sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O estado ladrão ou o ladrão do estado


Como era de esperar Alberto João, o rei da Madeira, já veio a publico manifestar o seu desagrado com a perspectiva de em Janeiro – caso a lei não seja inconstitucional ou as excepções não se transformem em regra - deixar de poder acumular a sua pensão de reforma com o vencimento que aufere como presidente daquela região autónoma. Tem, obviamente, toda a razão em expressar o seu lamento. E, mais ainda, quando não se coíbe de se indignar por este procedimento do Estado que apelida de ladrão. 
Alberto João tem, no entanto, uma grande vantagem relativamente a todos os portugueses. Depende apenas dele e só dele continuar ou não a poder auferir da reforma por inteiro. Basta apenas para isso que vá trabalhar para a iniciativa privada. Onde, com toda a certeza, alguém lhe pagará muito mais do que o tal Estado-ladrão lhe paga actualmente. Infelizmente a generalidade dos portugueses não tem essa opção. Por uma ou outra razão quase todos teremos no próximo ano menos dinheiro disponível nas contas bancárias e poucos terão a oportunidade de que dispõe o Alberto João. 
Sou desde a primeira hora – mesmo antes de o homem ter ganho as primeiras eleições – um critico convicto de Sócrates. Para mim é perfeitamente inconcebível que pessoas que tenho como muitíssimo mais inteligentes, cultas e letradas do que eu manifestem uma estranha admiração pelo primeiro ministro e consigam quase sempre justificar o comportamento do suposto engenheiro. No entanto não me custa reconhecer que neste caso, tal como na lei de proibição de fumar em recintos fechados, o governo esteve bem. Mas, para seis anos de poder, é manifestamente pouco.

1 comentário:

  1. Acreditas que quando oiço o Alberto João Jardim e Sócrates e Vieira da Silva e Teixeira dos Santos instala-se uma agonia de vomitar as tripas.

    Eles conseguem arrebanhar o povo pois é tal confusão e assim podem lixar quem não deviam quando a marioria dos políticos não abdica de mordomias.

    Se conseguirem manter o aperto do cinto no que toca à acumulação de reformas com ordenados como desse cretino, e limpem as contas das off-shores com direito à cobrança de impostos e explicação onde o foram buscar, tiro o meu chapeú a Angel Merkl (nei se é assim que se escreve nem estou para ir ver) porque é a Alemanha que manda na UE. O resto? é paisagem, folclore e tiro nos pés...
    e quem se lixa é o povo!

    Sinceramente gostaria de uma nova revolução e que corressem com tantos velhos do Restelo incluindo comentadores que no activo nada fizeram e agora têm receita para tudo.

    Já não tenho pachorra!

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