“As pessoas primeiro” ou ”as pessoas não são números”, foram apenas dois slogans, entre outros, de campanhas partidárias relativamente recentes. Significavam que, pelo menos em teoria, seriam as pessoas a estarem no centro das preocupações dos partidos políticos – que, se não estou enganado, até chegaram ao poder – que, na época, os propagandeavam.
Hoje, por maioria de razão, devem ser as pessoas a merecer a atenção, se não de quem nos governa, de todos os que, de uma ou outra forma, se preocupam com a tragédia que estamos a viver. Não é, infelizmente, essa a realidade. Os portugueses parecem ter outras prioridades. Nada respeitáveis, diga-se. Se olharmos para os “movimentos” mais votados, uma espécie de causa que qualquer um pode promover no site do governo, no top cinco os três primeiros envolvem a protecção e o bem estar dos animais, o quarto pretende estabelecer em vinte o número máximo de alunos por turma e o quinto visa proibir os menores de assistirem a touradas.
Em finais de Novembro de 2012, ano dois da troika em Portugal e quando estamos a um pequeno passo de um verdadeiro cataclismo social, são estas as prioridades de alguns milhares de portugueses. Elucidativo.
Completamente. Digo sempre isto - as prioridades andam trocadas, trocadíssimas. De estarrecer. Os animais em primeiro? Então e as pessoas? Lamentável...
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