terça-feira, 30 de junho de 2009

Portugueses felizes

Um estudo recentemente divulgado assegura que os portugueses estão mais felizes. Mas nem era preciso virem uns quantos estudiosos dizerem-nos isso porque já quase todos o sabíamos. A felicidade está no ar, sente-se em cada esquina e é indesmentível esse sentimento generalizado que percorre a sociedade portuguesa. Para os mais cépticos que ainda manifestem alguma relutância em aceitar este facto inquestionável, aqui ficam algumas imagens de portugueses felizes.

Confusões

Sinto-me confuso. Baralhado, até. Não sei a quem culpar por ter tropeçado nesta fralda descartável que foi jogada fora em plena placa central do Rossio Marquês de Pombal. Longe de mim culpar uns quaisquer papás orgulhosos do cú que assim caga. Nem tal me passou pela cabeça, garanto. Mais rapidamente culparia uns quantos malandros que não estavam à hora certa, no local exacto e no momento oportuno, prontos para a recolher de imediato. Antes que a mesma caísse no chão, de preferência. Ou então a culpa é minha que não vejo onde ponho os pés.

domingo, 28 de junho de 2009

Pernas para que vos quero

Os muitos forasteiros que aos sábados de manhã se deslocam a Estremoz contribuem para tornar ainda mais anárquico o estacionamento na cidade. Parece valer tudo para deixar o carrinho uns metros mais próximo do estabelecimento comercial onde se quer comprar qualquer coisa ou do café onde vão molhar o bico. Veja-se este exemplo de desenrascanço, tipicamente tuga, de quem se está nas tintas para o eventual incómodo que possa causar ao proprietário do carro branco que ficou ensanduichado entre os dois espertos. São por estas - e também outras, mas por agora fiquemo-nos apenas por estas – que são cada vez mais os que dizem: “Volta Sandokan que estás perdoado!”
Não faço, ainda, parte desse número mas, não gosto da forma como se abusa do automóvel na nossa cidade. Nem nas outras, embora aí me incomode bastante menos. Ninguém anda a pé – a não ser a passear o cão ou às voltas ao Rossio com a ilusão que isso contribuirá para reduzir o pneu ou as dimensões do rabo – estaciona-se em segunda em segunda fila e tenta-se entrar com o carrinho na loja de pronto-a-vestir, no café ou seja lá onde for.
Sendo esta uma cidade de excelência, seria excelente ver por aí mais pernas de um lado para o outro. E pernas – ainda – não faltam. Pena andarem sempre escondidas dentro de um automóvel. Que, por mais excelente que seja, nunca chegará aos calcanhares de umas pernas de excelência.

sábado, 27 de junho de 2009

Para que serve uma piscina olimpica?

Piscinas de Vila Viçosa. Campeonato Regional de Clubes das Associações de Natação do Sul e do Interior Centro. Pode até nem ser uma coisa muito importante, daquelas que atraem grande assistência mas, ainda assim, há sempre uma ou duas dúzias de pais – o que por vezes até constitui assistência mais numerosa do que em certos jogos de futebol - que gostam de acompanhar de perto a actividade desportiva dos seus filhos e que marcam presença nas provas em que estes participam.
Pois aqui, de perto, é que não puderam acompanhar. Para o fazer teriam de adquirir o bilhete de “banhista”, despir a fatiota e envergar o fato de banho como qualquer utilizador daquele espaço. Ou, em alternativa, espreitar a prova por entre as arvores, a uma distância considerável, num espaço sem condições situado por baixo dos painéis solares.
Esta é a única piscina olímpica da zona dos mármores. No entanto quem a gere parece não saber – ou não querer - tirar grande partido disso porque se para o público as condições são as que descrevi, para os atletas também não são melhores. Repare-se, por exemplo, no fantástico pormenor de as pistas nem sequer terem numeração!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

"Obrar"

Ainda estou em estado de choque com a notícia de mais um escândalo nacional revelada hoje ao país pela TVI. A intenção do governo avançar com a construção de uma terceira auto estrada a ligar Lisboa e o Porto!!!! Na actual alternativa à A1 circulam, segundo as contas da estação televisiva, o impressionante número de quatrocentas e quarenta viaturas em cada sessenta minutos. Isto em hora de ponta. Perante tão elevado volume de tráfego é preocupante que até agora ainda ninguém se tenha lembrado da urgência de uma nova via que permita descongestionar esta sobrecarregadíssima auto-estrada. Irresponsáveis! Ainda bem que temos um governo que se empenha em nos deixar, e às gerações futuras, verdadeiramente empenhados.
Já em Estremoz, pelo interior da cidade, junto às escolas, centro de saúde e outros equipamentos públicos passam em alguns períodos do dia, mesmo sem ser em hora de ponta, uma quantidade sensivelmente igual de viaturas. Mas nem isso apressa a construção da variante do IP2 à cidade. Verdade se diga que, neste caso, nem toda a culpa é do actual executivo. No entanto, ao contrário da obra anunciada pela TVI, aqui seriam apenas meia dúzia de quilómetros e o encargo para os cofres do Estado representaria apenas umas míseras migalhas do gigantesco bolo que é o anunciado investimento em vias rodoviárias. Tudo razões mais do que suficientes para que esta obra há muito tivesse saído do papel.
Ainda quanto à anunciada terceira ligação Lisboa-Porto por auto-estrada, espero que nos locais por onde está projectada existam muitas casinhas de novos-ricos urbano-deprimidos que detenham algum poder de influência nos corredores dos centros de decisão. Principalmente casinhas daqueles cujas actividades preferidas são contemplar florezinhas a desabrochar e caçar borboletas.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O plano

