esteja a fazer ao lugar, mas ando desconfiado que já vi alguns desses tais sinais de retoma. Inclusivamente um apareceu-me sob a forma de um pombo. Estava metido num buraco, olhou para mim, em seguida bateu as asas duas ou três vezes e desapareceu. Foi um sinal. Inequívoco. Daqueles que só um louco não ia entender. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Marmelada


A publicação de fotos intimas, escaldantes e capazes de fazer arregalar os olhos a qualquer um – ou qualquer uma, que não quero cá discriminações - não tem sido prática regular aqui no Kruzes. Mas isto nem sempre nem nunca, como sabiamente dizia a minha avó. Daí que hoje divulgue uma imagem que é tudo isso. Intima, porque obtida no recesso do meu lar; escaldante, porque acabadinha de sair da panela; e capaz de, pelo menos aos apreciadores, provocar um arregalar de olhos. Porque estes também comem.
Fica assim documentada, da forma possível, a qualidade da marmelada feita por mim e pela minha Maria. E sim, estava tão boa quanto parece. 

domingo, 3 de novembro de 2013

E ainda agora foi eleito...


Não sei se percebi bem o que disse Rui Moreira, o recém eleito Presidente da Câmara Municipal do Porto, a propósito dos cortes de luz num bairro social da invicta. Para além da despropositada solidariedade que manifestou para com as pessoas que acediam de forma irregular ao fornecimento de energia, pareceu-me ouvir que o homem quer ser previamente informado sempre que a EDP for cortar a electricidade a um cidadão do Porto. O que, a confirmar-se, será um dos maiores disparates já alguma vez proferido por um autarca. Por todas as razões. Principalmente porque o seu Município é um dos maiores senhorios do País e, com esta posição, está manifestamente a colocar-se numa posição difícil de sustentar quando quiser cobrar a renda aos caloteiros. Presentes e futuros.
Depois vem tudo o resto. A água, o gás, o telefone, a TV por cabo, a Internet ou mesmo a conta da mercearia. De certo o senhor também pretenderá ser avisado sempre que uma empresa destas áreas de negócios interrompa o serviço a um qualquer consumidor do seu concelho. Ou, por que não, quando o merceeiro lá do bairro resolva deixar de vender fiado...

sábado, 2 de novembro de 2013

Orçamento?! Estamos contra!


A agente infiltrada do Kruzes na manifestação promovida pela CGTP, para protestar contra o orçamento de Estado para o ano que vem, constatou o que se aguardava que constatasse. A fraca adesão a este tipo de iniciativa e a pouca indignação manifestada pelos participantes. Reformados na sua maioria – é o que garante a espécie de enviada especial do KK - que aproveitaram o dia para um passeio. Assim do tipo caminhada matinal mas aos gritos. O que é bom. Exercita o pulmão. Pena que não tenham tido a mesma prática quando da aprovação de sucessivos orçamentos que se expandiram muito para lá dos recursos existentes no país. Se o tivessem feito talvez ontem a canseira fosse escusada...

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Não pagam e ainda reclamam!!!!

A julgar pelos valores alegadamente em causa, foi com vários anos de atraso que a EDP resolveu interromper o fornecimento de energia a um número significativo de consumidores de um bairro de mau aspecto na cidade do Porto. Que – pasme-se – ainda têm o descaramento de vir para a rua e, principalmente, para as televisões manifestar o seu protesto por terem ficado sem luz. Devem achar que se trata de uma espécie de direito adquirido que lhes foi roubado. Só faltou, mas tenho esperança que rapidamente alguém o faça, pedir a inconstitucionalidade da acção da EDP. Surpreendente, também, é ainda não ter surgido a notícia de que já foi interposta uma providência cautelar, convocada uma manifestação ou, no mínimo, posta a circular uma petição a favor do direito a luz eléctrica grátis. E, já agora, água, gás, telefone, internet, combustível, droga…

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Dia mundial da poupança



Quando se assinala o dia mundial da poupança as noticias não são as melhores para quem procura manter o hábito de poupar. Isto porque o governo prepara-se para voltar a mexer nos nossos bolsos. Área que, diga-se, domina na perfeição e onde os membros que o integram revelam uma imaginação verdadeiramente prodigiosa. Desta vez os alvos são os descontos, as promoções e os cartões de fidelização das principais cadeias de distribuição. É que isso de ficar com mais uns euros na algibeira – ou gastá-los no que mais lhe aprouver - choca frontalmente com o esforço do Parvus & Companhia para reduzir a cinzas o poder de compra do pagode.
O argumento utilizado – algo relacionado com as relações entre produtores e comerciantes – constitui um disparate. Primeiro porque o Estado, até pela doutrina vigente, deve limitar ao mínimo a sua intervenção na economia – sempre que o faz as coisas pioram – e depois porque ao alegadamente pretender proteger os produtores em detrimento dos consumidores acabará, mais cedo do que tarde, por prejudicar quem produz. Mas esperar que a gaiatagem a quem o país está entregue perceba isso é ter as expectativas demasiado elevadas.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Incumpridores



A lei dos Compromissos e Pagamentos em Atraso é, seguramente, a lei mais odiada pelos autarcas. Só porque – veja-se bem o desplante destes governantes de direita – não permite que os organismos públicos, sejam eles quais forem, gastem o dinheiro que não têm. Daí que alguns a ignorem liminarmente e que outros arranjem esquemas, mais ou menos mirabolantes, para a contornar.
No site de uma rádio da região está disponível uma informação, veiculada pelo novo executivo municipal lá da terra, dando conta da situação da autarquia relativamente ao cumprimento daquela lei. Donde, sem grandes surpresa, se pode constatar que aquela Câmara não estará – ou estaria - a cumprir as determinações legalmente estabelecidas quanto à assunção de compromissos. Mas o pior, embora já bastante grave, nem é isso. Espantoso é que o Município não surja na lista de incumpridores divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento. Convinha era que os contribuintes soubessem porquê. 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

De um estudo que durou sete anos saiu isto?!

O governo – ou alguém por ele – anunciou que vai produzir legislação no sentido de regulamentar a posse de animais domésticos. Nomeadamente por quem reside em apartamentos. Ou mesmo em vivendas desde que não isoladas. Escusado será dizer que acho muitíssimo bem.
Lamentável é que, provavelmente, vai-se desperdiçar uma oportunidade de legislar a sério sobre a matéria. Permitir dois cães ou quatro gatos por residência, ainda mais quando se trata de condomínios, ainda constitui uma aberração. Isto se, como é expectável, o lobbie dos animaizinhos não conseguir elevar o número para o dobro.
Ter um bicho destes em casa é uma evidente falta de higiene. Por mais que se procure negar esta evidência. E se dentro de quatro paredes isso é lá com eles já para os restantes habitantes de um prédio ou - em maior escala - de uma cidade, não é assim. Há, por isso, que impor regras. Sem medos.
Também muito se escreveu e disse sobre a proibição de fumar em locais fechados e hoje, todos reconhecemos, tratou-se de uma excelente decisão. O mesmo acontecerá com medidas como a que agora se anuncia. É tudo uma questão de hábitos. Bons, espera-se.