domingo, 31 de maio de 2009

Pinto da Costa - A falta de memória do velhote gágá

Pinto da Costa gostava de ter jogado a final da taça de Portugal no Estádio da Luz. Nada mais acertado. Era bonito a final de tão importante competição realizar-se no maior estádio português e que é propriedade do maior clube nacional. A propósito recorde-se este célebre episódio em que aquele fulano quis – e conseguiu – jogar uma final da Taça em casa.
A 1 de Junho de 1983, com Benfica e FC Porto apurados para a Final da Taça de Portugal, após os "encarnados" vencerem o campeonato sai bomba da Assembleia Geral do clube das Antas: Pinto da Costa, com o apoio dos associados, anuncia que o FC Porto não comparecerá na final da Taça a ser disputada no Estádio Nacional, exigindo que a mesma seja disputada no Estádio das Antas. E, Pinto da Costa ainda disparou mais longe: "Vamos a ver se a FPF tem a coragem de nos mandar para a 2ª Divisão, pois é esse o desejo que os move, pois Lisboa quer continuar a colonizar o resto do País". Silva Resende, o presidente da FPF, limitou a sua resposta a um parco "os regulamentos serão religiosamente cumpridos".
A polémica prosseguiu e a 8 de Junho ficou a saber-se que a competição ficava adiada para uma nova data ainda desconhecida. Os jogadores do Benfica e do FC Porto partiam de férias, num dos momentos mais circenses de todos os tempos no futebol português. Fernando Martins, presidente do Benfica, mais tarde, viria a aceitar a final da Taça nas Antas, segundo ele, "em defesa do FC Porto e do prestígio do futebol".
A final ficava marcada para 21 de Agosto de 1983, fazendo-se a vontade de Jorge Nuno Pinto da Costa e José Maria Pedroto. O Benfica venceu a partida por 1-0, com um excelente golo de Carlos Manuel, num jogo em que ambas as equipas se apresentaram em 4-4-2, com meio campos muito preenchidos e dois avançados - Gomes e Jacques, no FC Porto, Nené e Filipovic, no Benfica.
No final da partida o habitual mau perder de Pedroto, a ver a sua estratégia e de Pinto da Costa sair furada: "O Benfica utilizou o seu poderio para não jogar na data marcada, pois estariam em muito má forma". Fernando Martins preferiu a diplomacia: "Fui eu que decidi que viessemos às Antas em defesa do futebol. A política de amizade entre o Benfica e o FC Porto não vai ser alterada, apesar desta polémica".
Fonte: “Terceiro Anel”

Poesia

sábado, 30 de maio de 2009

Vai cá uma agitação...

Como se pode constatar pela imagem, captada hoje numa vila algures no Alentejo, a campanha eleitoral para o Parlamento Europeu está verdadeiramente emocionante. Diria que transborda de alegria, de entusiasmo e sente-se à distância a convicção com que os apoiantes das candidaturas fazem passar a mensagem dos candidatos.
Do lado dos eleitores o entusiasmo não é menor. Precipitam-se na direcção da comitiva, imploram por uma lembrança – que pode ser um saco plástico, um porta-chaves, um preservativo com a cor do respectivo partido e o sabor do fruto que o simboliza ou um rolo de papel higiénico com a cara do candidato – juram a fidelidade eterna do seu voto e elogiam toda e qualquer acção anteriormente realizada ou declaração proferida ultimamente. Seja ela qual for que, para o caso, não interessa nada.
Claro que há sempre aqueles que só sabem dizer mal. E escrever, também. E há, ainda, os outros. Os que sustentam convictamente que “são todos a mesma merda”, não passam de uma “cambada de chulos” e que o “que eles querem é tacho”. Ora isto não será propriamente dizer bem mas, concordemos, também não é dizer mal. Afinal quantos de nós não repetimos já milhentas vezes uma destas expressões?! Se isto é “negativismo”, “bota-abaixismo” ou outros “ismos” parvos, eu começo a pensar que "eles" estão como o pai do recruta da anedota. “O meu filho é o único com o passo certo…”

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Gente séria

Em tempos cheguei a pensar que, mais tarde ou mais cedo, ia acabar por ficar rico. Não que estivesse disposto a seguir o método de alguns ricaços mais ou menos conhecidos que trabalharam como mouro vinte cinco horas por dia e começaram a vida a carregar botijas ou vender atacadores. Até porque era capaz de ficar cansado nem, mais importante, não gosto de mouros. Mesmo a hipótese de ficar milionário através dos jogos de fortuna e azar nunca se me afigurou como provável porque, apesar de semanalmente investir “algum” nesta área, a esperança de ver engordar a conta bancária por esta via foi-se esfumando ao longo dos muitos anos de sucessivas apostas falhadas.
O processo de enriquecimento protagonizado por uns quantos personagens ultimamente muito em voga parece-me muito mais eficaz e, sobretudo, muito menos cansativo. É tão bom e tão genial que, ao que se diz, nem é preciso fazerem aquilo para que são pagos para, na mesma, lhe pagarem quantias verdadeiramente mirabolantes. Coisa para dez milhões de euros por seis meses de algo a que apenas com muito boa vontade podemos considerar trabalho.
Mas talvez a minha sorte esteja prestes a mudar. Um tal de Mr. Huang, a julgar pelo nome deve ser um gajo tão respeitável como outros que já nos governaram a nós e se governaram a eles, enviou-me hoje um e-mail onde me informava – se bem percebi no meu inglês quase técnico - que tinha 32,300,000.00 de dólares para depositar na minha conta. Para tanto basta que lhe comunique os meus dados pessoais e bancários. Genial. Porque raio não me lembrei disso antes?!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O imposto europeu

