A ser
aprovado tal como foi proposto, o orçamento de Estado para o próximo ano vai
colocar em excesso de endividamento - logo sujeitas a umas quantas penalizações
nada meigas – um número significativo de municípios. Entre eles alguns que,
face à legislação ainda vigente, tem sido geridos de forma relativamente
prudente e com os seus dirigentes a revelarem, em matéria financeira, um bom
senso pouco habitual entre os autarcas.
Queixam-se
os representantes autárquicos, no que são secundados por alguma imprensa, que
as regras estão a ser mudadas a meio do jogo. Como se isso não fosse rotineiro
de alguns anos a esta parte em relação a quase todos os sectores da sociedade.
Mas, no caso das autarquias, nem será esse o caso. As novas regras entram, a merecer
aprovação, em vigor no primeiro dia do novo ano e, por consequência, aplicam-se
a um exercício que então se inicia. Ano novo, exercício novo, regras novas. Nada
de mais, portanto.
O desequilíbrio
financeiro das autarquias portuguesas devia constituir um caso de estudo. Deve-se,
na maioria das circunstâncias, a investimentos inúteis, desnecessários ou que
replicam outros investimentos igualmente inúteis e desnecessários já existentes
na autarquia vizinha. Mas não só. A atribuição de subsídios a colectividades fantasma
- no sentido em que são mais negócios familiares e grupos de amigos do que
associações culturais ou desportivas – bem como uma pretensa agenda cultural
que pretendem promover nos seus concelhos, tem igualmente contribuído para este
estado de calamidade a que urgia colocar ponto final. Coisas que, no dizer do Presidente da ANMP, ficam comprometidas. Oxalá fale
a sério.
Tal e qual...e subscrevo na integra o que dizes!
ResponderEliminarMas lembra-te (e não estou a defender estes bandalhos) que há muita Madeira por aí escondida!!
ResponderEliminarE deveria fazer-se um estudo sobre quem e quando levou muitas autarquias à falência.
ResponderEliminarMas o que aí vem é pior.
Muitas delas ficam falidas administrativamente.
E isso tem implicações muito complicadas...
Ou melhor o poder local que se tornou democrático no pós 25 de Abril foi a pouco e pouco desvirtuado.
Estamos à beira de que o poder local se torne como antes do 25 de Abril e as eleições serem uma fachada...
Desculpem mas com esse poder local seremos todos nós a pagar a factura... que vai ser pesada!