Sócrates convive mal com quem não o aprecia, não suporta a crítica, pretende livrar-se do José Eduardo Moniz, da Manuela Moura Guedes e influenciar a linha editorial da TVI para posições mais próximas da acção governativa e do Partido Socialista. Estes parecem ser os principais argumentos dos que consideram que a pretensa intenção da PT em comprar a TVI, tem mãozinha do engenheiro.
Não acredito nos argumentos utilizados. Não pode ser. Isso seria um plano demasiado simples para a genialidade, brilhantismo até, que todos reconhecemos ao excelentíssimo senhor Primeiro Ministro. Até porque o nosso primeiro, caso quisesse vingar-se do casal Moniz, era gajo para recorrer a outros meios. Não digo dar-lhes uma carga de porrada porque, lingrinhas como é, a coisa era capaz de não correr de modo muito favorável para o seu lado. Já desafiá-los para uma corrida em que os venceria de forma humilhante seria uma hipótese muito mais plausível.
Este negócio tem, quanto a mim, outros contornos que aqueles que estão permanentemente entretidos a urdir campanhas negras se recusam a ver. Sabe-se que o homem é benfiquista. Sofre com os desaires do seu clube do coração e congeminou um plano – como se sabe José Sócrates é óptimo a congeminar planos – para, sem dar muito nas vistas, ajudar o glorioso a sair da crise. A ideia será a PT comprar a TVI e a empresa detentora daquela estação televisiva, com o encaixe financeiro realizado, comprar o Benfica. Este, por sua vez, com dinheiro fresco, compra jogadores de qualidade, desata a ganhar títulos, os portugueses ficam felizes e deixam de dizer mal do Sócrates.
Pelo menos terá sido esta a ideia que o engenheiro sussurrou. Ou será que ouvi mal?

Minudências

O ex-autarca do Porto, Nuno Cardoso, foi condenado pelo Tribunal a três anos de prisão por ter ordenado o arquivamento de processos de contra-ordenação ao Boavista. Com pena suspensa, claro, que isto não se mete ninguém na cadeia “por dá cá aquela palha” e ainda menos por “toma lá este favor”. À saída, terá manifestado intenção de recorrer da sentença e, bem assim, de regressar à vida política. Exemplar.
Já em Santarém o Tribunal local entendeu não haver matéria para levar a julgamento o ex-presidente da Câmara de Santarém, José Miguel Noras, mandando arquivar o inquérito levantado pelo Ministério Público na sequência de uma auditoria à autarquia ter detectado a existência de pequenas irregularidades. Ou, para ser mais exacto, de presumíveis irregularidades. Mas, ainda assim, pequenas. Nomeadamente a aquisição de moedas, medalhas, relógios e estatuetas, num valor aproximado de cinquenta mil euros, sem facturas ou outros documentos legais de suporte. Para o antigo autarca “a montanha nem um ratito terá chegado a parir”, considerou, referindo-se a todo o cenário maquiavélico que teria envolvido este caso.
Ainda pela capital ribatejana uns quantos meliantes – ou apenas um, mas isso não vem ao caso – furtaram a bicicleta a pedal do actual Presidente da Câmara, Moita Flores, que se encontrava estacionada nas imediações do edifício dos Paços do Concelho. Dado que se tratam de pessoas devidamente integradas socialmente e que o velocípede presidencial acabou por ser recuperado, a autarquia resolveu desistir do processo judicial entretanto instaurado. Fez bem. É que minudências como esta são capazes de atirar o mais honesto dos cidadãos para a cadeia.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Metrossexual

Cliquez pour regarder massage faciale
Metrossexual é um gajo que, entre outras coisas, faz uma massagem facial como esta?

Multiculturalismos...

Por mais que os multiculturalistas de pacotilha manifestem a sua indignação perante a proposta de Sarkozy no sentido de a fatiota islâmica que transforma qualquer mulher num saco de batatas ambulante vir a ser proibida em França, a verdade é que o homem está coberto de razão e tal medida já há muito que devia estar implementada, não só naquele país mas em toda a União Europeia.
Numa sociedade democrática este tipo de imposição pode causar um certo mal-estar e terá certamente uma forte resistência por parte dos muçulmanos e daqueles que acham que lhes devemos obediência. No entanto, embora não recorrendo aos mesmos métodos, espera-se que as autoridades tenham a mesma mão pesada que a Policia de Costumes teve lá para os lados das arábias para com uma cidadã portuguesa em viagem de turismo naquelas bandas. A senhora não se terá conseguido tapar convenientemente, uma madeixa de cabelo mais rebelde e um pedaço de perna desnudado terão sido o bastante para levar umas quantas chibatadas em plena rua. Coisas que os multiculturalistas compreendem na perfeição.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Follow the leader