Anda meio mundo a malhar – eu sabia que esta expressão me ia dar jeito – no cabeça de lista do Partido Socialista às europeias por este ter manifestado intenção de, quando ocupar o seu lugar em Bruxelas, propor a criação de um imposto europeu. Ora Vital Moreira anunciou apenas uma inevitabilidade. Daquelas que até chateiam – e esta por maioria de razão – de tão inevitáveis que são. Mais tarde ou mais cedo nós, europeus, teremos de suportar directamente, porque indirectamente já agora o fazemos, seja através de um imposto sobre o consumo ou mais provavelmente sobre o rendimento, os custos de funcionamento das instituições europeias e do esforço de coesão de eventuais novos países membros. Ou da ajuda aos palestinianos. Que, como se sabe, morrem de amores por nós. Alguns, pelo menos.
Um imposto, como decorre do próprio nome, nunca constitui algo que as pessoas encarem com agrado. No entanto se o mesmo incidisse sobre a entrada de mercadorias no espaço europeu poderia eventualmente recolheria alguma simpatia por, de alguma forma, poder constituir um meio de protecção do emprego e do sector produtivo do velho continente. Será contudo impraticável a sua aplicação a curto ou médio prazo. Tal iria ao arrepio de tudo o que tem sido a politica das instituições e governos europeus ao longo das últimas dezenas de anos mas, ou muito me engano, constituirá a longo prazo mais uma das tais inevitabilidades se quisermos que a Europa, tal como a conhecemos, sobreviva. Isto, claro, se alguém estiver interessado nisso.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Preservativos, diplomas e outras utilidades

Esta ideia de distribuir preservativos nas escolas parece-me ligeiramente esquisita. Não é que ache mal, mas também não se me afigura por aí além muito brilhante. Discordo em especial da parte em que se prevê que estes sejam distribuídos por profissionais de saúde em gabinetes a criar para o efeito. Teria um impacto muito maior e proporcionaria uma abordagem muito mais ampla quanto à divulgação desta iniciativa governamental se a distribuição deste…material, chamemos-lhe assim, fosse feita ao estilo da entrega de “Magalhães” ou de diplomas das “Novas Oportunidades”.
Já que o tema veio à baila, refira-se ser mais que justo os formandos desta iniciativa, juntamente com o diploma do nono ou do décimo segundo ano, receberem também uma embalagem de preservativos. Ou mais. Que essas coisas gastam-se num ápice.
Convém igualmente não esquecer os “alunos” das universidades seniores. Embora relativamente a estes não se afigure grande necessidade de distribuir as camisinhas, era capaz de ser simpático e de render alguns votos a distribuição de embalagens de viagra.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Dia do vizinho

Assinalou-se hoje o dia europeu do vizinho. Não consta que se tivessem verificado especiais festejos, existido comemorações merecedoras de destaque ou desenvolvida qualquer iniciativa destinada a assinalar a data. Salvo algumas excepções, a relação entre vizinhos é hoje muito diferente daquilo que era até há poucas dezenas de anos atrás e não parece justificar a existência de celebrações. São até mesmo de evitar. Tal como os vizinhos, acharão muitos.
Actualmente o vizinho é apenas aquele gajo que mal conhecemos, dono do cão que caga à nossa porta, que nos incomoda com a chinfrineira que faz ou que atira o lixo para o nosso quintal. O vizinho é, quase sempre, o chato do lado que até chateia de tão chato que é, que nos incomoda, aborrece e que mais valia ir morrer longe. Felizmente no meu bairro ainda não é assim. Por isso aproveito para deixar um grande bem-haja aos meus vizinhos. Excepto a um ou dois parvos que se reconhecerão nas características acima mencionadas.

O dever acima de tudo

Foi recentemente divulgada a lista, actualizada ao final do mês de Abril, do prazo médio de pagamento dos municípios portugueses. A liderar o ranking surge o município açoriano de Vila Franca do Campo, onde as dividas são pagas a um espantoso prazo de oitocentos e setenta e oito dias!
Relativamente às autarquias alentejanas, em particular as do distrito de Évora, temos o Alandroal num desonroso oitavo lugar, com um prazo médio de pagamento das facturas de quatrocentos e sessenta e três dias. Nada menos que um ano e três meses! No top cinquenta dos maus pagadores constam ainda os municípios de Montemor-o-Novo, Évora e Borba, onde o tempo de espera por parte dos fornecedores é de trezentos e dez, duzentos e cinquenta e sete e duzentos e cinquenta e cinco dias, respectivamente.
No pólo oposto, o dos bons pagadores, está o Município de São Roque do Pique que paga no prazo de dois dias. Entre os que sabem honrar atempadamente os seus compromissos encontram-se também as Câmaras de Arraiolos, onde o prazo de pagamento é de trinta e um dias, e a de Portel onde ao fim de cinco dias as facturas são pagas.
Lamentavelmente estas coisas pouco dizem aos portugueses que, por norma, não valorizam quem tem preocupações com o equilíbrio financeiro das instituições. Nem destas nem de outras. O que, num país de caloteiros e de gente pouco dada ao rigor das boas contas, não constitui grande novidade.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Porque me apetece(u)

Uma imagem vale mil por palavras. Ou mais. Depende das palavras e das imagens. E sim, estava mesmo tão bom quanto parece.

