Começa a surgir uma corrente de opinião, entre afamados especialistas em coisas, que entende que a saída do euro, de Portugal e outros países que se revelarem incapazes de controlar as contas públicas, constituirá uma inevitabilidade. Esta tese colhe, inclusivamente, a opinião favorável de alguns analistas portugueses que a consideram mesmo crucial para a sobrevivência das empresas nacionais, nomeadamente para o sector das exportações e para a retoma da economia.
Como já escrevi em diversas ocasiões, desconfio dos economistas. De nenhum em particular, os que conheço são todos pessoas estimáveis, mas não gosto das suas ideias, das soluções que preconizam para a saída da crise – das crises, se calhar é mais correcto – nem das suas previsões acerca do que o futuro nos reserva. Mesmo percebendo as “vantagens” de, internamente, se controlar a politica monetária ou as taxas de juro e de ter uma mão-de-obra com o nível salarial do Bangladesh, parece-me, na minha modestíssima opinião, que esta teoria esbarra de frente com um ponto essencial. Mesmo que nós saiamos do euro ele continuará a existir.
Uma medida desta natureza traria, no imediato, resultados catastróficos para o sistema bancário e para a economia. Seria a falência da nossa sociedade tal como a conhecemos. Toda a gente correria aos bancos a levantar o seu dinheiro ou, quem o pudesse fazer, apressar-se-ia a mudá-lo para lugar mais seguro. Colocá-lo ao largo, de preferência. Antes que ocorresse uma acentuada desvalorização da moeda e, por essa via, visse as poupanças esfumarem-se. Por mim, que não tenho grandes reservas nem sei como se fazem essas transferências manhosas, passava tudo para o paypal...
Se a saída da moeda única tornaria competitivas as exportações, já do lado das importações iríamos ter um problema sério. Importando o país quase tudo o que consome, incluindo bens alimentares, as consequências de um acentuado e generalizado aumento de preço dos produtos mais básicos e essenciais seriam trágicas. A fome, a miséria e tudo o que lhes está associado atingiriam proporções alarmantes e, acredito, seria o colapso definitivo do Estado. Resta-nos a esperança que, com certeza, os economistas encontrariam uma solução...
Devem ser os mesmos afamados especialistas que conduziram o País à situação em que está...
ResponderEliminarCumps
Livra...mesmo, pois seria o fim desta tramonha toda e o principio de outra bem mais grave.
ResponderEliminarainda vão inventar o Euro esterelino e o Euro latrino e assim ficamos com numa Europa com duas moedas.
ResponderEliminarAcordai portugueses!
ResponderEliminarO Escudo está morto e enterrado mas caso se verifique a saída do Euro e ele rasteje para fora da cova, a Nação deve unir-se para que a nova moeda se designe por Espada, porque basta de estar na defensiva!
Moedas de 200 escudos com a cara de Sócrates para estimular o consumo!
Plena razão. Pena que haja por aí uns inventores que, quando estão muito tempo sem aparecer nos media têm que mandar uma bacorada para voltarem à ribalta. E aí fica meio mundo a abanar, a pensar que o que o sr. dr. eng. fulano tal disse deve ser verdade, então se ele é especialista e tem taaantos títulos....
ResponderEliminarenfim!...