Quando, no início da década de noventa do século passado, o Iraque invadiu o Kuwait e a televisão começou a mostrar ao Mundo o então Presidente do Iraque Saddam Hussein, nessa altura em plena forma e ostentando um farfalhudo bigode, causou-me alguma perplexidade constatar que todos os que o rodeavam, ministros e afins, exibiam uma igualmente vistosa bigodaça. Fácil me foi concluir que estaríamos perante uma evidente prova de culto do líder.
Em Portugal poucos anos depois caía o cavaquismo. António Guterres e a sua propensão para o diálogo iniciava um novo ciclo na vida política portuguesa em que o importante era dialogar. De preferência muito. Esta prática generalizou-se e não havia nem uma triste alma ligada a qualquer espécie de poder que não manifestasse, à semelhança do líder, um inusitado interesse em dialogar, mesmo que os interlocutores evidenciassem uma reduzida vontade de o fazer.
Sócrates, em 2005 chegou ao poder e impôs um novo estilo. Menos dialogo, mais acção, arrogância e um autoritarismo pouco visto em democracia são atributos do novo líder que depressa contagiou os seguidores que rapidamente abandonaram as tendências dialogantes que antes ostentavam e passaram a adoptar os comportamentos do chefe. Nada que se estranhe ou surpreenda se atentarmos nos antecedentes.
Com os novos comportamentos, socialmente cada vez mais aceites, não me surpreenderia se, à semelhança do que já acontece num ou noutro país, Portugal vier a ter num futuro não muito distante um primeiro-ministro paneleiro. Nem me causaria grande espanto que, a verificar-se essa circunstância, o seu exemplo fosse amplamente seguido pelos seus correligionários.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Os anónimos bons

Afinal o anonimato, tão criticado em certas ocasiões, nem é mau de todo. Por vezes até é bastante positivo. Principalmente se estiver em Teerão, colocar vídeos no Youtube, fotos em blogues e relatar o que se está, por estes dias, a passar na capital iraniana. Nestes casos a habitual cobardia dos anónimos, agora que desancam no Ahmadinejad, é transformada em coragem e enaltecida a sua actuação pela possibilidade de mostrar ao mundo o que está a acontecer por aquelas bandas. Vá lá perceber-se certa gente.

domingo, 21 de junho de 2009

Deixem-me dormir, porra! (II)

Relativamente ao post anterior importa esclarecer alguns aspectos, nomeadamente que:
- A origem da algazarra esteve nesta tenda montada junto à estrada nacional quatro, numa das entradas da cidade, a meia dúzia de metros de algumas habitações e a cerca de trezentos ou quatrocentos metros de três bairros residenciais e de um lar-residência de deficientes;
- Obviamente que, desta vez, a origem da chinfrineira não foi na zona alta da cidade. Pelo contrário. Tinha mais a ver com as partes baixas;
- O barulho, com a música excessivamente alta, não durou até às três da manhã como referi mas até muito mais tarde. Alguns moradores da zona, indignados e com vontade de torcer o pescoço a quem autorizou a montagem da tenda naquele local, garantem que perto das sete da manhã (!!!!) a musica continuaria a tocar.

Deixem-me dormir, porra!

Apesar de não me irritar facilmente os meus níveis de irritabilidade atingiram, na noite/madrugada passada, patamares pouco vistos nos últimos tempos. Acontece que estava cansado, tinha sono, apetecia-me dormir – coisa que, pelo menos ao que penso, é um direito que me assiste – estava um calor do caraças e como por força da conjuntura doméstica o único lugar disponível para o fazer é o sótão, que como todos os sótãos tem o enorme defeito de estar perigosamente próximo do telhado e onde para piorar as coisas não disponho de ar condicionado, a única forma de sobreviver é manter as janelas abertas.
Como se tal cenário não fosse já suficientemente mau, na última noite, na zona alta da cidade ter-se-á realizado uma festa. Ou festarola, sabe-se lá. O certo é que a algazarra musical foi de tal ordem que o som espalhou-se muito para além do local do divertimento e entrava pela janela dentro como se estivesse a tocar no meu quintal. A música, em altíssimos berros, era popularucha, a convidar para um pezinho de dança e acredito que os participantes se tenham divertido à brava. O que deve mesmo ter acontecido, porque eram três da manhã e ainda a instalação sonora debitava os acordes do “Cheira bem, cheira a Lisboa” com um volume de decibéis que, ou muito me engano, estaria bastante acima do que a entidade responsável pela emissão da licença do ruído teria permitido. Mas isso não vem ao caso porque certamente existem autoridades que fazem cumprir estas normas e se elas não actuaram devo ser eu que estou enganado.
Temo que a coisa se vá repetindo ao longo do Verão. O pessoal não tem muito para fazer ao fim de semana, nem provavelmente nos outros dias, e por isso entretém-se a festejar coisas. Seja elas quais forem.