domingo, 24 de maio de 2009

As pitas, os enforcados e os outros

A pesquisa da semana revela-se mais uma vez surpreendente e perturbadora, conforme o conteúdo da imagem ao lado permite constatar. Mas analisemos a coisa mais ao detalhe. Como, aliás, se devem analisar todas as coisas. Inclusivamente as pitas. Pita, segundo o dicionário Priberam de língua portuguesa, significa “Fibras das folhas da piteira”, “Trança feita com esses fios que se põe na ponta dos chicotes”, “ Piteira (planta) ” ou, em linguagem popular “ Galinha, franga”. Tyco poderá, ou não, ser uma conhecida empresa de produção de componentes electrónicos para a indústria automóvel.
Em função disso poder-se-á concluir, maldosamente é certo, que pela "Tico" poderão andar umas quantas pitas alvoraçadas e que alguém deverá ser enforcado. Mesmo não estando esclarecido o motivo para tão drástica punição, será legítimo pensar que possa haver alguma ligação entre a pita e o gajo a enforcar. Nada disto parece fazer grande sentido, como seria de esperar deste blogue, mas tendo sido Portugal o primeiro país europeu a abolir a pena de morte não deixa de ser estranho pretender-se, nos dias de hoje, enforcar alguém. E logo quem não terá culpa absolutamente nenhuma da situação em que o puseram. Embora, presume-se, possa ter contribuído para o estado de alvoroço de alguma pita. Ou de não ter feito nada para a serenar.

sábado, 23 de maio de 2009

Promessas...de emprego.

Como em tempos prometi – palavra que se revela adequada à época que se avizinha – este blogue vai estar atento às promessas eleitorais mais estranhas, pouco credíveis ou simplesmente parvas que vão sendo anunciadas pelas diversas candidaturas concorrentes às Câmaras e Juntas de Freguesia. De fora ficarão apenas um Município e treze Freguesias aos quais, por mais bizarras que possam ser as promessas dos candidatos a sufrágio, não será aqui feita qualquer referência. Por três motivos. Primeiro porque não quero, segundo porque os restantes trezentos e sete municípios e cerca de quatro mil duzentas e cinquenta freguesias devem dar material mais que suficiente e terceiro porque o blogue é meu e só refiro o que me dê na real gana. O que constitui o melhor de todos os motivos.
Para começar saliente-se a intenção inscrita no programa eleitoral do Bloco de Esquerda a uma autarquia do norte do país de, está lá com todas as letras, contratar para a área cultural “um programador credenciado que disponha de um orçamento e metas calendarizadas”. Mais adiante propõe ainda o Bloco a “Criação de um gabinete e um secretariado para vereadores sem pelouro atribuído.” Pelo menos valha a franqueza…

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vaias e insultos

Uns quantos estudantes, devidamente instrumentalizados a soldo das forças mais reaccionárias, vaiaram o nosso primeiro – o querido, genial e estimado engenheiro - de uma forma completamente indecorosa. Chamaram-se, entre outras coisas, fascista. E também o insultaram. O que, convenhamos, não se faz.
Por mim acho mal, muito mal. Primeiro porque aquela rapaziada, provavelmente, não sabe o que foi o fascismo. Embora a culpa, quando a isso, não seja deles se atendermos ao que se passa nas aulas de história das nossas escolas. E, segundo, porque o homem é um democrata convicto, como demonstram as suas inigualáveis capacidades de diálogo, de convívio com a crítica e de aceitação de opiniões divergentes da sua.
Foi, garantirá amanhã o fiel Augusto, mais um episódio da celebérrima campanha negra. Ou, se for alguém mais politicamente correcto a tecer os comentários, da campanha de cor. Seja ela qual for. Excepto rosa.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

As ideias esquisitas do camarada deputado

Há muita gente com ideias esquisitas. Coisa que é perfeitamente natural e que constitui um direito inalienável de qualquer cidadão. Pelo menos por enquanto. O pior é quando o cidadão que tem ideias esquisitas tem algum poder para levar a sua ideia esquisita avante, camarada. E digo camarada porque foi um deputado do Partido socialista que veio hoje a público com a necessidade de implementar medidas inovadoras – o nome que eles usam para justificar a idiotice das sua ideias – como por exemplo eliminar uns quantos feriados e acabar com aquilo a que se convencionou chamar “pontes”. Aqueles dias entre feriados e fins-de-semana em que a malta mete um dia a descontar nas férias mas que uma certa cambada de imbecis ainda não percebeu que é um dia que deixa de ser gozado noutra altura não aumentando por isso os dias em que se não trabalha.
Entre outros argumentos, garante o perspicaz representante do povo que tal medida representaria um ganho médio de dois por cento no Produto Interno Bruto, o que proporcionaria aos trabalhadores portugueses usufruírem de um salário mínimo substancialmente mais alto e aos pensionistas de reformas mais elevadas. Uma maravilha, portanto. Obviamente que o camarada deputado terá feito as contas, pelo menos de cabeça, antes de vir a público apresentar tal proposta. Outra coisa não seria de esperar de alguém que se quer sério, honesto e que está no lugar que ocupa para defender os interesses de quem o elegeu, ao serviço de quem coloca toda a sua inteligência e capacidade intelectual. Por mais reduzida que seja.
Certamente o homem terá chegado aos valores que divulgou ponderando o impacto que a eventual implementação desta ideia teria na indústria hoteleira e em todos os sectores ligados ao lazer e ao turismo, quer a nível de remunerações dos trabalhadores ou até mesmo da existência de muitos postos de trabalho no ramo. Igualmente não terá escapado à sua argúcia que o fim das chamadas “pontes” não representaria nem mais dia um trabalho, ou para produzir. Existiriam, isso sim, menos dias para consumir, coisa que outros pretendem que façamos.
Apetecia-me, por fim, manifestar a minha estranheza por ser um deputado a sugerir que os portugueses trabalhem mais - vindo de quem vem não deixa de ser irónico - mas não o faço, seria demagógico e pouco respeitoso para quem, como o pessoal lá do parlamento, já tem um horário semanal de trabalho tão prolongado. E também porque não tenho tempo. Amanhã é feriado cá na terra e no outro dia faço ponte.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Xixi no banho

