As primaveras árabes,
tão queridas da esquerda e da intelectualidade lusitana que não se
cansou de as comparar ao nosso 25 de Abril, contribuíram para
degradar ainda mais os direitos das mulheres. Na altura não
partilhei do entusiasmo generalizado que corria pela blogosfera. Não
era difícil prever que seria mais ou menos isso que acabaria por
suceder. Por mais que custe a aceitar a internautas ingénuos ou
catraios que mal largaram os cueiros armados em comentadores de
meia-tigela. Podiam, digo eu que nem gosto de dar conselhos, era ser
um bocadinho menos parvos e admitir que outros possam ter uma visão
diferente acerca do mesmo acontecimento. Menos académica, mas mais
fundamentada na experiência de vida. E próxima da realidade, no
caso.
Inteiramente de acordo!
ResponderEliminarNa Tunísia, há agora (muito mais) liberdade política. Totalmente. Mudança radical, mesmo. Mas também há mais liberdade religiosa e isso, sendo um direito, já pode implicar - negativamente - com os direitos dos outros - e delas, também e especialmente. Resta esperar que os tunisinos que não vão nessa onda, que são muitos, a maioria, saibam e consigam dar a volta e seguir rumo à liberdade equitativa e justa. Dos outros países, não estou com conhecimento suficiente para opinar com certezas. mas também me parece que há um revivalismo da cultura e da religião precisamente porque foi oprimida antes (porque o foi, na Tunísia, por exemplo, o regime de Ben Ali não permitia a liberdade religiosa, de culto, pelo menos). O que não quer dizer que seja lógico ou bom.
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