sábado, 20 de junho de 2009

Cenas do quotidiano

Tal como outros blogues muito mais sérios e muito mais a sério do que este, também por aqui vai haver, se me apetecer fica desde já claro embora isso não se revele minimamente necessário, posts temáticos. Mais posts e mais temáticos do que aqueles que de vez em quando, ou de quando em vez para quem vem em sentido contrário, vão sendo publicados neste espaço. Para além da pesquisa semanal – ultimamente a coisa tem estado fraca neste domínio - e da merda de cão – a que nos últimos tempos tenho estado pouco atento, facto lamentável e que já mereceu naturais reparos dos leitores mais fiéis do Kruzes - vão surgir umas fotos que retratem um pouco do nosso quotidiano.
Para começar fica a imagem desta simpática família, que não conheço de lado nenhum e por isso nem desconfio se o é ou não embora fique sempre bem usar esta expressão quando nos queremos referir a uma família que não conhecemos de lado nenhum, que descansa as oito patas que a constituem da canseira que é dar uma significativa quantidade de voltas ao Rossio.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

(Des)arrumações

Este tipo de situação repete-se com demasiada frequência, nomeadamente aos fins-de-semana, e contrariamente ao que muitas vezes se pensa não resulta apenas de uma qualquer falha na consciência cívica de quem assim procede. Em muitas circunstâncias não haverá grandes alternativas. Até porque, entre outras razões, nem sempre é fácil encontrar um meio para transportar a tralha até ao eco-ponto.
Este procedimento ocorre quase sempre na sequência do falecimento de alguém ou da necessidade de, por outro motivo qualquer, entregar a habitação ao senhorio. Mais do que desleixo, estas situações revelarão antes sinais preocupantes da desertificação do centro da cidade, do preocupante abandono, envelhecimento e acentuada diminuição da população do concelho e de toda a região em geral.
Não sei, nem quero saber até porque não me interessa nada, se no caso em concreto o motivo foi este ou outro qualquer. Agora que esta realidade ocorre com inusitada frequência é uma infeliz evidência.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Outros blogues

Olha que reportagem tão interessante...

E da mosca? Ninguém diz nada?

E do moscardo violentamente assassinado pelo Obama, em frente às câmaras de televisão, ninguém diz nada?! Só porque é presidente já não merece a reprovação dos amiguinhos dos bicharocos? Ou lá porque o gajo é escuro não há problema e pode matar o que lhe apetece? E as criancinhas que assistiram pela tv a este bárbaro atentado contra uma forma de vida não terão ficado traumatizadas?! Então estas imagens de uma violência extrema e gratuita não deviam passar fora do horário nobre, assim lá para as onze da noite?

Bom português

São coisas como estas que ainda me fazem ter esperança na geração da malta mais nova. Aquela que está agora a dar os primeiros passos nas traquinices, próprias da idade, que ou se fazem agora ou então nunca se farão. E refiro-me a esta geração de rapaziada porque não acredito que outros mais velhos se dediquem a escrever seja o que for. Ainda menos em locais como este. Já a esperança vem do facto de não estar escrito “putax” ou vakax”, o que significa que, mesmo entre os mais novos, ainda há quem saiba escrever em português. Do bom.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Moeda ao fundo

Atirar uma moeda - ou mais - para dentro de fontes, lagos ou outros locais onde se encontre uma razoável concentração de água, parece ser um divertimento com muitos adeptos. Não sei com que propósito ou finalidade mas a verdade é que é relativamente comum encontrarem-se exemplos onde, assim a olho, é fácil adivinhar que estão depositados vários quilos e uma quantidade significativa de dinheiro.
O que verdadeiramente me intriga é a razão porque os mendigos não adoptam esta táctica. Sabendo-se da propensão dos tugas em atirar moedas para a água – é verdade que também atiram outras coisas como cascas de banana, garrafas vazias ou preservativos – é-me difícil entender porque raios não substituem a caixa de esmolas por um balde cheio de água. Quase de certeza teriam mais sucesso na recolha de fundos.
Também por uma qualquer estranha razão ninguém atira moedas para o lago do Gadanha. Um laguinho tão simpático, situado no centro da cidade e nem uma moedinha repousa lá no fundo. Tá mal. Ou são todos uma cambada de tesos ou não se sabem divertir.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Condenado a perder

Um senhor Presidente de Câmara, possivelmente despeitado pelo facto da sua terra ter uma importância cada vez menor no contexto regional em que está inserida, terá proferido hoje, ou por estes dias não interessa nada, estas declarações que tomei a liberdade de sacar do blogue Tasca Real: “Não existe nenhuma vantagem em ser cidade, basta ver o exemplo de Estremoz, nenhum calipolense trocaria Vila Viçosa por Estremoz. Estremoz é uma pasmaceira”. “Fica-se enojado em Estremoz ou Borba com o desalinho, o lixo e a sujidade das ruas, ser cidade não traz mais qualidade de vida”.
Nesta última parte o homem tem razão. O facto de uma terra ser ou não cidade não traz para os seus habitantes mais ou menos qualidade de vida. Mas isso não é problema dele. Nem nosso. Os borbenses que sejam felizes na sua nova condição e que dela tirem todos os proveitos – se é que existe algum para tirar – que possam. O que me parece descabido, idiota até, é a azia que este assunto está a causar em Vila Viçosa e em especial ao seu Presidente da Câmara. Dizer mal das terras vizinhas não lhe fica bem. Mesmo nada bem. Principalmente quando a sua não serve de grande exemplo para ninguém.