Os malucos do ambiente estão cada vez mais imaginativos quanto às sugestões que arranjam para nos tentar convencer a poupar água. Ou mais parvos. Ou, o que é mais provável, ambas as coisas. Uma campanha lançada recentemente no Brasil – o que significa que um destes dias chega cá – por uma organização de defesa do meio ambiente, sugere-nos que façamos a mijinha matinal enquanto tomamos duche. É que, argumentam eles, puxando o autoclismo menos uma vez por dia, ao fim do ano ter-se-ão poupado com este gesto (!) simples uma quantidade para lá de astronómica de litros de água. Prái uns quatro mil por pessoa. Ou mais. Isto, claro, para os que tomam banho todos os dias.
Hesito quanto ao que pensar acerca de tão ecológica recomendação. O melhor, se calhar, é não me alongar em dissertações relativamente ao que cada um deve ou não fazer para poupar os recursos do planeta, nomeadamente enquanto cuida da higiene. Não resisto, no entanto, a especular que um destes dias uma qualquer organização ecológico-ambientalista-protectora dos animais, dessa malta toda modernaça, nos aconselhará a não lavar as mãos argumentado que assim estaremos a contribuir para a poupança da água e, em simultâneo mas não menos importante, preservamos a vida de inúmeras espécies de bactérias que, tadinhas, também são organismos vivos e que sofrem uma morte dolorosa por afogamento sempre que lavamos as mãos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Os gurus

“Nunca, como agora, tantos escreveram para tão poucos”. Pelo menos é o que garante um auto proclamado guru da blogosfera nacional referindo-se, de forma depreciativa, à quantidade de blogues que actualmente se publicam na internet. Não sei se o homem tem ou não razão. Nem é coisa que me interesse por aí além. Sei apenas que alguns blogues me impressionam pelo seu brilhantismo e comentários que por aí se vão vendo revelam que os que lêem podem não ser muitos mas são, (r)/(v)isivelmente, bons.

domingo, 17 de maio de 2009

Dúvida atroz na pesquisa da semana

A pesquisa da semana não podia ser outra. Provavelmente será mesmo a pesquisa do ano se me ocorrer fazer um post acerca da forma, mais ou menos estranha, como muitos vêm parar a ao KruzesKanhoto. O (a) leitor (a) ocasional que suscita a questão angustiante que pode ser vista na imagem está, é notório, perante um dilema. O (a) parceira, se é o quem tem, não colabora e o (a) pobre coitado (a) está indeciso (a) quanto à forma de resolver a coisa. Lamentavelmente não foi por aqui que encontrou a solução para o problema que a (o) atormenta, veio nitidamente ao engano, porque este blogue não é um espaço destinado a questões desta natureza, nem neste espaço existe nenhuma espécie de consultório que permita o esclarecimento de dúvidas de índole sexual.
No entanto, a dramática questão que o (a) leitor (a) ocasional suscita, não pode deixar de merecer de todos nós a mais profunda reflexão. Debatem-se muitos problemas dos mais idosos, desde as baixas pensões até à solidão em que muitos vivem, mas de algo realmente importante, como a abstinência forçada que os obriga a ponderar a tomada de medidas drásticas, ninguém fala. Tá mal.

sábado, 16 de maio de 2009

Trogloditas e outros selvagens

Este é mais um dos muitos canitos que são abandonados pelos seus donos quando perdem a graça, se fartam deles ou por não combinarem com a cor dos cortinados novos que a patroa comprou lá para casa. Normalmente são todos muito defensores dos animais, acham que estes não devem ser considerados como coisas e estão sempre prontos a considerar troglodita quem não pensa como eles, mas não se importam de proceder como verdadeiros selvagens abandonando um animal à sua sorte.
O “Benfica”, para mim todos os cães se chamam “Benfica”, vagueia pelo bairro há umas quantas semanas. Apareceu com evidentes sinais de maus tratos, mas tem sobrevivido e recuperado a forma graças às almas caridosas que o têm alimentado e protegido. Protecção que atinge um elevado grau de sofisticação e um patamar de estratégia digna de figurar nos compêndios onde se estuda a arte de enganar o próximo. Repare-se na coleira aparentemente nova que ostenta. Ter-lhe-á sido colocada com o intuito de ludibriar quem se dedica à recolha de animais vadios que, desta forma, não suspeitará tratar-se de um cão abandonado. Provavelmente só por isso é que ainda não foi parar ao congelador.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O “engenheiro” morreu

