quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"Há limites para os sacrificios que podem ser exigidos aos portugueses"

Mesmo não tendo ficado abismado – é um bom termo, dadas as circunstâncias – com o discurso do primeiro-ministro, há certas questões que me suscitam alguma perplexidade. Nomeadamente a afirmação de que, a curto prazo e se nada for feito, o país não terá dinheiro para pagar salários e pensões. Sinceramente não sei se acredite. É que, a ser verdade, deviam ter sido anunciadas medidas sancionatórias – pena de prisão, por exemplo – para quem anda a gastar em futilidades o dinheiro que não chega para o essencial.
Apesar do dramatismo da situação, o homem limitou-se a anunciar cortes no rendimento dos portugueses. Podia, entre outras coisas, proibir a realização de iluminações e das festas de natal que, de norte a sul, vão em breve custar muitos milhões aos cofres públicos. Ou em lugar de cortar os subsídios de férias e de natal, apenas para os funcionários públicos, transformar o mesmo valor em imposto para toda a gente. Era coisa para resolver o problema das finanças mais depressa.
Finalmente o IVA do vinho. Baralha-me esta protecção escandalosa de que é alvo. e nem a justificação manhosa de que é para proteger a produção nacional me comove. Por mim – e já que terei de fazer cortes - vou precisamente cortar no vinho. E não, não lhe vou misturar água.

4 comentários:

  1. O Vinho ainda é o menos. Atão e no Futebol? Os Malucos da Bola continuam a pagar 6% de IVA enquanto para comer pagaremos 23%? Qualquer coisa está podre neste País à Beira Mar Plantado.

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  2. Não posso acreditar, que os Autarcas vão realizar Festas de Natal; se o fizerem é gozarem descaradamente com quem trabalha e desconta o que lhe faz falta para sobreviver. Mas a vaidade e o "ego" emproado dos mesmos é arrepiante!

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  3. Havia tanto por fazer, tanta coisa que não custaria dinheiro e que daria um retorno enorme. Como acabar com o sector empresarial do Estado só para dar um (que por acaso é o maior) exemplo...

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  4. Mudaram-se as moscas...e a merda é mesma. Subscrevo!

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