Autárquicas 2009

Porque será que alguns candidatos de uma determinada força partidária cujo nome não será aqui revelado, em vários municípios do país, não têm nos outdoors onde propagandeiam a sua candidatura nada que os identifique com o partido pelo qual se candidatam? Hesito entre pensar que se trata apenas de uma gralha tipográfica e desconfiar que começa a haver gente a acreditar que mais vale só do que mal acompanhado.

É o mercado...

Não resisto a, também eu, largar a minha posta de pescada acerca do negócio do momento. A ida mais que adivinhada de Cristiano Ronaldo do Manchester United para o Real Madrid.
O dinheiro envolvido no negócio parece ser o pomo da discórdia. Não falta por aí quem critique os montantes evolvidos usando argumentos tão delirantes como as milhentas coisas, alegadamente boas, que se podiam fazer com tão elevada maquia. Desde acabar com a fome em África até financiar investigações para umas quantas maleitas o graveto que os espanhóis vão pagar aos ingleses daria, dizem os críticos da negociata, para quase tudo.
Daria, se essa fosse a finalidade das partes interessadas. Que, obviamente, não é. Trata-se de duas empresas privadas que entre si decidiram negociar a compra e venda de um activo. Apenas isso. Mais uma transacção como muitas outras que se fazem todos os dias e acerca das quais ninguém se queixa embora, quase de certeza, sejam de menor rentabilidade esperada. Ou, digamos, de retorno menos absoluto.
De lembrar ainda que não consta haver dinheiro público metido ao barulho, nem é expectável que o governo espanhol venha a ter de intervir para pagar o chorudo vencimento que o craque vai auferir.

domingo, 14 de junho de 2009

Os novos oprimidos

Não. Não foi um Tribunal português que decidiu isto. A coisa, no entanto, é capaz de vir a fazer escola.

Reciclagem

Por razões que me escapam, mas suspeito tenham a ver com interpretações incorrectas de alguns posts em que abordo essa matéria, há quem pense que sou totalmente insensível às questões de carácter ambiental. Não que isso me incomode por aí além – na verdade não me incomoda mesmo nada – mas tal não corresponde minimamente à verdade.
O que eu não suporto são os fundamentalistas da ecologia. Aqueles para quem a diminuição da população e a crescente ausência de pessoas em muitas regiões do país é encarado como algo positivo e qualquer tentativa de inverter este processo é visto como um crime hediondo contra a natureza. Esses, provavelmente, prefeririam um mundo sem outras pessoas que não eles.
Ao que garantem diversos estudos, embora os haja para todos os gostos, os recursos do planeta estarão a níveis perigosamente baixos o que poderá, num futuro não muito distante, pôr em causa a sustentabilidade da vida na terra tal como actualmente a conhecemos. A maior preocupação será, de momento, a falta de água potável. Há, por isso, que procurar alternativas. Como sempre, sensível a esta temática, deixo aqui uma sugestão que pode constituir uma alternativa interessante e que pode contribuir para minorar o problema. Trata-se de uma solução já testada pela NASA, com resultados bastante positivos e que alguém, pelos vistos, anda por aí a experimentar.

sábado, 13 de junho de 2009

Estatisticas irrelevantes

Um leitor atento deste blogue – este blogue pode não ter muitos leitores mas os que tem são quase todos atentos – sugeriu-me que, para além da pesquisa semanal mais esquisita, publicasse de vez em quando alguns dados quanto ao número de visitantes, a sua origem, as horas de maior acesso e outras curiosidades que o contador de visitas vai guardando.
Embora este tipo de estatística não me pareça de grande relevância, até porque não revela um grau de interesse que justifique a sua inclusão no blogue, como gosto de ver os visitantes deste espaço agradados com os conteúdos que vou publicando, aqui fica uma pequena análise do tráfego registado nos dias 5 e 12 de Junho. Duas sextas-feiras, a última e a penúltima, para melhor se perceber quem e quando visita o Kruzes.
Nas imagens os novos visitantes aparecem a castanho mais escuro, o total de visitas a castanho mais claro e a azul os totais de páginas visitadas. Como os gráficos facilmente deixam perceber, o tráfego verificado entre as 9 e as 13 e as 14 e 18 horas não é significativamente diferente entre uma e outra sexta-feira. E, saliente-se, nestes períodos estão incluídos os espaços de tempo que medeiam entre as 12,30-13 e as 17,30-18 que, como é óbvio, não integram o período laboral na maior parte das instituições. Neste espaço horário a sexta-feira dia 5 contou com 35 visitantes e 48 páginas lidas enquanto ontem, sexta-feira 12, se verificou a presença de 43 visitas e foram lidas 71 páginas.
Facilmente se concluirá que, contrariamente ao que muitas vezes se pretende insinuar, os trabalhadores – sim porque aqui não se alinha nessa modernice dos colaboradores - que dispõem de acesso à internet no seu posto de trabalho não passam a vida a ler blogues. Pelo menos a ler este blogue. Não é no entanto garantido que não ocupem parte significativa do seu tempo a reencaminhar, para todos os contactos, e-mails parvos acerca de meninos raptados e piadas jocosas acerca do engenheiro Sócrates. Ou a jogar no computador. Ou a fazer outras coisas que agora não vêm ao caso.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A minha sardinha é muito melhor do que a da vizinha!

