Mesmo não tendo ficado abismado – é um bom termo,
dadas as circunstâncias – com o discurso do primeiro-ministro, há certas
questões que me suscitam alguma perplexidade. Nomeadamente a afirmação de que,
a curto prazo e se nada for feito, o país não terá dinheiro para pagar salários
e pensões. Sinceramente não sei se acredite. É que, a ser verdade, deviam ter
sido anunciadas medidas sancionatórias – pena de prisão, por exemplo – para quem
anda a gastar em futilidades o dinheiro que não chega para o essencial.
Apesar do dramatismo da situação, o homem
limitou-se a anunciar cortes no rendimento dos portugueses. Podia, entre outras
coisas, proibir a realização de iluminações e das festas de natal que, de norte
a sul, vão em breve custar muitos milhões aos cofres públicos. Ou em lugar de
cortar os subsídios de férias e de natal, apenas para os funcionários públicos,
transformar o mesmo valor em imposto para toda a gente. Era coisa para resolver
o problema das finanças mais depressa.
Finalmente o IVA do vinho. Baralha-me esta protecção
escandalosa de que é alvo. e nem a justificação manhosa de que é para proteger a
produção nacional me comove. Por mim – e já que terei de fazer cortes - vou precisamente
cortar no vinho. E não, não lhe vou misturar água.
O Vinho ainda é o menos. Atão e no Futebol? Os Malucos da Bola continuam a pagar 6% de IVA enquanto para comer pagaremos 23%? Qualquer coisa está podre neste País à Beira Mar Plantado.
ResponderEliminarNão posso acreditar, que os Autarcas vão realizar Festas de Natal; se o fizerem é gozarem descaradamente com quem trabalha e desconta o que lhe faz falta para sobreviver. Mas a vaidade e o "ego" emproado dos mesmos é arrepiante!
ResponderEliminarHavia tanto por fazer, tanta coisa que não custaria dinheiro e que daria um retorno enorme. Como acabar com o sector empresarial do Estado só para dar um (que por acaso é o maior) exemplo...
ResponderEliminarMudaram-se as moscas...e a merda é mesma. Subscrevo!
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