Ohhhhh, choremos todos... Como nem Deus nem o Diabo estão interessados em o receber, para evitar um incidente entre as forças divinas e diabólicas de consequências imprevisíveis mas que se podem adivinhar quase tão catastróficas como as actividades terrenas do recém-falecido, pedem a mediação de um tribunal arbitral que decide de forma salomónica: alternará um mês no céu e outro no inferno.
No primeiro mês o homem vai para o Céu e Deus, coitado, não sabe o que fazer e quase é levado à loucura. O engenheiro maldiz de tudo, põe em causa todos os elementos de oração e da liturgia, dissolve o sistema de assessoria pessoal dos anjos, suborna as nuvens, transfere 1km quadrado do Céu para o inferno, nomeia arcanjos provisórios aos milhares, intervém nas comunicações aos Santos, troca as placas das portas de S. Pedro e, quando parecia que nada podia piorar mais, envia um projecto de lei aos apóstolos para reformular os Dez Mandamentos e amnistiar o Diabo.
O Céu transforma-se, obviamente, num caos. As pessoas não o suportam mais, promovem piquetes e invasões. Anjos-Magistrados, Anjos-Funcionários Judiciais, Anjos-Militares, Anjos-GNR, Anjos-PSP, Anjos-Bombeiros, Anjos-Médicos, Anjos-Enfermeiros, Anjos-Professores, Anjos-Funcionários Públicos, convocam greves, protestos, manifestações, vigílias, marchas... O descontentamento é geral e Deus passa a contar cada minuto até ao fim do mês para o mandar para o inferno. Quando finalmente o nosso engenheiro se vai, Deus respira de alívio.
Por volta do dia vinte do mês seguinte, começa a sofrer novamente pensando que dentro de dez dias tem que voltar a vê-lo. No entanto, maravilhosamente, ao primeiro dia do mês em que o traquina devia voltar nada acontece. No quinto dia, ainda sem notícias, Deus estava feliz mas começou a pensar que, tendo passado mais tempo no inferno, era provável que, para compensar, o engenheiro era gajo para querer passar dois meses seguidos no Paraíso... Horrorizado perante a mera hipótese, Deus decide contactar o inferno para perguntar ao Diabo o que estava a suceder. Foi atendido por um assessor ao qual Deus pergunta: "-Por favor, posso falar com o Diabo?" "-Qual dos dois?", responde o assessor, "o vermelho com cornos ou o "filho de uma senhora de reputação duvidosa"?!
Recebida por e-mail e adaptada por moi-mêmê.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Coisas a que temos direito

Os “direitos” dos animais são um tema da moda. Voltaram hoje a ter tempo de antena numa estação televisiva e, a julgar pelas declarações de alguns intervenientes, o debate estará para durar sendo mesmo provável que dentro em breve venhamos a assistir a importantes alterações legislativas quanto a essa matéria. O que não augura nada de bom. O meu pessimismo fundamenta-se nas opiniões expressas por alguns dos participantes que, entre outras coisas absolutamente fabulosas, defenderam que as despesas com a alimentação dos bichos deveriam ser dedutíveis no irs – as formigas cá de casa deram sumiço a um pacote de Nestum, será que isso conta? – e que a violência sobre os animais deveria ser punível com penas de prisão, coisa que, como se sabe, nem sempre acontece relativamente a crimes contra pessoas.
Revoltante também a forma depreciativa como se referiam aos caçadores, a “criancinhas” que puxariam caudas a cães, a policias pouco interessados em problemas que envolvam animais e a pessoas de uma forma geral. Para aquela gente o importante é mesmo a bicharada e os seus “direitos”, em particular para o insuportável fulano careca com aspecto de quem pega de empurrão, pela boca de quem ficámos hoje a saber que existem práticas reiteradas de abusos sexuais sobre animais. Uma vergonha, principalmente se as iguanas, tarântulas ou peixinhos vermelhos não tiverem ainda atingido a maioridade.

Pergunta irrelevante do dia

A maioria dos jovens - como é agora politicamente correcto dizer quando alguém se refere a meliantes e desordeiros - envolvidos em crimes e desacatos diversos, passaram parte significativa da sua curta existência em instituições de reinserção social. Tendo, estas, atribuições que visam a prevenção da delinquência e o desenvolvimento social das pessoas que têm à sua guarda, parece claro que qualquer coisa em todo o processo está a falhar. Para a esquerda e restante malta esquisita do “social” são, sem margem para qualquer dúvida”, as políticas sociais, de integração e de acompanhamento destes “jovens” as grandes responsáveis pelo seu comportamento criminoso. Provavelmente, também. Mas, porra, não pode ser simplesmente que os gajos prefiram levar uma vida no mundo do crime, onde é muito mais fácil arranjar de forma rápida e relativamente segura, face à impunidade e compreensão das nossas leis penais, uma quantidade de dinheiro que nenhum emprego lhes daria a ganhar?!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Notas de fim do dia

Duas notas para o final do dia de hoje. A primeira, pela positiva, para o primeiro-ministro José Sócrates que esteve muitíssimo bem na resposta que deu no parlamento ao deputado Chico Louco, do Bloco dito de esquerda, acerca dos incidentes no bairro da Bela Vista.
A segunda, pela negativa, para a quantidade de blogues que insistem em dar música aos seus visitantes. É quase tão mau como fotos de merda de cão.

Figurões

Associar os distúrbios do bairro da Bela Vista, ou a criminalidade em geral, ao fenómeno do desemprego, como estão a fazer alguns figurões da nossa opinião publicada, é uma falta de vergonha reveladora de um claro desrespeito para com os mais de quinhentos mil portugueses que estão desempregados. Pode mesmo considerar-se um insulto aos que estão a viver sérias dificuldades em virtude de terem perdido o seu posto de trabalho.
Obviamente haverá, por aquele bairro e por muitos outros situados nas periferias das grandes cidades, gente com vidas difíceis. Não é isso, no entanto, que os faz criminosos. Aqueles que as imagens televisivas mostraram, montados em “brutas” motos a acelerar e a fazer piões frente à esquadra da polícia do dito bairro, não parecem desgraçadinhos desesperados por um emprego ou um prato de sopa. É gente que jamais aceitará um trabalho de acordo com as suas qualificações, porque nunca lhe permitirá adquirir os mesmos bens que um assalto ou o tráfico de umas quantas doses de droga pode proporcionar.
O problema é de polícia e de ordem pública, sim. Não tem, contudo, solução fácil. A curto prazo, provavelmente, nem terá solução. Não neste regime de ditadura do politicamente correcto e de hipersensibilidade social onde o criminoso é tornado vitima perante a sociedade e elevado pelos seus ao estatuto de herói.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Os filhos de Allah

