sábado, 8 de outubro de 2011

Economistas para quê?!

A receita mágica da esmagadora maioria dos economistas para combater o défice das contas públicas tem sido, desde há um ror de anos, o corte de salários e daquilo a que chamam regalias dos funcionários públicos. Os sucessivos governos têm seguido essa linha, até porque é simpática para a generalidade da opinião pública, e os resultados são os que estão à vista. Que, diga-se, em pouco diferem daquilo que há mais de seis anos – desde que existe o Kruzes – não me tenho cansado de prever. E que, aliás, não revela qualquer espécie de genialidade da minha parte. Apenas os tolos – e os apaniguados de serviço ao regime, o que é quase a mesma coisa – não percebem que o caminho seguido nos conduzirá a uma tragédia de proporções épicas.
Tal como muitos outros, aufiro hoje, em termos líquidos, um rendimento mensal bastante inferior àquele de que dispunha em 2002. É a consequência do congelamento salarial, aumento de impostos e diminuição ou supressão de prestações sociais. Ainda assim não consta que o défice do Estado e a divida pública tenham baixado. Nem sequer em valor igual aos escassíssimos milhares de euros que deixei de receber. Antes pelo contrário. Significa, portanto, que o Estado gastou o meu dinheiro mal gasto. É, para além de ladrão, incompetente. Tanto como aqueles que defendem que esta politica é indispensável. Embora estes últimos sejam também parvos.

Nota - Imagem de autor desconhecido retidada da internet

1 comentário:

  1. O problema é mesmo esse. Economistas para quê? Há muito que defendo que o que precisamos mesmo é de bons gestores. Os economistas são excelentes a analisar o passado, mas péssimos a prever o futuro. Portanto perfeitamente descartáveis na situação actual.

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