Ainda
não vai assim tão distante o tempo em que o país desbaratava euros
aos milhões a iluminar festivamente os centros das cidades,
nomeadamente nas áreas de maior concentração de estabelecimentos
comerciais, por ocasião da quadra natalícia. Hoje os gastos em
luzinhas de Natal estão muito mais comedidos e aqueles que continuam
a insistir neste esbanjamento de dinheiro são já um número
muitíssimo menor por comparação ao que ocorria há dois ou três
anos. Ainda assim, uma meia-dúzia de esbanjadores de dinheiro dos
outros continua a fazer a mesma vidinha e a esturrar, impunemente, os
recursos que não temos ou que podiam ser usados em coisas realmente
úteis.
Os
argumentos em defesa das iluminações de Natal – as das ruas,
claro – são absolutamente fantásticos. Há quem acredite que isso
fará com que as pessoas comprem mais no pequeno comércio e ajudem a
dinamizar a economia da sua terrinha. Ainda que não tenham dinheiro.
Deve ser uma espécie de milagre. Assim do género da multiplicação
dos pães dos tempos modernos, que faz aumentar o número de notas na
carteira dos cidadãos que por elas forem iluminados. Cada um
acredita no que quer. Não tem é o direito, pelo menos moral, de o
fazer à nossa conta.
Fica bonito, deixa lá. Natal que é Natal tem que ter luzinhas. :)
ResponderEliminarSubscrevo inteiramente e quanto vai gastar o O Jardim da Madeira? Ah pois...mas como é da cor do do "manda-chuva"...assobia-se para o lado e o povo é que paga...o de cá porque ao de lá ele não irá cobrar nada!
ResponderEliminarÉ uma das provas vivas que muitos continuam a viver em negação.
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