Claro que nisto dos
bairros sociais, como se calhar em todos os outros lugares, há gente
de todas as condições. Ricos, remediados e pobres. Desde aqueles
que, provavelmente num gesto ímpar de altruísmo, pagam onze mil
euros de quotas em atraso aos seus camaradas de partido, até aos que
não têm dinheiro para, sequer, pagar coisas básicas como o
fornecimento de energia e água. Ainda que, mesmo estes últimos e em
muitas circunstâncias, tudo se resuma a uma questão de prioridades.
Como muito bem dizia uma senhora já velhota, igualmente residente
num bairro portuense que tem sido noticia ultimamente por razões
relacionadas com calotes a empresas prestadoras de serviços. O que
se confirma pelas declarações do vizinho que, garante, não paga a
luz nem a água desde tempos imemoriais. Não tem dinheiro para isso,
lamenta-se. Enquanto acende um cigarro e manda umas baforadas.
A falta de dinheiro, obriga muita gente a não poder cumprir com os seus pagamentos.
ResponderEliminarContudo, muitos,acendem cigarro atrás de cigarro, bebem café atrás de cafe, pequenos almoços nas leitarias...
Para isto já têm dinheiro?
Há, naturalmente, casos e casos. Que a miséria é mais que muita também é verdade. Agora que há por aí muita gentinha a fazer-se passar por pobre e anda montado em máquinas daquelas que custam vários anos do meu ordenado lá isso há...
EliminarTempos imemoriais é coisa para ser muito tempo. Digo eu que não percebo nada disto. Os cigarros se calhar são "emprestadados", digo eu outra vez, aquela que continua a não perceber nada disto. A ignorância por vezes sabe muito bem.
ResponderEliminarPois que também não sei...Mas deve ser inconstitucional!
EliminarQuando não se tem dinheiro não pode haver vicios, mas deixar de fumar custa e quantos andam a apanhar beatas e depois fazem os cigarros? Já vi pessoas a fazer que nunca pensei em ver e até pedem nas esplanadas dos cafés para que os donos não as deitem no lixo mas que as guardem.
ResponderEliminarDepois é a malfadada da droga que arrasa uma sociedade!
Ao que chegámos e é triste e duro daí jamais condenar, porque hoje são eles amanhã nunca saberemos se somos nós...a catar lixo até para comermos.
Desculpa amigo mas quem já passou por uma guerra, por imensa precariedade, que deixei a minha terra, claro que deixei de fumar...mas passei fome, muita fome e sem enveredar por caminhos tortuosos ainda hoje me dói "o estender de uma mão"!
Agora nesses bairros já li que vão averiguar caso a caso...e então sim virão mesmo os cortes porque no meio de tudo, mas tudo - do mais pobre até ao mais rico e até noutros ramos e actividades como associações etc e tal - há quem se esteja a apropriar e a usufruir do que não deviam em detrimento de quem vive realmente com imensas dificuldades.
Chegámos ao país dos enormes contrastes e pior do que tudo é isso...como é possível o desafio da selecção esteja completamente esgotado com bilhetes carissimos, leilões de "merdas" por milhões de euros, assessores + assessores+assessores juvenis a ganharem o que ganham e o povo continua anestesiado e sem poder de reacção?
Não disse nada pois não?:)
Sem dúvida que existe muita gente a viver dificuldades. Todos o sabemos e eu estou cansado de o escrever. Mas para além desses há outros tantos ou mais que são caloteiros profissionais. E são esses caloteiros - com o Estado à cabeça - os responsáveis pela triste situação que vivemos. Se toda a gente - Estado, autarquias, empresas e particulares - pagasse as suas dividas e cumprisse a sua obrigação não precisávamos de troika nem de austeridade e situações de pobreza seriam uma excepção. Mas como existe uma estranha tolerância neste país para com quem não cumpre estamos nesta miséria.
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