Apesar de ter publicado vários posts em que o teor dos textos pode ser associado à defesa do meio ambiente por neles manifestar descontentamento e reprovação relativamente a alguns comportamentos que considero menos correctos, importa esclarecer – não é que importe muito, mas esclareço na mesma – que me estou inteiramente nas tintas para os ecologistas e para as suas causas.
Vem isto a propósito do vídeo que acompanha este post que, não trazendo nada de novo ou não transmitindo nada que se não soubesse, ainda me faz ficar com menos vontade de preservar o planeta para as gerações futuras. Perante os factos, reais e incontornáveis que o pequeno filme relata, por mim o nível dos oceanos pode subir até cobrir os Himalaias e as reservas de água potável esgotarem-se até à última gota. Contribuir para que isso aconteça poderá até considerar-se um acto nobre por, muito provavelmente, ser a única forma de os vencer…

Sinergias autárquicas

O poder local é merecidamente reconhecido pelo dinamismo da sua actuação. As iniciativas sucedem-se a um ritmo quase frenético, criam-se medidas de apoio, incentivam-se coisas e estimulam-se sinergias. Tudo com muita imaginação e, faça-se justiça, em muitos casos mesmo antes de se vislumbrarem no horizonte sinais da crise que agora anda por aí ou das eleições se aproximarem. O que, como toda a gente sabe, é quase a mesma coisa quando se trata de apoiar, incentivar e estimular.
A capacidade imaginativa revela-se principalmente na escolha do nome. Ou, se calhar, apenas nisso. Mas é justo reconhecer que isto de criar um gabinete publicitado e divulgado aos munícipes lá do sítio com a sugestiva sigla de GAJA é, manifestamente, arrojado. E um bocadinho a atirar para o maroto, também.
Podia revelar o que significam as iniciais que formam o citado gabinete, mas não me apetece. Garanto apenas que o espaço criado na Câmara de Torres Vedras – é dela que se trata - não tem nada a ver com o tipo de apoios, estímulos ou sinergias que algumas mentes mais libidinosas possam estar já a pensar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O Magalhães, a internet e as comichões...e também as gajas boas

Se ampliarem e olharem com atenção para a foto vão vislumbrar ao longe dois putos – ao vivo pareceram-me três – a brincar com o “Magalhães”. Digam lá que não é uma imagem enternecedora ver as crianças entretidas, provavelmente entusiasmadas, com o seu pequeno computador a jogar um jogo educativo - ou a ver gajas nuas - em vez de jogar à bola ou, o que é muito mais salutar, andar à pancada umas com as outras.
Já afirmei vezes sem conta que considero esta iniciativa de distribuir computadores uma excelente medida. Principalmente porque não serviu apenas para os mais novos terem um brinquedo todo moderno. Contagiados por esse espírito tecnológico, os irmãos mais velhos depressa descobriram toda a potencialidade da pequena e genial caixinha e daí até lançarem-se nas ondas da internet foi um pequeno passo. Hoje é vê-los horas e horas a fio, todos os dias da semana, a navegar pela rede nos computadores do espaço internet. “Olha…. tanta gaja boazona…”, “aiiii….agora na posso…tou no chati…” são frases que amiúde se passaram a ouvir naquele local desde que a febre da informática atingiu uma comunidade até aqui excluída, também, do acesso às novas tecnologias. Pena que apenas “eles” tenham sido atingidos ou que a “elas” não seja concedida liberdade para fazer o mesmo.
Interrogar-se-ão vocês como é que eu sei destas coisas. É simples. De vez em quando – e também de quando em vez – dou por lá uma volta e aproveito para pôr a conversa em dia com o meu amigo Luís, que é gajo com uma paciência infinita para aturar aquela malta. Pena que, se fizer como eu que quando saio de lá estou cheiinho de comichões, o “obriguem” a gastar em água uma conta calada…

Pesquisa(s) da semana

Desta vez destaco não uma, mas duas pesquisas que trouxeram leitores até este blogue. E, ao contrário do que aconteceu noutras semanas em que os destaques se deveram à sua excentricidade, estas buscas realizadas no Google não se podiam revelar mais certeiras. Numa o autor procurava por “blogs mesmo javardos” e na outra alguém tentava encontrar “piadas parvas”. Vieram, como é fácil de constatar ao sítio certo, ao local exacto e, de certeza, encontraram o que pesquisavam. Isto sim é qualidade de serviço. Exijo certificação, já!

domingo, 10 de maio de 2009

La gauche...

Para a esquerda a criminalidade violenta não é um problema de polícia. É, antes, um problema social que não se resolve com a intervenção das forças da ordem, mas sim e apenas com medidas de carácter político que melhorem as condições de vida dos criminosos. Criminosos chamo-lhes eu, porque para a dita esquerda são pessoas excluídas pela sociedade capitalista e injusta e, por vezes, são até outras coisas muito mais pomposas, que essa malta esquerdista tem uma imaginação fértil quando se trata de adjectivar.
Perante os chamados crimes de colarinho branco aí tudo muda de figura. A esquerda abespinha-se, reclama justiça imediata e exige que os perigosos criminosos bem vestidos sejam de pronto metidos atrás das grades. Curiosamente não considera nestes casos estarmos na presença de qualquer problema de índole social, nem manifesta qualquer espécie de compreensão por tão pérfidas criaturas.
Por mim não gosto de criminosos. Bem ou mal vestidos. Morem eles na Quinta da Marinha ou na Bela Vista. Sejam deste ou do outro lado do Atlântico. Considero mesmo que cada bala que lhes é metida nos cornos e os conduz com os pés para a frente até à quinta das tabuletas é uma bala bem empregue e que cada processo que nestes casos é levantado, devia acabar em condecoração ao polícia autor do disparo.
Quanto às questões de âmbito social, de que a esquerda tanto reclama, é bom lembrar que entre apoios do Estado e das autarquias nunca houve tanto subsidio e de toda a espécie como actualmente. Assim de memória recordo o Rendimento Mínimo, refeições gratuitas para as crianças em idade escolar, livros e material escolar fornecidos gratuitamente, décimo terceiro mês do subsídio a crianças e jovens, habitação gratuita ou a renda simbólica – que mesmo assim não pagam - e uma panóplia de outros apoios distribuídos pelas mais diversas entidades de solidariedade social.
Consta que um gang oriundo da Quinta da Bela Vista, em Setúbal, terá realizado assaltos que lhes renderam algumas centenas de milhares de euros. Muito mais do que ganhariam a trabalhar. Provavelmente será disso que a esquerda se queixa. Que o Estado não faça a distribuição de tão generosa quantia entre as tais vitimas da sociedade capitalista que tanto abominam. Lá chegaremos. Por enquanto fiquemo-nos pelos preservativos…