É nesta altura de Santos Populares que ficamos a saber que a "nossa" sardinha, a portuguesa, é muito melhor que a sua congénere espanhola. E porquê? Bom, as razões são muitas mas a julgar pelas explicações de umas quantas fulanas mal apessoadas tudo tem a ver com a água onde é pescada que, como se sabe, é completamente diferente…

Generalidades

O Presidente da República alertava no seu último discurso para a necessidade de pôr fim ao esbanjamento de recursos a que temos vindo a assistir em Portugal ao longo das últimas décadas. A mensagem não teria apenas como alvo os poderes públicos, até porque quando chega a hora de pagar os desvarios de quem ocupa os lugares de decisão a conta é a repartir por todos. Ela, a mensagem, destinar-se-á a todos os portugueses.
Manifestamos uma estranha insistência em viver muito acima das nossas possibilidades, esbanjamos o pouco que ganhamos em inutilidades e dificilmente conseguimos justificar de forma racional a necessidade que tivemos de as adquirir ou em que medida é que elas de facto melhoram a nossa qualidade de vida. Pior. Quase sempre o fazemos esbanjando o dinheiro que vamos ganhar daqui por alguns anos. É o que se chama fazer vida de rico com ordenado de pobre. Ou fazer figura de general quando se não é mais que um “praça rasa”.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Caça à multa

Quero acreditar que a Brigada de Transito da Guarda Nacional Republicana, ou lá como se chama agora a força policial com poderes de regulação e controlo do transito nas estradas nacionais, não tem como missão angariar receitas para os cofres do Estado. Ou, mais vulgarmente, praticar a caça à multa. Quase sempre à custa do automobilista mais incauto. No entanto quando me cruzo com um radar móvel de controlo de velocidade no IP2 entre Portalegre e Estremoz, no meio de nenhures, camuflado e estrategicamente colocado numa recta de vários quilómetros, numa estrada em excelentes condições e em que o volume de transito é ridículo quando comparado com outras onde quase não existe fiscalização, não posso deixar de pensar o contrário. Até porque, ao que parece, a “caçada” repete-se todos os dias
Obviamente que nestas circunstâncias ninguém circula abaixo do limite de velocidade e, por isso, o “êxito” da operação é garantido. Não fora a solidariedade entre automobilistas, com os insistentes sinais de luzes no cruzamento com outros veículos, seria mais um dia em cheio para a execução orçamental e, provavelmente, para o cumprimento dos objectivos estipulados para a avaliação do desempenho dos agentes. Se depender de mim continuarão apenas a ter “Bom”.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Outras oportunidades

Costumava, noutros tempos, dizer-se que “quem tem unhas é que toca guitarra” a propósito do aproveitamento das oportunidades por parte dos que estavam melhor preparados ou, não raras vezes, dos mais espertos. Hoje nem sempre é assim. Se calhar raramente é assim. Os atributos para agarrar as oportunidades que vão surgindo já não passam tanto pelas unhas ou pelas guitarras mas sim, e quase sempre, por outras sensações que envolvem o manuseamento de outros instrumentos.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Gente precisa-se

A desertificação e o envelhecimento da população são os principais problemas do Alentejo e, de uma maneira geral, de todo o interior do país desde Bragança a Castro Marim. O diagnóstico não é novo, há muito que está feito, mas no entanto ninguém com responsabilidade governativa, ou aspirações a isso, parece muito preocupado com o facto. Obviamente que a solução para este problema não é fácil e mesmo as medidas para o inverter que algumas autarquias tem vindo a promover não demonstraram, pelo menos até agora, resultados minimamente animadores.
Mais do que investir em cimento ou alcatrão é nas pessoas que os candidatos a autarcas, que brevemente se irão apresentar aos eleitores alentejanos, devem centrar as suas promessas. Não me parece que construir edifícios para determinados fins só porque o concelho do lado também tem, quando se sabe que não há gente para meter lá dentro, ou construir estradas onde ninguém passa, seja uma aposta inteligente. O Alentejo precisa de pessoas. Sem elas vai acabar por morrer, por se tornar num imenso deserto onde o cimento e o alcatrão não passarão de ridículos monumentos à idiotice da actual geração de políticos. E de eleitores.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Improbabilidades e outras parvoíces

