quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Perderam-se as que caíram no chão...


Discordo o mais possível dos que consideram a actuação das forças policiais, ontem frente ao parlamento, como tendo sido adequada às circunstâncias. Por mim foi tudo menos isso. Não me parece adequado que uma policia, que tem como finalidade manter a ordem, seja condescendente para com um bando de desordeiros. Principalmente quando a desordem ocorre mesmo nas suas barbas e se prolonga por um período de tempo bastante significativo.
Impõe-se, como defendem uns quantos – embora por outros motivos – que seja instaurado um inquérito à maneira como a policia agiu. Nomeadamente porque permitiu, impávida e serena, a destruição de mobiliário urbano, de infraestruturas e de outros bens públicos e privados, que agora terão de ser pagos por todos nós. Não é tolerável que um aparato daquela natureza seja mobilizado para conter eventuais desacatos e depois se limite, muito para lá do aceitável, a assistir a um triste e deprimente espectáculo protagonizado por vadios e outros marginais que se interessam tanto por politica quanto eu por folclore nepalês.
Perante aquele cenário não são muitos os que se queixam da cacetada distribuída pela policia quando, finalmente, se dignou intervir. Até agora apenas a Amnistia Internacional, como não podia deixar de ser, se colocou do lado dos arruaceiros. Deve ser por posições desta natureza, perante factos por demais evidentes, que são poucos os que levam aquela organização a sério. Pretenderia, provavelmente, que em vez de serem expulsos à bastonada tivessem sido convidados para tomar um chazinho. Ou fumar umas brocas. 

2 comentários:

  1. Subscrevo inteiramente e o teu título diz tudo!

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  2. Eu estagiei na Amnistia Internacional, na altura porque precisava para poder terminar o curso, e confesso que na altura me simpatiza com as causas esquerdistas da organização. Em boa hora abri os olhos e apercebi-me do quão hipócrita que ela é. E tudo por causa da questão do aborto em que havia divisão dentro da própria organização, uns a favor e outros contra. Ora, sendo o Direito Humano mais fundamental de todos o direito à vida, como é que pode haver na Amnistia Internacional quem seja a favor do direito da mulher de decidir se quer ou não ter o bebé? Hipócritas! Desde então deixei de apoiar essa treta. E com muita pena, pois deixei lá amigos que, coitados, continuam "endoutrinados"...

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