Municípios
falidos, completamente inviáveis e afogados em dividas, são coisa
que não falta cá pelo rectângulo. Nada disso intimida os briosos
autarcas que os governam. Vejam-se as almoçaradas de Natal que,
nestes dias por todo o lado, são oferecidas aos eleitores mais
idosos e que, no seu conjunto, seguramente nos custarão a todos uns
quantos milhões de euros. Isto depois de, durante todo o ano, os
terem andado a passear pelo país. E, não raras vezes, pelo
estrangeiro. Para além, claro, das clássicas idas ao “Preço
Certo”.
Pode
– e presumo que haja – quem considere que isso dirá apenas
respeito aos munícipes dos concelhos rebentados financeiramente
pelas gestões popularuchas que por lá têm passado. Nada mais
errado. O descalabro instalado nas contas dessas autarquias vai ser
pago por todos. Até por nós. Mesmo pelos que nunca foram a Fátima num
autocarro da Câmara nem cumprimentaram o Fernando Mendes.
Está
na forja legislação que, no limite, permitirá transferir parte do IMI, a resultante da
reavaliação que as nossas casas tiveram no ano passado, para as
Câmaras endividadas por autarcas tresloucados. Que é como quem
diz: Quem pagava, por exemplo, noventa euros e paga agora duzentos,
contribuirá com cento e dez euros para o bolo que ajudará a salvar
as Câmaras falidas. Se, reitero, a redacção original for aprovada. É que isto não há almoços grátis. Nem
quecas oficiais à borla. Num e noutro caso uns comem e todos pagam.
Concordo inteiramente contigo pois estás coberto de razão. Mas como mudar a situação? Sinceramente não sei!
ResponderEliminarSó mudando de povo! Porque é disto que este povo gosta!
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