Através de um comentário – devidamente aprovado - a um post que publiquei há poucos dias é-me possível constatar que um leitor, suposto autor de uma das pesquisas que recentemente aqui mereceram destaque, não gostou de ver tornado público o que andou a pesquisar no Google confortavelmente instalado no recesso do seu lar. Não reconheço qualquer razão ao seu desagrado. Não foi identificado, não revelei nenhum dado que eventualmente fosse susceptível de pôr em causa a sua privacidade – até porque não possuo meios, conhecimentos ou interesse em o fazer - pelo que a indignação que demonstrou, bem patente nos termos da pesquisa efectuada e na referência implícita que deixa ao conhecido motor de busca, não se justifica. Trata-se apenas, há que dize-lo com toda a frontalidade, de uma manifesta falta de fair-play da parte do desconhecido, mas nem por isso menos estimado leitor. Uma parvoíce, até. Se quisermos ser mais precisos.
O que é verdadeiramente extraordinário e me motivou a escreveu acerca deste comentário e pesquisa que lhe esteve associada, não foi qualquer espécie de irritação ou azia – nem tão pouco africa - relativamente ao seu autor, mas sim o facto, que considero absolutamente espantoso, de o internauta em causa ter voltado a cruzar-se com este blogue. Deve ser uma daquelas improbabilidades tão improváveis que apenas acontecem no mundo virtual que é a internet. Ou é isso ou gostou do Kruzes. O que, verdade se diga, ainda parece menos provável.

E o burro sou eu?!

Se o pior cego é aquele que não quer ver, o maior burro será aquele que não quer entender. E parece que há quem não queira entender os resultados eleitorais de ontem. Todos os partidos tiveram mais votos do que os obtidos nas anteriores eleições europeias, à excepção do ps que perdeu perto de seiscentos mil votos. Ou seja mais de meio milhão de eleitores, um terço dos que o tinham feito em dois mil e quatro, deixaram de votar no partido que sustenta o governo.
Não vou perder tempo a fazer análises eleitorais aos resultados de ontem. Os números são claríssimos e não deixam a mínima margem para dúvidas quanto ao descontentamento dos portugueses, à cor do cartão que mostraram ao executivo socialista, nem espaço para interpretações mais ou menos rebuscadas que permitam transformar derrotas em vitórias morais. Por mim, que não exulto com a vitória laranja nem deposito grandes esperanças numa eventual governação social-democrata, espero que estes resultados sirvam para que os governantes e aqueles que os apoiam concluam que se calhar não são tão geniais quanto julgam ser, as suas ideias talvez não sejam tão brilhantes quanto pensam e que, provavelmente, os parvos nem sempre são os outros.

domingo, 7 de junho de 2009

Amnésia selectiva

Um jornal diário de expansão nacional tem nos últimos tempos dedicado muito do seu espaço ao escrutínio do património dos autarcas. Embora isso possa desagradar aos visados, trata-se de um salutar exercício de cidadania só possível em regimes democráticos e onde quem é eleito e pago para nos governar tem obrigação de ter uma conduta acima de qualquer suspeita. A bem da própria democracia, da transparência e da credibilidade das instituições.
Na edição de hoje do dito jornal o alvo é uma Presidenta de Câmara, relativamente menos jeitosa do que aquela a quem me refiro no post de ontem apesar de não ser nenhum estafermo, que revela uma falta de memória preocupante. A acreditar no que é publicado a senhora não consegue recordar se o valor inscrito - três milhões e setecentos mil - na declaração entregue ao Tribunal de Contas referente aos rendimentos auferidos nos anos de 2002 e 2004 são euros ou contos...
A diferença parece-me significativa e bem capaz de ser coisa para não esquecer nem ao mais distraído. Embora, por aquilo que tenho tido oportunidade de constatar desde que estes rendimentos têm vindo a ser divulgados, quando o assunto envolve dinheiro, rendimentos ou impostos a memória dos autarcas – e se calhar dos políticos em geral – revela-se muito, mas mesmo muito fraquinha.

sábado, 6 de junho de 2009

Coisas em que acredito

Gramo à brava a Fátinha de Felgueiras. Não sei ao certo porquê, mas gramo-a mesmo. E quando ela diz coisas como as que vêm hoje publicadas na imprensa em que, sem papas na língua, afirma “tomara que todo o governo fosse tão honesto como Felgueiras” a minha admiração pela mulher atinge níveis que até a mim próprio surpreendem.
Não sei se, com esta afirmação, ela se estará a referir a si ou à população do seu concelho. Acredito na primeira hipótese. Acredito sempre na distinta senhora. A Fátinha. E também no Valentim, no Isaltino, no Pai Natal e que o Benfica vai ser campeão na próxima época.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Desta vez vou votar

Vou pela primeira vez, tanto quanto me lembro, votar nas eleições para o parlamento europeu. Não o faço por de repente ter ficado interessado nos problemas decorrentes da construção europeia ou por algum dos muitos candidatos ter apresentado propostas que me tenham feito acreditar que o meu futuro, enquanto cidadão europeu, seria mais risonho se lhe entregasse o meu voto. Nada disso. À excepção dos principais partidos nem sei quem são os cabeças de lista, sou incapaz de identificar o segundo candidato de qualquer uma das forças concorrentes e não me recordo de uma única proposta eleitoral que alguém tenha feito.
Ainda assim irei votar. Contra. Contra aqueles que ao longo dos últimos quatro anos destruíram as perspectivas profissionais – e em muitos casos pessoais – de milhões de portugueses. Contra os que instalaram a instabilidade laboral onde antes não a havia. Contra os que caluniaram, difamaram e perseguiram quem trabalha. Contra os que atiraram os portugueses, pelo menos os que são honestos, para a beira do abismo. Votar nessa gente é, seguramente, dar o passo em frente.
Apesar de apenas um voto não fazer a diferença, culpo-me por nas últimas legislativas ter optado por me abster. Não o voltarei a fazer. Embora não adiante muito, desta vez poderei alegar que a culpa não foi minha.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Reorganizem-se!