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Novos negócios

Em tempos de crise qualquer estratégia é boa para ganhar uns euros. Mesmo a de não fazer nada, nem um único movimento. Esta opção, ou oportunidade de negócio como alguns tenderão a chamar-lhe, como tudo na vida, tem os seus inconvenientes e não é indicada para todos. Por razões óbvias e mais que evidentes não é recomendada aos que sofrem de stress. Mesmo que ligeiro.
Não devia ser necessário mas antes que alguns leitores mais mariolas mencionem o facto, esclareço desde já que a objectiva foi unicamente direccionada para o indivíduo vestido de branco com a cara pintada. Dispensam-se, portanto, piadas que insinuem eventuais semelhanças com outras fotos publicadas recentemente.

Opinião irrelevante do dia. Ou estúpida. E também parva.

A opinião irrelevante do dia, apenas idiota, completamente parva ou todas em simultâneo, pertence ao jardineiro – uma estranha mistura entre Jardim e engenheiro o que, como sabemos, não augura nada de bom – que um dia dirigiu um banco onde era conhecido pela generosidade compulsiva para com os mais chegados e que agora, a julgar pelas mais recentes declarações, parece ter enveredado pela stand-up comedy.
Garante o homem que “a remuneração dos administradores é sempre muito impressiva quando tornada pública, em especial neste momento de desemprego.” Acrescenta ainda o senhor, se é que devo chamá-lo assim, “é algo que pode perturbar a coesão social”. Tem piada, o velhote. Pensava eu, mas ninguém tem culpa da minha ignorância, que a coesão social se obtém com uma melhor distribuição da riqueza. Pelos vistos enganei-me. Basta que os desempregados não saibam quanto ganha o gestor que os despediu.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"TUFA-TUFA"?!?!

A malta do volante lembra-se das coisas mais esquisitas para decorar o habitáculo da viatura e, o pior, é que têm de conviver dentro dele com essa mesma tralha durante horas a fio, nomeadamente, como é o caso, quando se trata de um profissional do ramo. Gostam de dar nas vistas, provavelmente sente-se bem assim e proporcionam aos papalvos que andam por aí de máquina em riste um bom motivo – razoavelzinho, vá - para lhe dar uso. E este até nem é dos piores…não fora aquela coisa do “TUFA-TUFA”…

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Pressões e ameaças

Esta coisa das pressões tem muito que se lhe diga. Pelo menos é o que dizem os que são pressionados, os que alegadamente pressionam e os que acham que meio mundo anda por aí a pressionar outra metade. Não tenho destas coisas grande experiência - nem pequena, diga-se - mas há quem garanta que a dita pressão pode assumir diversas formas, ser feita de várias maneiras e, por fim, ter as consequências mais díspares.
Depois de muitas queixas de alguns bloguistas estremocenses acerca de alegadas pressões de uma entidade misteriosa, que ficou conhecida por cá como a PJ dos blogues, é agora a vez de Abel Ribeiro, candidato à presidência da Câmara nas últimas eleições autárquicas e actualmente a viver no norte do país, denunciar algumas ameaças (uma forma mais parva de pressão) de que diz ter sido alvo por parte de alguém de Estremoz que, segundo acrescenta, considerava amigo. Isso dever-se-á, segundo escreve o próprio, à sua recente adesão ao Partido Socialista.
Não conheço pessoalmente o Dr. Abel Ribeiro, nem me identifico com as suas opções políticas. Passadas ou presentes. Tão pouco me importa que o presumível autor das alegadas ameaças tenha ou não bons motivos para proceder desta forma. Para mim o relevante da coisa é que o visado não se tenha remetido ao silêncio, nem optado pelas meias palavras ou por deixar ficar umas quantas suspeitas no ar. Se todos os que se dizem vítimas de pressões agissem assim, a vida dos que andam por aí a pressionar ficaria muito mais complicada…

terça-feira, 5 de maio de 2009

Porco português regressado do México

Um javardola, acabado de chegar do México, quando no aeroporto foi interrogado por uma jornalista se iria tomar precauções relativamente à gripe A, como é conhecida agora, garantia peremptoriamente que “nem pó!”. Quarentenas, máscaras ou lá o que fosse, não eram para ele. Divertiu-se nas suas ricas feriazinhas lá pela terra onde os porcos desataram a espirrar e, tenha ou não apanhado o vírus, possa ou não transmiti-lo, contagiar pessoas não é coisa que preocupe o suíno falante em causa.
É este o verdadeiro espírito tuga. “Eu”, “eu” e “eu” sempre “eu” e o meu conforto e os meus interesses em primeiro lugar. Os outros que se lixem. E se por acaso se lixarem mesmo, melhor ainda. Isso realçará como “eu” sou esperto.

