domingo, 11 de novembro de 2012

Luta selectiva




Satirizar a próxima greve geral não terá sido – digo eu, mas não é que tenha a certeza - o objectivo de que quem “vestiu” algumas estátuas e bustos da cidade com a indumentária alusiva à jornada de luta da GCTP a ter lugar dentro de dias. Embora hesite que seja coisa - a greve -  para levar muito a sério. Isto porque olhando para a Grécia – a nossa bola de cristal onde olhando para o seu passado podemos ver o nosso futuro – se constata que, mais de uma dezena de greves gerais depois, tudo tem ido de mal a pior.
Continuo a insistir que existem motivos de sobra para a indignação. Por exemplo a escandalosa maneira como o dinheiro público continua a ser esturrado. Basta fazer uma pequena busca nos sites da especialidade e constatar-se-á que a quadra natalícia irá ser comemorada em muitos locais como se a crise morasse ao lado. Iluminações de natal, festas, jantaradas, cartões e presentes diversos – estou, naturalmente, a referir-me a actividades oficiais porque das outras não temos nada a ver com isso –  vão animar o eleitorado a malta  durante as semanas que se seguem. Mas contra esses desmandos, que também saem dos nossos impostos, ninguém “luta”. Nem os profissionais do protesto. Porque será?

5 comentários:

  1. Quanto a greves de serviços públicos, ou que lesem os interesses da colectividade já, há pouco mais de uma ano emiti opinião no post A greve é uma arma.

    «Dele transcrevo o seguinte:
    Numa empresa, se os trabalhadores têm motivos para reclamação e a administração não os ouve, não dialoga, não cede às reclamações justas e sensatas apresentadas educadamente, a greve poderá ter lugar com intenção de, lesando os interesses da empresa, chamar a atenção para o facto de esta estar a lesar os dos trabalhadores. Mas, mesmo neste caso, os organizadores da greve devem começar por ponderar se os prejuízos que irão causar à empresa não virão a reflectir-se nas suas condições de trabalho, porque a empresa funciona num conjunto interactivo formado pelo capital, pelo trabalho, pelos fornecedores, pelos clientes e pela população local.

    Mas no caso de se tratar de uma empresa prestadora de serviços públicos como é o caso dos transportes, actualmente em greve, o factor mais importante é o conjunto e variedade de inconvenientes causados aos utentes que são apenas pagantes e vítimas de qualquer deficiência de funcionamento do serviço a que têm direito.

    O direito do utente deve ser considerado em patamar superior ao dos trabalhadores e da administração da empresa.»

    A insistência nas greves, sem resultados, é teimosia como a do Governo na austeridade. Os dirigentes de uma e outra coisa devem analisar os resultados e decidir alinhar em alternativas de maior eficácia para atingir os objectivos, se é que os têm...

    Abraço
    João

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  2. O protesto e a greve são livres e ainda bem. Há muita coisa que está mal por aí, mas a culpa é nossa por causa das más escolhas na hora do voto, e dos políticos que deviam saber governar e não governar-se.
    Cumps

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  3. Manuel Costa9:46 da tarde

    Mas nem tudo se resolve com as greves e nem todas as greves são justas. Por exemplo: A greve dos maquinistas da CP, para além de ter caido na banalidade porque todas as semanas fazem uma, estes trabalhadores não me parece que tenham muitas razões de queixa. Ganham ordenados muito acima da média (+ de 1.500€/mês), têm imensas regalias (saude, educação dos filhos, etc), portanto...
    Depois ainda há o problema dos sindicatos. Parece que por cada 10 trabalhadores, há 20 sindicalistas a comer à conta e sem fazer a ponta dum corno!!!

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  4. tens toda a razão até no mundo virtual ou seja blogues se organiza o jantar tanto em lisboa como no porto. Crise? nada disso, nós é que somos uns mal-agradecidos
    kis .=(

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