O Partido do Proletariado deve ser uma coisa, chamemos-lhe assim, muito complexa. Pelo menos a julgar pelo tempo que já leva de existência um alegado movimento reorganizativo que manifesta reiterada e convictamente a intenção de reorganizar esse dito partido. O dos proletas.
Apesar de admirar a sua persistência, andam nisto já lá vão para aí uns quarenta anos e ainda não conseguiram os seus intentos, parece mais que evidente que terá chegado a altura desta malta cair em si e fechar a loja. Para além de em tanto tempo não terem conseguido reorganizar aquilo a que se propunham, deixaram acabar o segmento populacional que seria a razão da sua tarefa. O proletariado. É claro que, em alternativa, poderão sempre tentar a reorganização de outra coisa qualquer.
Disso cedo se aperceberam políticos brilhantes, como Ana Gomes e Durão Barroso, que depressa abandonaram o movimento liderado pelo grande educador da classe operária Arnaldo Matos e foram tratar da vidinha para outras forças políticas onde a hipótese de reorganizar qualquer coisa era bem mais real. Afinal apenas seguiram o conselho do lider. Sem hesitações.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Uma questão de centimetros...

O CDS-PP transmite-nos neste cartaz a mensagem que não anda a brincar aos políticos e que terá soluções sérias para Portugal. Quero acreditar que sim. De resto é o que se espera daqueles que se candidatam a representar-nos nas mais altas instâncias europeias.
O que me parece pouco sério, diria até que aparenta ser uma brincadeira, é a colocação deste placard junto a um portão da escola secundária. Se atentarmos numa das imagens é fácil constatar que um dos pilares que o suporta está exactamente colocado frente à entrada que dá acesso directo a um depósito de combustível da dita escola.
Obviamente que aquela será uma entrada utilizada apenas esporadicamente e que o acesso, apesar de limitado pelo pilar, não está de todo cortado e nem daqui advirão grandes males ao mundo. Obviamente também que o partido publicitado pouco ou nada terá a ver com a instalação do outdoor naquele local. Actualmente a militância já não é o que era e estes trabalhos são agora feitos por empresas da especialidade que se estão perfeitamente nas tintas para os impactos que estas coisas possam ter no meio circundante. E, no caso, até tinha dado o mesmo trabalho ter feito o buraco um nadinha mais ao lado.

Papás merdosos

Uma fralda descartável não é algo que se espere encontrar numa escola secundária. Os alunos, já espigadotes, há muito que deixaram de as usar e apesar da política educativa ser bastante merdosa, ainda assim, não o será ao ponto de justificar a existência destas coisas nos estabelecimentos de ensino. A justificação, obviamente, será outra. Alguma mamã mais porcazinha – ou papá a atirar para o javardola – terá aproveitado a paragem no estacionamento contíguo para efectuar uma limpeza ao rabiosque do seu rebento e atirado os resíduos para o interior da escola. É fácil de adivinhar que o cheiro no interior do automóvel seria nauseabundo e difícil de suportar pelos progenitores mas, mesmo assim, nada justifica que se proceda desta forma. Até porque, no interior de uma cidade, encontrar um contentor do lixo não é das tarefas mais complicadas.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Alentejo

Ontem, algures no Alentejo. E não, não foi no Alentejo profundo. Esse não sei onde fica.

Como ter muitas visitas no blog

Qualquer um que se pretenda iniciar no mundo dos blogues, tem à sua disposição uma panóplia de tutoriais on-line, dicas, truques, manuais ou conselhos de outros bloguistas, supostamente mais experientes, para conseguir num curto espaço de tempo visitantes que façam mover o contador de visitas como se não houvesse amanhã. Entre eles pode encontrar-se quase invariavelmente a recomendação de utilização das chamadas redes sociais como um importante factor de divulgação do blogue e de redireccionamento de visitantes. Nada mais errado, sou eu que vos digo. É, garanto, um desperdício de tempo o recurso ao sites como o Orkut, Facebook, Hi5, entre outros que podemos encontrar na Internet, como forma de dar a conhecer ou de angariar leitores para o blogue. Os utilizadores desses espaços têm outros interesses que, quase de certeza, pouco terão a ver com blogues e não constituem na sua esmagadora maioria uma potencial clientela para o espaço blogosferico. Por isso, quem quiser ter muitas visitas no seu blogue o melhor que tem a fazer é escrever textos jeitosos, actuais e, já agora, sobre temas que tenham algum interesse.