Contribuinte solitário

Esta foto foi obtida um destes dias à porta da Repartição de Finanças de Estremoz. Não tem nada de especial nem me ocorre nada de interessante para escrever acerca dela. Deve ser falta de inspiração, porque certamente muito haveria para dissertar sobre o facto de alguém, de idade já relativamente avançada idade e aparentemente poucas posses, aguardar quase uma hora pela abertura de um serviço público de que muitos fogem a sete pés e outros nem sabem onde fica.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Pergunta a um vizinho (seja ele quem for)

Custava muito, era uma trabalheira do camandro, algo que te deixasse derreadinho de todo, separar o lixo e colocar as vinte quatro mines dentro do vidrão?! Exigia-te um esforço sobrenatural teres enfiado com a porra da caixa no contentor das embalagens? O que ostenta a cor azul, e que estava mesmo à frente das tuas ventas?! Bolas pah, assim não dá. Só espero que o facto de te teres dobrado para deixar as garrafas no local errado não te tenha causado nenhum problema nas cruzes! Mas se provocou, olha, vou-te dizer, foi muito bem feito.

E o massacre das sardinhas?!

A propósito de algumas polémicas que por aí tem existido acerca de touradas, circos e de outras palermices relacionadas, supostamente, com a protecção dos animais - que são apenas coisas no enquadramento jurídico nacional, recorde-se – apetece-me perguntar: Então e o massacre das sardinhas? Ninguém protesta contra a quantidade de cadáveres de sardinhas que são queimados pelos santos populares? E dos pimentos, que também têm vida?! Pois, porque raio ninguém reclama dos pimentos?

domingo, 3 de maio de 2009

Como compensar uma gaja

Quem cria um blogue e o mantém actualizado gosta de ter visitas. Muitas de preferência, porque, como me dizia com alguma piada um leitor a quem sistematicamente não aceitava os comentários, “um blogue sem leitores não passa de um acto de masturbação intelectual”. Saber o que procura quem nos lê é por isso essencial na gestão de um espaço destes, daí prestar uma especial atenção aquilo que é pesquisado na internet e estar atento às pesquisas registadas pelos contadores de visitas onde, não raras vezes, deparo com buscas merecedoras de destaque.
“Como compensar uma gaja”. Esta talvez tenha sido a pesquisa mais inquietante que, na semana transacta, trouxe um leitor até este blogue. Faço votos para que a cavalheiresca criatura tenha encontrado, aqui ou noutro qualquer lugar, a resposta à dúvida que o atormenta. Infelizmente são poucos os que se preocupam em compensar alguém e é por isso enternecedor constatar que existe quem dedica uma parte importante do seu tempo a tentar encontrar uma forma de compensar outrem. O que, reconheça-se, lhe fica bem. Sejam quais forem os motivos – bons, quero acreditar - pelos quais pretende atribuir a compensação.

sábado, 2 de maio de 2009

Afinal quem é o pirata?!

Então o governo português manda um barco da armada portuguesa, que custa a todos uma pipa do dinheiro que não temos, para os mares da Somália combater a pirataria que assola aquelas paragens e quando os nossos bravos marinheiros pescam uns quantos piratas têm de os soltar porque afinal a sua actividade não constitui crime à luz das nossas leis penais?!?!?!?! A ser assim o que é que foram para lá fazer? E NINGUÉM, os que gajos que mandam nestas coisas, sei lá, quem toma as decisões de enviar as tropas, viu isso antes de uma situação como esta cobrir o país de ridículo aos olhos da comunidade internacional?! Porra, pá! Já basta a incompetência a nível interno, não havia necessidade de ir lá para fora fazer parvoíces.
Já estou a imaginar as piadas de portugueses que se passarão de agora em diante a contar lá para os lados do corno de Africa…

Objectos e objectivas

Habituado como estou a apontar a máquina em direcção ao chão, revelo algumas dificuldades em obter fotografias jeitosas quando direcciono a objectiva para outros alvos posicionados num ângulo diferente. Isso, aliado ao facto de a máquina nova ainda estar em fase de habituação ao fotógrafo, nem sempre me permite obter fotos com o mínimo de qualidade e que mereçam vir parar aqui ao Kruzes. É o caso da que acompanha este post e que foi tirada ontem à noite na Fiape, em Estremoz. Em palco – o mesmo onde hoje estará o José Cid e amanhã o Tony Carreira - estava, estou em condições de o confirmar, um tal de Angélico que, a julgar pelas reacções entusiasmadas de algumas teenagers, deve ser um gajo famoso naquilo que faz. Seja lá o que for.
P.S – (Lagarto, lagarto, lagarto) Pronto, já partilhei com o mundo que tenho uma máquina fotográfica nova, uma Kodak com montes de pixéis e uma carrada de funções que não desconfio para que servem nem, ainda menos, como utilizar. A antecessora teve um triste fim que um destes dias aqui hei-de relatar.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Habituem-se!

Não sou, nunca fui, apologista da violência. No entanto, a propósito do tabefe que o candidato do Partido Socialista às eleições europeias terá hoje levado quando pretendia fazer campanha eleitoral numa manifestação comemorativa do Primeiro de Maio, apetece-me dizer que o homem estava mesmo a pedi-las. Ou, como diz o nosso povo, só se perdem as que caiem no chão. Alguém ligado ao partido do governo misturar-se com as vítimas da acção governativa cheira mesmo a provocaçãozinha. Quem semeia ventos colhe tempestades e isto pode ser apenas uma pequena amostra do que, futuramente, poderá vir a acontecer quando outros políticos optarem por acções de proximidade com os eleitores. Habituem-se, porque quem se mete com o povo, mais tarde ou mais cedo, leva.