quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Bichinho do betão

Alberto João Jardim já terá protagonizado inúmeros momentos patéticos ao longo da sua extensíssima vida política. O de hoje, que os diversos canais nacionais acabam de nos proporcionar, aproxima-se do surreal. Por momentos pensei que se tratariam de imagens de arquivo, de uma qualquer manifestação dos tempos do PREC, em que uns quantos malucos berravam “abaixo o fascismo” a propósito de coisa nenhuma, como era hábito naqueles tempos. Mas não. Foi mesmo hoje. E, pelo menos até agora, ainda não há notícias de ter havido internamentos. O que apenas pode ser justificado pelos cortes que estão a ser feitos no sector da saúde.
O homem não se cansa de inaugurar obras ridículas, que ainda não pagou e que nem faz a mínima ideia como ou quando irá pagar. Coisa que, no nosso país e para o povo que o habita, não é grave nem censurável. Apesar da manifesta falta de cumprimento para com quem executa as suas ideias extravagantes – chamemos-lhes, simpaticamente, assim – a criatura insurge-se contra aqueles que, suprema heresia, têm a distintíssima lata de reclamar o pagamento pelo trabalho que efectuaram. Pior. Segundo AJJ, apesar de não receberem o que lhes é devido, têm o desplante de andar a viver acima das suas possibilidades. Uns fascistas, portanto.
Confesso que, perante tão eloquente conclusão do líder madeirense, toldou-se-me o raciocínio e, desde então, a minha actividade cerebral encontra-se meio bloqueada. Este novo conceito de fascista e a tese acerca de quem tem vivido para além das suas posses, são tão inovadores que estou a revelar dificuldades pouco habituais em os assimilar. Mas, se bem percebo, a vingar esta teoria, pode-se afirmar com toda a segurança e sem qualquer receio de errar que o país está cheio de fachos que, para além de ficarem a arder com os calotes, andam a fazer vida de rico à custa dos que não lhes pagam as dívidas.

3 comentários:

  1. Já não lhe acho a mínima piada!
    Ando até numa fase de enjoo...

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  2. Nunca gostei dele, do seu ar besuntado, anafado, perdigoteiro quando fala e gabarolas como um rei de uma história do faz de conta.
    Sempre me meteu nojo mas mais nojo me mete quem com ele pactuou porque esta história já deve ter barbas longas...e de alguns que nem piam, porque se piam então é que a laranja fica em pedaços!

    Os madeirenses gostam? cada um come (salvo seja) o que quer!

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  3. O homem é um revolucionário visionário que está a mudar a mentalidade e a filosofia política/social para os próximos 200 anos! Nós somos apenas uns retrógrados conservadores que não conseguimos acompanhar a evolução dos tempos.

    Saudações!

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